segunda-feira, 28 de março de 2016

o dinheiro dos partidos políticos. a próxima investida judicial.

inquéritos parados acerca de fluxos dos dinheiros dos partidos políticos? quanta denúncia espera resultados?  nos últimos 10 anos nos partidos políticos  circularam à socapa cerca de 70 milhões de euros. as cotas cobradas  aos seus militantes não dão sequer para   pagar os gastos com a eletricidade nem para meia missa. por exemplo, só uma das muitas campanhas presidenciais, custou à direita cerca de 2 milhões de euros visíveis. por acaso  a direita perdeu para o candidato da esquerda. 2 milhões de euros  foi o que constou nas suas contas. fora evidentemente o que não apareceu e que se caracteriza por dádivas por debaixo da mesa. a lei obriga a que os partidos apresentem contas e determina um teto máximo para "entradas e ofertas". as presidenciais que deviam ter outra moldura acaba sempre por cair na malha dos partidos. se as forças partidárias obedecessem ao rigor da lei, talvez o resultado nas eleições fosse diferente. os partidos do arco do poder que se escancharam nos dinheiros do estado não estão minimamente interessados em que se mexa nesse saco "laranja-azul-rosa". por detrás dos partidos estão milhões e milhões de euros em interesses empresariais que precisam como pão para a boca de serem aplicados e investidos. são esses "interesses" que têm manipulado milhões nas campanhas. as campanhas para as legislativas custam a cada um dos referidos partidos qualquer coisa como 4 milhões de euros. as despesas com elas são de todo o tipo. há que manter em movimento um exército que come, bebe, dorme. há, as despesas com as sedes, luz, gasolinas, comunicações, transportes de "populações espontâneas" que acompanham os candidatos, etc. um mundo de dinheiro que todos os dias tem de ser despendido... lembro-me de o pai do antigo presidente kennedy (traficante de tabaco enriquecido) ter oferecido para a campanha do filho tanto dinheiro que daria para comprar o algarve sem ingleses. o  prof. freitas do amaral ficou com um calote de dívidas (quase um milhão de euros) que foi o que resultou dos gastos com a sua candidatura e que tinham ficado de fora. já pagou do seu bolso, disse-o publicamente. isto fora os milhões que o governo cavaco gastou com ele. cavaco negou este pagamento e o rico amaral não teve outro remédio senão arcar com o prejuízo. todos os presidentes, sem exceção, eleitos e/ou candidatos  receberam ajudas. umas do tipo de esmola outras do tipo cheque calado. ao apresentarem as contas das despesas e das dádivas os partidos mentem e aldrabam. neste momento os partidos nacionais devem as guedelhas. milhões de euros, segundo informações dos ofendidos. de entre eles o estado, pois claro. os partidos  são como os clubes de futebol. lá de vez em quando é preciso vender uma estrela para pagar dívidas gritantes. no caso dos partidos, vendem-se, perdão, é fazerem favores aos empresários. estes empresários são também patrões de políticos. às vezes esses serviçais políticos acumulam emprego nos dois lados: estado e empresa. mas não é disso que quero referir aqui. o que está em causa é o dinheiro que os partidos recebem por detrás da cortina para fazer fretes enormes. "creio" que depois das últimas "campanhas" judiciais, que estão a pôr os políticos no banco dos réus, vai seguir-se a caça às contas escondidas e aos gastos dos partidos. ah, e a desvios que às vezes acontecem quando o empresário entrega o envelope em mãos para a central partidária e este leva com um toque no transporte. há tempos, a polícia apanhou um político, ex-rural, com uma mala contendo 200.000 euros. era para levar ao partido, disse depois às autoridades. em que ficou a caça policial? os jornais denunciaram o caso... em que bancos nacionais ou internacionais gira esse montão de dinheiro que a autoridade tributária ainda não viu a cor? soube-se que algum capital da banca foi diretamente entregue a direções partidárias. isto veio a público aquando da detenção do dr ricardo salgado. mais, até se ficou a saber que alguém meteu ao bolso dinheiro de luvas. houve depósitos bancários de proveniência ilícita mas não se conseguiu saber quem foram os autores porque as câmaras de vigilância do banco estavam desligadas no momento... para terminar: o estado português está prisioneiro desta troca de favores por dinheiro entre partidos e empresários. não tem que saber, os partidos estão na fila de espera e à porta dos magistrados do ministério público. acusados de crimes de recepção de milhões de euros em campanhas passadas? não, nada disso é que não ficaria bem se fossem os próprios partidos instalados nas comissões parlamentares de inquérito a acusarem-se a eles próprios e a julgarem-se como sendo juízes em causa própria. 
varett

1 comentário:

  1. COMBATER OS PAROLIZADORES DE CONTRIBUINTES

    Apontar 'isto ou aquilo' é insuficiente... há que combater os parolizadores de contribuintes... isto é, ou seja, há que reivindicar/criar:
    - MAIS CAPACIDADE NEGOCIAL PARA OS CONTRIBUINTES/CONSUMIDORES!
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    Ao não reivindicarem mais capacidade negocial... os contribuintes/consumidores estão otariamente a colocar-se a jeito dos lobbys que pretendem aplicar 'Golpes Palacianos'...
    De facto, o contribuinte não pode ir atrás da conversa dos parolizadores de contribuintes - estes, ao mesmo tempo que se armam em arautos/milagreiros em economia (etc) - por outro lado, procuram retirar capacidade negocial ao contribuinte!!!
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    Mais, quando um cidadão quando está a votar num político (num partido) não concorda necessariamente com tudo o que esse político diz!
    Leia-se, um político não se pode limitar a apresentar propostas (promessas) eleitorais... tem também de referir que possui a capacidade de apresentar as suas mais variadas ideias de governação em condições aonde o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
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    Tem sido golpada atrás de golpada: veja-se o caso da venda em contra-relógio do Banif (custo de milhares de milhões de euros aos contribuintes).
    Ora, por muitos mestres/elite em economia que existam por aí... porque é que quem paga (vulgo contribuinte) não há-de ter uma palavra a dizer!?!?!
    De facto, foram mestres/elite em economia que enfiaram ao contribuinte autoestradas 'olha lá vem um', estádios de futebol vazios, BPN, BES, Novo Banco, Banif, etc.
    .
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    Caso 1:
    O CONTRIBUINTE TEM QUE SE DAR AO TRABALHO!!!
    -» Leia-se: o contribuinte tem de ajudar no combate aos lobbys que se consideram os donos da democracia!
    ---»»» Democracia Semi-Directa «««---
    -» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa/endividamento poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a ‘coisa’ terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
    -» Leia-se: deve existir o DIREITO AO VETO de quem paga!!!
    [ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »]
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    Caso 2:
    CONCORRÊNCIA A SÉRIO!!!
    Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá COMBATER EFICAZMENTE A CARTELIZAÇÃO privada.
    [ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »]
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    Caso 3:
    UMA ACTIVIDADE ECONÓMICA DE ALTO RISCO para os contribuintes: a actividade bancária (ex: BPN, BES, BANIF,...).
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    Sendo a actividade bancária uma actividade económica de alto risco para os contribuintes, o Regulador (Banco de Portugal) deverá ser obrigado a apresentar periodicamente um relatório detalhado aos contribuintes.
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    Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha:
    Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da trasportadora aérea):
    - o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
    - comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no BES".

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