domingo, 30 de junho de 2013

para governar portugal com objectividade salazar precisou do apoio das forças armadas, passos, ao contrário, recebe a confirmação do poder assente na vontade do estrangeiro


objectividade relativa a um regime - como se viu - absoluto que tinha um princípio e perspectivava  um fim. a história que o julgue assim como o que aconteceu com o absolutismo assassino de dom josé que eu já não tenho pachorra. porém, todo o nosso passado quer adocicado  pelo rimoso luís de camões , quer descascado pelo artista josé vilhena serve para abrirmos a mente para uma intuição não sensível. logo espiritual. então não é que camões -  o poeta grande mas graxista - não foi designar de ínclita geração os filhos do bastardo mestre de avis que se intitulavam de ingleses porque a mãe teria nascido filha de duque real e nas ilhas britânicas e que por isso teriam vergonha do berço do pai? as nossas forças armadas na altura não passavam de um bando de cavaleiros que lutava pelo que era seu e dos outros quando conseguia pôr-lhes a mão em cima. em 1384 e 1385 portugal organizou um exército com base no auxílio anglo-saxónico. foi esse embrião organizativo que depois se expandiu para as conquistas do norte de áfrica em 1415. daí para cá essas "forças armadas" com altos e baixos (épocas houve que era necessário importar um chefe militar estrangeiro para dar um jeito à coisa...) foram o apoio do poder quer ele fosse o legítimo nacional quer o do colonialista inglês que nos escravizou como nós escravizámos os africanos. a comparação é coxa, mas é o que se pode arranjar. quando a dona maria I fugiu meia aloucada para o brasil quem ficou a tomar conta do país foi a escumalha inglesa. nos princípios do século XIX o chefe militar inglês mandou para a forca generais portugueses só porque estes queriam ver o país limpo da bosta inglesa. até dom pedro IV ter vencido com o seu exército emotivo, (uma espécie de resistência anti-nazi francesa) as forças estrangeiras - que tinham dom miguel I como "chefe militar" -, as nossas forças armadas estavam divididas. penso que a partir da vitória liberal o exército se consciencializou num ele e a pátria formavam um todo simbólico. a intervenção na primeira grande guerra e as campanhas de áfrica ao tempo  de mouzinho e posteriores atribuíram   ao poder militar a dignidade universal. em 1926 e mais tarde em 1974 as forças armadas reencarnaram mais uma vez o conceito de valor pátrio. se depois disso houve adulterações no seu interior, isso fica para depois. a última intervenção militar pôs no terreno as atenções dos políticos. sem o apoio das forças armadas nenhum poder político pode ser sustentado. os políticos aprenderam a lição da história e para fugir ao destino secundário que lhes é sempre reservado - quando por qualquer razão as suas políticas destroem a economia e passam a ser escorraçados da máquina do poder - intentaram dar cabo das tradicionais forças armadas. o que fizeram? reduziram-na a um corpo especial restrito com muitas cabeças cimeiras que a qualquer momento pode ser dominado pelas forças policiais especiais. resumindo: com as forças armadas desmanteladas o povo ficou à mercê dos políticos. o país entrega-se dia após dia à democracia bancária com centro na alemanha. dir-se-ia que as forças armadas, hoje em dia, têm tanto poder bélico no terreno quanto a guarda nacional e as polícias que estão 24 horas de prevenção não vá o povo - à imitação do egipto, da síria, da turquia, do brasil e de outros que as televisões já não se atrevem a enviar correspondentes - sair à rua e fazer um levante. mas afinal, aonde quero chegar com este razoado inteligentíssimo? é simples: neste momento os políticos da linha do comerciante passos coelho dão-se ao luxo de se  marimbar para a opinião pública que sai à rua ainda quase indignada porque as forças físicas (policiais) que os servem já estão em sintonia com as da união europeia. essas forças físicas não são as nossas forças armadas. pelo contrário, elas são forças de repressão federalistas... o povo está com as forças armadas? sim, mas onde estão elas quando o povo é esmurrado quando se manifesta nas ruas pelos guardas-costas daqueles que por meio do voto (isto é que dói) engoliram o poder? já não há senhores da guerra em portugal! o que temos são os senhores que servem outros senhores para nos arruinar como nação. valente e imortal? a continuar assim, isso foi chão que deu uvas.
varett

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