segunda-feira, 13 de maio de 2013

cara de asco

sou pela liberdade de expressão embora condene julgamentos nas primeiras páginas de tudo que é ocs e na praça pública sem qualquer tipo de objectividade a não ser o de se vender certos produtos. tu és um asno! já assim se me dirigiram. só que eu não me irrito. só levo a que o outro (há quem o chame de semelhante. para esclarecer melhor: eu nunca! deixo isso para os bondosos sacerdotes,  para os ecologistas e para os políticos) se veja ao espelho e depois que faça a comparação. com quem? comigo, homessa!  contaram-me - era eu ainda um puto - que determinado senhor, proprietário de laranjais, quando havia excedentes de laranja, mandava fazer covas bem fundas para lá  as enterrar. e os cavadores de terra e suas famílas não tinham direito a algumas? não, ele não autorizava. nessa vila onde isso acontecia regularmente, o senhor era o mais respeitado de todos e logo a seguir vinha o pároco e outros resquícios do património cultural. quando ao poveco foi permitido votar para escolher os seus governantes - depois dos militares terem corrido com os salazaristas que já enjoavam de tanto permanecer na cadeira do poder - surgiu o inesperado. isto é, aquele acervo de desgraçados foram atrás dos dizeres sábios do pároco, do senhor da terra  e das arrastadeiras apendiceadas e votaram de acordo com os interesses dos que o mantinham escanzelado. dá para perguntar se o povo quer-se livre ou adstrito aos bens dos senhores, quer sejam da terra ou da banca. com muita pena minha eu comparo o poveco às mulheres que se dizem livres mas que têm de parir uma ou duas crias para se realizarem como mulheres, sabendo que depois não as podem criar conforme a sua natureza fico na dúvida acerca do seu descernimento. são seres programados! o poveco está programado para ser carneiro. veio-me à ideia os milhões de camponeses que estaline e os seus assassinos mataram por serem os responsáveis pela sabotagem do projecto comunista. este tipo de raciocínio de merda (do qual me responsabilizo) leva-me a olhar a comunidade humana de um modo muito simples: é estruturada por classes e elites. tal tá a porra! perdão, é que estive a passar umas férias no alentejo. destruam-se as classes e queimem-se as elites e na próxima primavera cá estão de novo as classes e as elites  mais lindas e cada vez mais luxuriantes. e o poveco? na mesma! ah, a reproduzir pelas ruas e em festiva charanga o que a nova cambada superior lhe ordena para cantar: o povo unido jamais será vencido ou então paz pão e outras merdas de estilo. basta que os senhores o mandem para a guerra e lá vai o banana do soldadinho - dançando ao som da charanga rural ou urbana - dar tiros para não morrer e para defender a pátria, perdão o negócio de todos os bushes deste planeta de merda. o problema é que eles são muito poucos. estou a referir-me às elites e que vivem à custa do poveco (composto por milhões e milhões de desgraçados). e é problema porquê? isso eu não sei. só sei que acho estranho ver uma foca macho com as suas 50 fêmeas e dezenas de machos a chuchar no dedo e a reparar de longe o repasto sexual e orgíaco do grande chefe. não era de dividir as queridas por todos para  um equilíbrio "socialista"? faltou-me o termo! não era de o apanhar e cortá-los bem rente ao grande elitista, perdão grande macho? isso faz-se seu açambarcador! eh pá, uns poucos com tanto e a desperdiçar enquanto muitos outros com rotações estomacais a que o meu professor de ciências da natureza designava de movimentos peristálticos. eh pá, não são contracções no estômago mas sim nos intestinos. caramba!, mais centímetro menos centímetros tudo acaba em merda. é por causa destes centímetros que uns ficam com tudo e outros com nada. que asco! asco a todos. não dá para explicar!
manuel melo bento

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