quarta-feira, 28 de outubro de 2015

paulo rehouve entrevista varett sobre casos como o de sócrates, maioria parlamentar, catarina martins, etc.

paulo rehouve:
como especialista em criminologista como vê o caso sócrates?
varett:
para já, não sou especialista. sou apenas diplomado com tendência para dar uns toques. o caso sócrates é único em portugal como investigação  dado que o ministério público mais parecia um genealogista do crime. num aparte, devo dizer que qualquer português se pode arrogar ser parente afastado de dom afonso henriques através de uma complicada árvore genealógica. logo, alguém do foro da extrema esquerda do género matador de czar pode fuzilá-lo por cumplicidade à política de sua majestade. assim, nesta ordem de ideias o que se passou é que sócrates é hoje acusado por suspeição labiríntica  e não de fatos. o que é de estranhar. por uma ordem lógica de investigação criminal e acusatória quem devia estar a contas com a justiça é quem recebe dinheiro técnico. isto é, o amigo engenheiro santos é quem tem de justificar de onde lhe vem o dinheiro que lhe caía nas suas muitas contas. o fato deste amigo emprestar dinheiro ao ex-primeiro ministro, eng. josé sócrates, em malas, em cheques, em envelopes, etc. em parte nenhuma do mundo pode ser considerado crime. quem recebe não pode ser acusado de qualquer crime a não ser que o dador confesse que arranjou o dinheiro de forma fraudulenta, roubo  e etc. e  mesmo neste caso aquele (o que recebe) será obrigado a devolver o dinheiro. e terá de confirmar que se trata de um empréstimo de boa vontade. e se quem empresta confirma? onde está o crime?
paulo:
se o dinheiro é proveniente de jogo sujo, lavagem de dinheiro, fuga aos impostos, etc. trata-se de um crime e quem usufrui desse bem também estará na mira das autoridades, não acha?
varett:
em portugal, a justiça não funciona assim em termos globais. sabe-se, por exemplo, que há muita gente que dá dinheiro a políticos e a partidos para custear despesas de campanha. vou dar-lhe alguns exemplos do passado. o general eanes, pessoa impoluta, aquando da sua segunda campanha para belém, recebeu um cheque de um empresário seu apoiante, o psd recebeu dinheiro vivo de apoiantes (houve até um caso referido pela press nacional de um militante que fora apanhado pelas autoridades com uma mala cheia de dinheiro para o psd), o cds foi investigado porque até um senhor - que ninguém sabe quem é  nem a própria polícia - de nome jacinto leite cápelo rego enfiou um milhares de euros na sua conta, etc. estaria aqui até a manhã do primeiro de janeiro de 2017, repito 2017, a descrever quantos foram as "almas caridosas" que entregaram dinheiro (emprestado ou não para mais tarde meterem a mão em concursos milionários, etc...). se a justiça procedesse sempre da mesma maneira teria de chamar a capítulo todos os suspeitos que entregam milhões aos políticos e partidos. quem recebe é criminoso? acho que não, se receber confirmada e inocentemente o empréstimo ou dádiva. estes partidos atuam assim: a cavalo dado não se olha o dente.
paulo:
quer dizer que a justiça não devia ter incomodado josé sócrates?
varett:
claro! vocè quer meter na cadeia metade do portugal que pede dinheiro emprestado (partidos, políticos, autarcas, acompanhantes, etc.) e que depois o desbarata em  luxos sumptuosos, deboche, vaidades, etc? sócrates diz: o dinheiro é emprestado. o amigo diz: emprestei dinheiro a josé para gastar à tripa-forra.  se há algo ilegal, este vai recair é no amigo. 
paulo:
você fala assim por que está do lado de josé sócrates?
varett:
nem pó! acho-o  um novo rico a estudar filosofia em sebentas encadernadas pela louis vuitton. assim como nada tenho a ver com ricardo salgado e os papeis comerciais de que é acusado por os ter impingido  a alguns infelizes. quem vendeu esses papéis é quem deve estar a contas com as autoridades. um vendedor direto que minta e não esclareça o seu cliente de que está a apostar as suas poupanças em capital de risco é quem deve responder pelo crime de burla e de má fé. mas de esse assunto não falarei. detesto bancos e banqueiros.
paulo:
o que me diz da maioria de esquerda no parlamento face a um governo minoritário?
varett:
o psd e o cds , em 2012, deram início à dessocialização do estado. tinham como  objetivo   entregar todos os meios de produção que pertenciam à nação portuguesa aos privados estrangeiros. isso seria admissível economicamente se fôssemos, por exemplo, um país desenvolvido industrialmente. não sendo nós competitivos em nenhum dos setores primário e secundário acabaram por destruir  a nossa maneira de estar no mundo. a coligação de direita confundiu portugal com os estados unidos. isto é, todo o capital estrangeiro os invadiram. há mais dinheiro dos árabes investidos neles do que qualquer outro povo. têm mais dinheiro enterrado nos usa do que a própria china. investir assim é good. a maioria de esquerda apesar de ser uma orquestra com três maestros vai certamente travar essa sangria e obrigar a que repensemos o modelo económico que mais nos convenha de futuro tendo em conta os nossos compromissos com a dívida pública. não temos solução imediata mas temos um povo que espera pelo amanhã. é aqui que entram os políticos de boa vontade. a riqueza tem de ser distribuída  com mais equidade. quem suporta saber que há dois milhões de pobres entre nós? quem pode dormir com uma situação destas?
paulo:
que papel  acha que terá catarina martins no futuro?
varett:
no futuro não sei. agora que já começou a cometer erros, lá isso cometeu. 
paulo:
que tipo de erro?
varett:
deixar que a assembleia da república seja entregue a ferro rodrigues. deixou transparecer que tem pouco poder para negociar dentro do trio de esquerda, mas muita palheta, diga-se. tanto é assim que cabe a ela a tal fátua consciência de esquerda, a colagem à amnistia internacional, aquiescência a manifestações à la 28 de maio. ela é, agora,  a "responsável" pelo discurso oficial deste "novo regime" que neste caso lhe volta as costas suavemente para não se comprometer. quer dizer que ela é hoje uma espécie moral de ministra dos negócios estrangeiros da maioria de esquerda. nem ps, nem pcp se atreveram a criticar o regime de luanda no caso da greve de fome de um português com dupla nacionalidade. isto tudo para não irritar os mandantes de um país que alberga à volta de 300 mil portugueses e nos dá muito a ganhar. costa e jerónimo sabem que portugal exporta emigrantes e o putativo regresso dos segundos retornados nesta fase periclitante da sua existência seria o fim da esquerda tranquila. o psd tem o velhinho rui machete nos negócios estrangeiros que sabe que diplomaticamente numa política de direita o melhor é esticar o conceito ditadura. como é que se pode receber com dignidade nos salões do palácio da ajuda ou necessidades a simpática e milionária empresária dona isabel dos santos se por detrás se acusa o pai  - presidente de angola - de criminoso? ela que tem vindo a investir milhões neste carente país e que tanto jeito dá à política de passos coelho... não ia gostar da coisa e podia fazer queixa ao pai...
paulo:
será que o presidente da república irá oficializar um governo composto pelo  partido comunista, pelo bloco de esquerda e pelo partido socialista quando o de passos-portas for rejeitado no parlamento?
varett:
com certeza que antes de se pronunciar, o senhor presidente aconselhar-se-á junto aos conselheiros de estado e sobretudo ouvirá a dona maria cavaco da silva que sendo uma boa cristã (como o marido) não há de querer que mande no país de nossa senhora de fátima e da irmã lúcia um governo com tantos comunistas estalinistas, trotskistas, e ex-ledores do livrinho vermelho. credo! e não, não respondo a mais nenhuma questão. 

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