vaiar o dr cavaco, o primeiro-ministro e outros que tais está a tornar-se numa moda (nada chique). o desemprego aumenta assustadoramente de hora a hora e as previsões do ministro das finanças para aumentar a receita estão a colocar o país à beira da rotura. para não ir mais além, aliás, só quem é cego é que não vê que estes tipos que açambarcaram o poder estão a aplicar um modelo económico que teve entre nós algum sucesso no século XX mas que depois ruiu como um castelo de cartas. bastou para tanto as despesas incomportáveis de uma guerra que durou 13 anos. o fim do estado novo foi o fim da capacidade de se poder auto-sustentar. o fim desta democracia vai dar-se precisamente por causa de outra guerra. a guerra da segurança social. já sem falar na saúde pois o povo está habituado a sofrer. é um treino secular. sem dinheiro para custear quase metade da população há que encontrar uma saída tal qual a que os democratas dos primeiros dias após o 25 de abril de 1974 fizeram. voltaram o país - saído da exploração colonial - para a direita. (se estiver de costas para espanha, o que fica à minha esquerda é áfrica. para a direita fica a frança, a alemanha, o luxemburgo. enfim, a tesouraria.) não me lembro de ninguém que tivesse pedido dinheiro emprestado que não tivesse de pagar mais tarde (bem, sou excepção pois nunca paguei a meu pai o que ele me emprestou durante anos e anos. tão bom não pagar! era meu pai, ora bolas!) o dinheiro foi entrando na mesma medida em que se fortaleciam grandes grupos especialistas em abocanhá-lo. o dinheiro que entrou proveniente da nova europa não serviu senão para imitar o que os portugueses fizeram no século XVIII com o ouro, diamantes e pedras preciosas e outras riquezas vegetais provenientes do brasil, isto é, foi um tal queimar o que tínhamos nas importações, na farra e em grandes obras de fachada. nem sequer um "luís de ouro" foi aplicado num qualquer alqueire de terra. quanto a indústrias, pior ainda. o país quanto mais dinheiro recebe sem ter feito nada para o merecer mais pobre fica. é como estamos neste momento. pobres e individados. mas isso é cantiga já gasta. o que me faz escrever estas linhas longe do que estava a pensar colocar neste blogue é um aviso muito sério. assim como as claques do clubes de futebol têm de ser controladas e vigiadas, às populações portuguesas terão de se aplicar as mesmas medidas, de futuro. claro que os mixordeiros que dominam a vergonhosa comunicação social portuguesa já estão a propalar a ideia que a violência a que foi sujeito o naif ministro da economia não foi violência. foram rosas meu senhor. respondeu a rainha ao "inquérito" do seu real esposo. e passou a milagre. conto rapidamente a cena tal qual me a contaram na escola. a rainha gostava muito de dar pão aos pobres. o rei seu marido era um grande unha de fome e ao vê-la com o regaço avolumado e sabendo que não podia ser resultado de práticas sexuais por via da sua oficial impotência inquiriu-a: senhora real, que levais no regaço? ao que a futura santa ainda não homologada respondeu: são rosas, meu senhor. mal proferiu estas palavras desdobrou a fazenda prenhe de rosas. oh, diabo, disse o rei dom dinis. isso ainda é mais dispendioso do que o pão duro que atiramos às galinhas e que a senhora teima em desviar para os pobres. senhora, dirigiu-se novamente à quase santa: é melhor que volteis a amandar aos pobres do pão com bolor e não gasteis mais morabitinos com rosas, pois estas são muito caras. usai aquelas que são vendidas nas lojas dos chinocas pois duram várias dinastias. este é o milagre das rosas com interpretação subjectiva político partidária . não, ninguém queria bater no ministro, nem na capota. ah, e os gritos das mulheres envolvidas no evento não passaram de histeria feminina imitando os sons que premeiam os actuantes salteadores das festas do colete encarnado quando se escapam ladinamente à fúria dos touros que investem com os cornos afiados. não corram como eles seus políticos e vão ver se o bicho pega. para mim vai pegar. ora se vai!
manuelmelobento
(nascido na antiga colónia portuguesa dos açores. hoje, região autonomizada)
nota: o psd, o cds-pp e o ps estão todos contentes pois conseguiram introduzir três juízes de seu agrado no tribunal constitucional. e se todos os juízes fossem eleitos directamente pelo povo? não estaríamos psicologicamente mais descansados? felizmente que os juízes do constitucional não devem nada aos partidos e estão acima de toda a suspeição. mas porque têm os partidos de interferir num outro órgão de soberania que é independente deles? que moral têm o partidos que se arrastam pelos tribunais cheios de acusações e condenações, que moral têm os partidos que para se elegerem aquando de eleições que os catapultam para o poder mentem e aldrabam os eleitores? que moral têm os partidos que recebem dinheiro de terceiros para depois beneficiarem esses terceiros nos negócios do estado? que moral têm os partidos que enviam os seus dirigentes políticos para administrações de empresas que surripiam o dinheiro dos contribuintes através de parcerias já condenadas pelo tribunal de contas? que moral têm os partidos que fazem aprovar impostos para que sejam pagos os roubos e desfalques que certos de quadrilheiros dos seus quadros fizeram na banca? que moral têm os partidos que não permitem que se criem leis contra o enriquecimento ilícito de canpangas que militaram nas suas fileiras e outros? que moral têm os partidos para enfiarem no tribunal constitucional juízes da sua preferência? se um dia (o que é improvável e digo o que digo para os mandar ...) algum partido me convidasse para um lugar naquele órgão, mandava-os para a puta que os pariu. sentir-me-ia sujo.
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