sexta-feira, 16 de outubro de 2015

os interesses superiores da pátria não passam de arranjos económicos

eu refiro pátria (fui educado assim) em vez de pocilga económica como alguns já estão a tratá-la. após a invasão da alemanha em 1939 a polónia capitulou.  eis um  episódio do dia a dia  observado por martin gilbert, no seu volume I, página 87, que o "expresso" publicou de acordo com a dom quixote: "a 8 de março, em cracóvia, um operário polaco, a quem um membro da gestapo ouviu trautear a música do hino nacional, a polónia ainda não pereceu, foi abatido em plena rua." hoje em dia já não é assim. não somos polacos e podemos cantar o nosso hino pois não fomos invadidos militarmente nem a gestapo revitalizada  anda a dar tiros por aí à toa. claro que também ninguém anda a cantar por aí o hino português a não ser em campos de futebol que é onde nos estamos a distinguir de uma forma que se não me engano apagará das sebentas escolares os feitos marítimos do passado. a verdade é que os descobrimentos e o saque às populações indígenas só nos trouxeram desgraça, despovoamento e descuido na organização interna. a riqueza mal conseguida dá nisso. ao menos o futebol enriquece os ronaldos, mourinhos e outros chutapés que alcançaram o pódio da fama e dinheiro. também nos esmeramos no calçado e outros produtos inerentes aos couros e à cortiça. já me ia esquecendo. este intróito motivador ou de falsa partida é para fazer um ponto da situação. se por um lado estão os partidos a tentar formalizar uma forma de governo que viabilize o resultado das eleições, por outro estamos perante o aparecimento de vários candidatos à futura presidência da república. estes são mais que os profetas hebreus que nasciam como papoilas e que tinham a primazia de falarem com deus. importámos esse comportamento que resultou no aparecimento de um dom sebastião. o nosso primeiro profeta que por acaso falhou redondamente nas tarefas que lhe tinham sido atribuídas. depois houve vários. mas atenção não falavam com deus. deixou-se essa secção para os pastorinhos. mas como tudo enjoa nada mais fácil do que prever o seguinte: o povo português está já saturado do cenário político. é natural, pois ninguém gosta de ir ao teatro ver cinco ou seis vezes a mesma peça. assim sendo, o que está a dar é o que se tem passado com jorge jesus e o pedido de 14 milhões de indemnização que o benfica interpôs no tribunal competente contra o seu antigo e mítico mister. eh pá, isto é que interessa acoplado com as bocas explicativas do motorista do glorioso que a rueff dá vida na antena 1. há um orçamento a votar e há um presidente a escolher. isto é demasiado importante porque vai depender o futuro de portugal. o orçamento tem de estar voltado para dentro do país e para a solução de questões relativas às carências ao povo português. e perante este prisma só se exprimem claramente o bloco de esquerda e o pcp. é isto que eu não percebo e eu nem sequer sou bloquista nem comunista. os valores de uma nação como a nossa estão fora dos objetivos dos partidos do arco da governação. coligação e partido socialista viram-se para a europa para sistematicamente negociarem o estado. cada vez que estes senhores se deslocam a bruxelas a política do país fica mais longe dos interesses do seu povo. portugal liofliza-se! coligação e ps têm medo das represálias da banca comunitária e de quem manda nela quando procuram defender os interesses do povo. vamos passar a vida nisto, que não passa de uma chantagem vergonhosa? antónio costa que perdeu as eleições para a coligação à primeira vista pode centralizar e dirigir  a sua política para o bem estar do povo português dando voz a uma maioria que surgiu do resultado das últimas legislativas. e estas representam o querer do povo. se não estou em erro, santa engrácia me ajude a ler a nossa constituição... se costa ceder à banca comunitária que está voltada para o lucro do capitalismo e enveredar pela obediência a esta desumanizada organização então não passou de um bluff. mais valia ter deixado estar antónio josé seguro sossegado, que, este sim, talvez não tivesse ficado logo atrás do servilismo apátrida da coligação económica. por erro de estratégia e assunção política, estará nas mãos de costa e atuais companheiros focalizar a esquerda somente no bloco de esquerda e no partido comunista português? será que se prepara a absorção do partido socialista pela social-democracia de passos e portas arvorados em campeões do capital?
varett

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