esta é a nova consciência surgida pelas transformações sofridas ultimamente pelo estado português. ela surge quando a classe de trabalhadores do estado enfrenta situações paralelas às que enfrentaram no século XIX uma nova classe de trabalhadores: os operários que surgiram com a industrialização e a consequente exploração da sua mão-de-obra. a desenfreada procura de lucro por parte de um capitalismo desumano , horários de dezasseis horas diárias em condições de escravidão, exploração de mão-de-obra infantil e feminina, os parcos proventos provenientes da prestação de trabalho precário e a fome como resultado, os castigos infligidos a quem se revoltava com tais tratamentos forneceram à humanidade motivos para entender um novo espírito de unidade. o operariado estava sozinho nessa luta. até a igreja católica fechava os olhos para com os crimes praticados pelo capital. os trabalhadores do estado estão à beira de um rotura com o seu estatuto antigo. o actual governo tem procurado - num esquema de falso progresso - retirar as regalias conquistadas pela classe trabalhadora que lhe presta serviço. ao reduzir as condições de vida aos seus trabalhadores, o governo português mais não faz do que criar uma nova consciência de trabalhador de estado. a consciência de estado é também fruto de como o povo se encontra mais consciente no apreender de que quem o serviu e o serve se desviou dos interesses globais para servir uma clientela desavergonhada e vendida ao grande capital. onde ficam os interesses do estado que somos nós todos se os que deviam governar para o povo o fazem contra o povo?
manuel melo bento
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