terça-feira, 7 de maio de 2013

ninguém tem coragem para fazer contas e de as propalar, muito menos o esticadinho ministro das querelas sociais

 
imaginem a seguinte situação que foi dada ao conhecimento do público em geral e ao executivo em particular, tem para aí uns vinte e tal anos: um senhor solicitador era possuidor de cinco escritórios. de que tratava? apenas das reformas dos portugueses que se encontravam a trabalhar no estrangeiro e de alguns camponeses no interior do país. a revista onde se lia a notícia referia o dito senhor se tinha tornado milionário. já explico como a acção deste benemérito lhe encheu os bolsos. nessa altura os portugueses andavam drogados com os dinheiros que conseguiam rapinar da comunidade. governantes e associados organizaram processos de assalto ao fluxo dos dinheiros que entravam em portugal numa velocidade que parecia o encaixotamento do mesmo no andar da dona branca, a verdadeira banqueira do povo, sem querer ofender os verdadeiros banqueiros que por acaso estão a contas com a polícia e outras instituições moralistas nacionais, está claro. já vou esclarecer, tenham calma. primeiro tenho de referir certos acontecimentos para melhor situar os meus sete leitores. não preciso de mais, pois se o quisesse já tinha dado ao rabo. quando o quartel dos caricatos (a tropa que foi pelo país adentro com a missão de ensinar a ler e a pensar político através do projecto campanhas de dinamização cultural) se deu conta de que tipo de povo se encontrava nas aldeias isoladas acabou por desistir de mexer com aqueles crânios. materialismo dialéctico e luta de classes! e os rurais assustados a dizer que sim. colectivismo? também que sim. só  que isso era apenas para as coisas do seu semelhante. nas deles? ai quem as tocasse. bem, o costume. eh pá, milhares de pequenos povoados onde nas habitações  não havia nem água, nem electricidade, nem saneamento, nem gás. se alguns possuiam animais dormiam com eles na mesma moradia. que encontraram os campanhistas de 74? velhos, velhas e crianças analfabetas. ah, e mulheres novas que tinham ficado na terra pois os seus homens ou haviam emigrado ou fugido à guerra. bem, algumas eram viúvas. coitadas, tinham de trabalhar a terra senão morriam de fome. elas e os sogros. estou a falar sobre o que presenciei na altura quando trabalhei no instituto geográfico. dinheiro era coisa que aquela pobre gente não via. houve casos em que o que recebiam como jorna era produto das novidades da própria terra. aquela pobre gente vivia como bicho. a única tarefa intelectual a que podiam aspirar era ouvir a palavra do senhor deus dos judeus cristianizado transmitida pelos párocos das freguesias. às vezes tinham de palmilhar umas boas milhas para ouvir a tal maravilhosa preleção. para além de a vida lhes ser madrasta o resto era pecado. toca a ter filhos que é a ordem que deus deu. gozar sem emprenhar é pecado e dá direito às brasas do inferno. nas condições em que tinham de parir e com a falta de higiene a mortalidade infantil apresentava índices escandalosos. depois vinham as doenças aos que escapavam. muitos pais enfiavam os filhos deficientes nas caves de pedra para que no povoado não houvesse o disse que disse. não estou a falar de centenas de pessoas. eu estou a referir-me a milhões delas. agora vejam no que deu. portugal democratizou-se. tudo bem. no começo foi no papel.  diziam àquelas gentes que tinham ou deviam votar. votar? pergunta ao padre que ele te explicará o que deves fazer para cumprires o teu dever. mais um dever, pensou a ermelinda mãe de 17 rapazes e de 7 raparigas. vivos? não! vivos agora são o miguel, o manuel, o jerónimo, o antónio, o vasco e espera lá. ah, e o luís que está na frança. as raparigas escaparam todas menos a eulália que morreu tísica. as assembleias de voto já estão abertas. o povo das aldeias vai votar. e votou porque acertou no buraco. resultados? ganhou a direita que acredita mais em deus e nos milagres do que a esquerda crítica mas crédula também. eh pá, o poveco não tem culpa! vou dar mais um salto. devia dizer vamos. como não quero  misturas e sou eu quem escreve, que se lixe a extensão do pronome recto que dá pelo chamamento de plural de modéstia. e não querem ver que os senhores da política perceberam qual a importância do voto daquela malta silvestre e vai daí começaram a dar-lhe coisas para receberem algo de troco. onde foram buscar o dinheiro para essa sua acção?  sacaram da europa, está claro. portugal torna-se humanamente democrático de um dia para o outro. atenção, que nos países civilizados quem atinge 65 anos tem direito a uma reforma do estado. tão bonito de se ver na américa. exemplo: josé casota naturalizou-se americano. mandou chamar a velhota. e não querem ver porque a senhora ao fazer 65 anos o estado americano passou a dar-lhe 250 dólares todos os meses. ah, que rica américa! e na europa rica? também! e portugal, alinha? vai alinhar, porque não? leram o júlio dinis na idade de todas as baboseiras do estado novo? eu também! não conheço ninguém mais mal formado do que os aldeãos. bisbilhoteiros, bufos, utilizam a maledicência contra  todos os que invejam, odeiam a beleza e a liberdade, desconfiam de toda a gente e etc. leiam o júlio e não me chateiem. havia centenas de milhar de silvestres com mais de 65 anos por esse país fora com  direito a receber a pensão mínima de sobrevivência. quem a recebia, calava-se. é bem português o estilo. vamos repescar o tal solicitador para acabar com esta treta. que faz o senhor? partiu para o estrangeiro à cata dos emigrantes. a senhora sabe que pode receber  54 contos de reis todos os meses (hoje à volta de 187 euros) só por ser portuguesa com mais de 65 anos? eh senhor, eu não acredito! olhe, a senhora vai deixar que eu lhe trate dessa pensão e eu não lhe levo um único tostão. só que nos primeiros 3 meses  a senhora não vai receber nada porque eu tenho de pagar as despesas que vou fazer em seu benefício. eh senhor, se é para receber que me importa esperar 3 meses. mais que fosse! munido da autorização para tratar do assunto, o solicitador deu início legal ao pedido na caixa nacional de pensões. esta depois do processo estar concluído envia para a morada do solicitador à volta de 200 mil escudos como acerto de contas e depois durante os seguintes 3 meses o solicitador mete ao bolso 3 mensalidades. agora estimado leitor, veja esta verba multiplicada por centenas de milhar e calcule quanto ele meteu ao bolso. depois foi um tal correr o interior do país a distribuir pensões aos milhares de camponeses que - diga-se em abono dos descontos - nunca entraram com um tostão para a segurança social. depois, foi o pior. o apoio aos 500.000 imigrantes. isto é, a fim de continuarmos a mamar dos fundos europeus só havia uma maneira: subsidiar os estrangeiros e arranjar-lhes alojamento. alguns deles tornaram-se violentos quando não eram atendidos convenientemente. um exemplo: pergunta o membro da segurança social para um pai de família de uma certa etnia? então, está satisfeito com a oferta da sua casa nova? (a televisão filamava a cena) resposta do étnico: com cinco filhos mais a sogra, acha que isso é habitação que resolva os meus problemas? bem, para além de não trabalhar o homem recebia uma mesada da segurança social portuguesa (cerca de 800 euros). e pensar que ainda há portugueses que para se lavar têm de ir ao balneário  público. português é estúpido? não, que ideia! os políticos portugueses são uma escumalha? não, que ideia! agora façam contas: milhões de portugueses das aldeias recebem uma pensão de sobrevivência não tendo qualquer tipo de despesa ou compromissos. é tudo lucro, não entraram com nenhum! depois como as pensões são baixas ei-los a receber os subsídios de natal e de férias, tornando-os iguais a quem descontou uma vida de trabalho e que por ganhar mais não tem direito a mais nada. claro que a segurança social está falida. quando era ministro, o senhor dr bagão félix dizia que a segurança social abriria falência em 2025... (chumbava nos exames da actual quarta classe) hoje, o prof. medina carreira apresenta contas e demosntra que ela está falida de todo. é óbvio que  a segurança social não está à rasca porque os portugueses vivem mais tempo. isso é boca reaccionária ou estúpida. a segurança social está moribunda porque à imagem de quando estávamos na guerra  de áfrica o governo da altura  foi-lhe aos cofres bem recheados e rapinou 13 milhões de contos para a manter. é assim, onde há dinheiro há ladrão. e é por isso que a segurança social vai deixar de pagar aos seus legítimos beneficários. sou eu que o digo. e se tal afirmo é porque tenho  lápis e papel e estou a fazer contas.
manuel melo bento

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