quarta-feira, 30 de março de 2016

antónio costa e a kallipolis lusitana. ah, e platão comunista!

se eu não fosse um intelectual nunca poderia despejar tanta sabedoria. fato que penso irá acontecer no desenrolar desta obrada croniqueira. comecemos por antónio costa. trata-se, segundo confirmação do diário da república, do primeiro-ministro de portugal. ninguém o contesta! isto é, que é de fato o chefe de governo. quando à kallipolis, é como eu digo, se não fosse intelectual de primeira água (não me lavo em segundas, a não ser quando numa larga banheira uma cleópatra qualquer - e a meu lado - nela se afogue ou beba água sem querer, pagando, claro!) nunca me iria aconchegar na verdadeira ciência política. kalós-kalé-kalon é um adjetivo (belo) que dá para três lados: masculino, feminino e neutro. qualquer coisa como macho, fêmea e gay dos tempos modernos. polis é uma palavra que dá para muita coisa. é só pedir por boca. neste caso, vou traduzir por cidade grande que muito historiador entende por cidade-estado. eles têm razão, mas eu também sou teimoso. apesar de ser um intelectual devo informar em off que tudo que aqui escrevi se encontra num livrinho (gramática de grego) que tenho ao colo. num estado tal como eu o colocava quando fazia exames. custa tanto ser intelectual! vamos, então, falar a sério: platão era comunista! que grande bronca! o que é que me passou pela cabeça para dizer tal enormidade sobre um dos mais lídimos idealistas e preponderante reacionário do planeta? a culpa foi de antónio costa. tenho ainda as orelhas como que puxadas pelo professor primário depois do engano cometido acerca da primeira pessoa do pretérito perfeito do verbo crer. eu queria! toma uma reguada estaladiça, seu cabeça de burro! eu cri, era a resposta certa. ai as minhas mãos a chiar. deus não existe. mata-me com um raio celeste este filha da puta de mestre. retomando o fio condutor: antónio costa afirmou bem claro que que ia "mandar" construir creches para todas as crianças portuguesas a fim de emparelhar igualdades sociais. as igualdades encontram-se nas ruas da amargura.  igualdade de oportunidades? é coisa abstrata. os desfavorecidos procriam como coelhos e são acomodados em espaços exíguos. duas assoalhadas com avó, pai, mãe, filhos e filhas; um mínimo de 7 pessoas, hem! por mais creches, infantários e unidades que lecionem pré-básico nada supera o mau ambiente onde se cresça. aglomerados e escanchados uns em cima dos outros, onde fica o espaço-tempo para regurgitar os conhecimentos impingidos nos estabelecimentos de ensino na parte da manhã e/ou da tarde? a avó ajuda! bem, e platão comunista? com toda a certeza, pois este velho sabido pôs na boca de sócrates, para não se comprometer o seguinte: é pegar neles (às crianças pequeninas) e entregá-las ao estado para que este lhes faça a cabeça. eh pá, era como uma fábrica de papo-secos. todos iguais e quentinhos. oh, que bom! deixemos de brincadeiras linguístico-fascistas que há gente que não sabe distinguir o humor (reverse): é preciso distribuir melhor a riqueza material e pedagógica para que todos adquiram o mesmo nível ou coisa parecida. já não se trata só de justiça social, mas sim justiça económica. é por aqui que me parece devíamos ir. estender mais este tema? não, fica para a próxima.
varett 

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