segunda-feira, 16 de abril de 2012

coronel otelo com a razão de estado pelo seu lado


quem percorre o texto da constituição não encontra justificação para este tipo de regime que governa portugal de hoje situado à margem do povo e dos seus mais lídimos interesses. têm sido constantemente adulterados os valores expressos na constituição e nas várias revisões que desde 1976 são a marca que serve para distinguir a velha pauta que o salazarismo fez aprovar quase por unanimidade. melhor dizendo, o actual texto constitucional, mal comparando, não passa de uma fraca imitação da do longínquo 1933. gritarão os esquerdistas de serviço a tudo que é pia ou alimento da suinaria: reaccionário, e etc. os da fornada - da actual direita que se guindou para o poder - não permitirão tais comparações. dado, claro está, estão já com a mão naquilo que é pertença de todos os portugueses. isto é, um outro tipo de pia. e que pia! a política nacional (não sei se esta palavra ofenderá os europeístas. bom, que os pariu!) saltou das mãos dos defensores de um estado forte e rico, cheio de miséria e fome para os mais desprotegidos para aqueles que tiveram a ilusão de colocar o estado ao serviço total e para todos. sonho que durou pouco tempo para dar lugar a uma realidade mais crua: aquela que nos cerca. esta caracteriza-se por o estado democrático ter desaparecido. sim, desapareceu de repente. justificação. salazar ponha as pessoas no desemprego. era um ditador malvado. o povo passava fome. esta democracia - que mais não é do que uma ditadura do capital - fomenta o desemprego e bolsas de portugueses a passar fome já por aí se vislumbram (alguns matam-na nos centros de caridade de certas instituições). é por isso, por estar implantada uma outra ditadura, que o coronel fazedor do 25 de abril disse o que disse. se estamos a ser governados por uma ditadura "democrática" há que a pôr em ordem e fazer com que entre o povo e o governo por este eleito não haja mais distância a separá-los. repare-se como esta democracia é falsa e tão falsa quanto a ditadura. um dos muitos exemplos flagrantes é o modo como os terrenos que pertencem ao estado/povo são negociados. zonas de reserva natural são de um momento para o outro transformadas em zonas turísticas que passam para mão esquisitas. este pequeno facto demonstra em como o estado não é de todos mas de certos cavalheiros. salazar deixou uma pesada herança estes que agora tomaram de assalto as propriedades do estado deixam-nos uma levíssima herança. sempre que se mexa em solo sagrado temos de estar atentos. sempre que negociatas estejam ligadas a interesses do estado há que agir der por onde der. trata-se da nossa sobrevivência. com a lição da falta de transparência (aqui cabem todos os que já foram governo) devemos sair à rua. não para queimar nem criar clima de vandalismos, mas sim para expulsar quem se apropriou, vende e negoceia o estado. claro que é tarefa quase impossível dado que suas excelência criaram falsas forças da ordem que mais não são do que os seus guarda-costas e protectores dos melhor instalados. a guarda pretoriana tem apenas como objectivo amordaçar o povo português. sim, otelo tem razão, embora não tenha explicitado muito bem a necessidade política de devolver portugal aos portugueses. isso só se poderá realizar com um levantamento. bem, do género violência doméstica ou militar? perguntem a otelo saraiva de carvalho a quem coube ver a sua última participação política de alerta sufragada pelo órgão de soberania competente bem contra os que se estão a instalar no que é nosso.
varett

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