sexta-feira, 22 de junho de 2012

diferenças entre a igreja e o estado e como roubar é fácil



 
o fim da monarquia caracterizou-se em portugal por haver um estado  altamente individado e uma igreja possuidora de bens incálculáveis. ter dinheiro para custear as despesas tanto de uma como da outra, históricamente  falando, caracterizava-se por duas maneiras distintas de o obter. o estado violava os que trabalhavam assaltando as suas fazendas para lhes extorquir cabras, vacas, cereais e tudo que apanhava que tivesse valor. depois, quando os senhores (que encarnam o início da organização estatal) precisavam de homens para as suas guerras de conquistas tendo em conta aumentar  terras, ei-los a arrebanhar os jovens camponeses para os sacrificar nas batalhas. este saque era feito na base de cavaleiros armados de espadas e outros "sem cavalo" mas com lanças. tudo isto para obrigar os camponeses a obedecer sem recalcitrar. mal comparando poder-se ia identificar nos tempos de hoje os ministros e secretários de estado como sendo os cavaleiros e alguns funcionários de finanças como sendo os lanceiros. muitos dos que apostavam em não pagar eram enforcados. essa atitude de medo dos impostos vem desde esses tempos. daí que quando se fala em impostos todo o mundo fica a tremer. os senhores mantinham os seus castelos e as suas amantes à custa de parte dessas verbas e o restante era para custear torneios e alimentar as suas tropas. hoje, a coisa é diferente. os senhores foram apeados do poder por outros mas o sistema manteve-se. claro que parte das verbas que hoje são sacadas ao povo revertem para hospitais, educação e segurança social.  isto foi conquistado na base de muita luta reivindicativa. porém, o grosso dos impostos serve para alimentar os tais que toda a gente sabe e que não passam de uns bons comilões, isto para não os designar de filhos de puta, porque muitas mães desses cães eram mulheres muito trabalhadeias. ah, já me esquecia de um pormenor: os camponeses eram ainda obrigados a trabalhar gratuitamente nas terras do senhor determinados dias da semana. ah, e esta: as moças eram esfoladas que nem cabritos antes de casarem. era de lei que o senhor as podia papar de graça, também. bem, vamos à igreja e ao seu enriquecimento. há muitos, muitos anos a igreja também usava a espada para levar a palavra do senhor (o senhor era fodido. quem não  acreditasse que ele era mesmo o fazedor do universo e do adão, dos animais, da lua e do sol deixava de respirar balançando num qualquer ramo de árvore sagrada). depois de acreditarem no senhor deus dos ventos cabia-lhes pagar a dízima. quer dizer, deus era um todo nada melhor que os senhores da terra, pois só lhes exigia 10% do que realizavam. claro que a igreja que era muito mais sabida e por isso inventou o passaporte para o céu. pagando, claro! queres ir para o paraíso onde se encontram os santinhos, o cristo-rei, a vidente lúcia? (perdão esta ainda não tinha falado com a santa virgem) só tens de oferecer a deus mais uns patacos. meteram isso na cabeça do poveco e muito mais. os ofícios religiosos para interceder pelos mortos também são preciosos. para mim tudo bem. o poveco dá para tudo até para nunca perceber que está a ser enrabado. e ai dos que tentarem abrir-lhe os olhos. o poveco engole-os. vamos agora analisar (eu não tenho outro nome para dar significado ao que vou escrever. estou a rir, como devem calcular). na história destes dois monstros - falo da igreja (esta ou outras. é tudo do mesmo quilate - existem alturas de verdadeiro conflito de interesses. quando os republicanos abocanharam o poder depois de assassinaram dom carlos, a primeira coisa que fizeram foi roubar. calma, calma! com técnica, queria eu dizer. apropriaram-se dos bens da igreja e tornaram-nos propriedade do estado. logo a seguir venderam-nos. e quem é que ficava com eles? ora, quem havia de ser: os compadres republicanos. ah, e a preços de amigo. a igreja ficou a ver navios, a coitada. de repente apareceram milionários republicanos até nos currais para porcos. só que esses sacanas tinham defeitos horríveis. só eles é que podiam comer tudo. rebentaram! o poveco, a padralhada e os militares organizaram uma procissão em 28 de maio de 1926 e partiram de braga para lisboa dando origem a um outro regime de comilões mais regrados. o estado escolheu um seminarista e homem da igreja para o dirigir e a igreja deixou de ser perseguida. rehaveu os seus bens e não contente com isso ainda se associou ao estado para capar a sociedade. quem casasse não poderia separar-se. deus não se discutia. em cada escola havia um padre para reger as consciências, isto é, meter patranhas na cabeça dos filhos do poveco mesmo antes das primeiras letras. tudo organizado. mal comparando é como nos nossos dias. a igreja chupa do estado 8 mil milhões de euros todos os anos. e para quê? para fazer o bem! dá para rir, não dá? é que a igreja infiltrou-se onde o estado falha: no combate à pobreza e assistência aos miseráveis. claro que a igreja só entra nessa bondade quando o estado lhe passa para as mão os tais milhões que estão incluídos no orçamento de estado. se alguém tiver dúvidas que o consulte. ora bem, antes o estado na sua forma primitiva assaltava o poveco e agora? agora, o estado foi infiltrado por uma canalha sábia. é a isso obrigada (a ser sábia) por causa dos "jornais! que amandam tudo para o ar... como roubar melhor do que os republicanos? ora bem: são precisos submarinos para vigiar os pescadores de matosinhos que estão a apanhar sardinha para as festas de são joão fora das medidas legais. comprem-se! os dinheiros dos submarinos antes de serem pagos aos construtores "esminuiu". este, aquele. aquela organização, o tal e a tal mamaram que se fartaram. ao ponto de nem haver dinheiro para os fazer sair à caça dos pescadores de matosinhos... mas o melhor que fizeram os quadrilheiros que se infiltraram no circuito do érário público foi o facto de inventarem certos organismos onde se fixaram com chorudos ordenados e mordomias. esse é que foi o maior golpe. desses organismos entra e sai dinheiro fora de qualquer controlo do tribunal de contas (tanto é assim que passados anos de vigarices só agora aquele tribunal começa a perceber o quanto foi enganado). quando refiro quadrilheiros refiro os actuais partidos políticos. mal comparando, as putas colocadas lado a lado com essa cáfila são vistas como pessoas sérias. a podridão é tal que os partidos enfiaram nas empresas que se associaram com o estado os seus jagunços e capatazes mais notórios para melhor chupar os dinheiros públicos. não existe um único negócio que meta dinheiros do estado que não tenha uma mão criminosa dos partidos lá enfiada. quem, hoje, quiser saber de fonte oficial o que são e o que fazem esses quadrilheiros basta que siga uma das poucas vozes de denûncia deste país e que tem lutado contra a mafia que tomou conta de tudo. refiro-me a marinho pinto, actual bastonário da ordem dos advogados. depois de denunciar as canalhices dos quadrilheiros dos partidos, estes andam por toda a parte a pavonearem-se. pode? pode! estamos em portugal onde a vergonha toma foros de bem nacional. marinho pinto disse algo que devia ser seguido pela opinião pública. trata-se de discutir publicamente do interesse de certas obras e de certas autorizações que lesam o estado. toda este desvio de dinheiros (que não se sabe onde param) acaba por ser coberto com os impostos que se lança sobre o poveco. a verdade é que este poveco também é responsável pela situação pois é dele o voto nas urnas que mantém esta escumalha no poder. será que o poveco é muito burro? eu diria que antes de ser burro ele tem é medo. são muitos anos a ser esfolado vivo e ele quer é sobreviver. ah, e se for obediente depois de esfolado calha-lhe o reino dos céus. não é tão bom!
manuelmelobento

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