sábado, 21 de abril de 2012

nos açores as empresas públicas encontram-se em falência técnica


a primeira empresa insular que se esvaiu sem estrondo nem reclamações foi a televisão dos açores, a ainda chamada rtp/açores. foi criada pelo imperativo político de impedir a independência das chamadas ilhas adjacentes englobadas no antigo império colonial português. foi uma opção caríssima. mais uma vez os cofres do estado foram assaltados pela ideologia (expansionista, no caso). porém, tornou-se compensadora pois uma vez controlada a informação o domínio "lusitano" teve artes de se prolongar. independências que se tornaram numa evidência criada pela difusão do programa do mfa reconstruído após o 26 de abril de 1974 foram adiadas. as contas das despesas foram metidas em caixinhas e embrulhadas no amontoado da mãe. isto é, na rtp. um fosso enorme onde há de tudo um pouco. um organismo do estado que se rege por normas próprias de um clube/empresa privada. foram tornados públicos os vencimentos de alguns "colaboradores" e "colaboratrices". uma coisa pró grande! quanto a negócios de compra de material (filmes, documentários e bosta pornográfica)? bem, só os deuses é que estão nesses segredos. só que para manter aquele aborto mal cheiroso nós dispendemos milhões e milhões. que muita falta nos faz. quanto aos açorianos? bem, penso que não merecem mais. está-lhes na massa do sangue ficar de cócoras contra os ventos da história. saltemos para uma coisa que dá pelo nome de sata. uma companhia à imitação da tap. sabemos o que é a transportadora nacional. uma empresa que se fosse obrigada a fechar, portugal teria de vender o algarve para pagar a enorme dívida que ela acumulou e fez crescer ao longo destes últimos 30 anos. tanto a sata quanto a tap - que parecem ser duas companhias - não passam de um jogo de capitais esquisitos. se duvidarem, investiguem, por exemplo, na internet e nos ministérios das finanças e da administração interna. atenção pois os ministérios vão mudando de nome consoante as vitórias eleitorais. claro que uma investigação deste tipo dá para perder mito tempo, e já não há pachorra, nem tempo nem dinheiro para isso. estamos quanto a investigações de coisas escabrosas sujeitos à boa vontade de uns quantos espiões que colocam cá fora (ao público) o que vão apanhando quando lhes passa pelas mãos coisas significativas. os verdadeiros jornalistas de investigação em portugal estão todos nos ministérios e nas polícias. os jornalistas que estão cá fora são uma espécie já gasta. ora tanto a sata quanto a tap estão falidas tecnicamente. em pior situação está a sata com uma dívida tão alta quanto a montanha do pico. ela dá pelo nome de empresa de utilidade pública ou empresa pública consoante as modas. tanto a tap quanto a sata vivem da exploração do povo açoriano. praticam tarifas fora de toda a conjuntura turística actual. impedem que se viaje para as ilhas e só permitem aos mais abonados a saída. que contas presta a sata ao povo açoriano? responderão os seus donos que está tudo no branco e no chocolate. mais, que as contas estão disponíveis a quem quiser consultá-las e etc. bem fiquemos por aqui pois com este tipo de imbecilidade que opera nos crânios dos indígenas insulares não vale a pena gastar muita saliva. a sata e a televisão são dois símbolos de colianismo encapotado. enquanto não nos livrarmos do modelo que as gere estaremos sempre sujeitos a este tipo de vivência que envergonha uns tantos e alimenta um punhado.
manuel melo bento
(texto ditado pelo telefone e transcrito por paulo rehouve)
nb: este texto não obedece a nenhum acordo ortográfico oficial. limita-se a fomentar a luta de letras. ganharam as minúsculas. todas iguais todas democráticas...

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