segunda-feira, 22 de setembro de 2014

independência dos açores: sim ou não?


II parte

a ideia sobre as lutas de classe aplicadas à minha ilha teriam de ser reformuladas sob pena de mandarmos karl max e engels para a escola da noite. os tira-chapéu (era assim que os de baixo falavam com os de cima - no antigamente) pareciam experimentos saídos de um laboratório do "college-mit-americano". a maioria da população de são miguel - 80 % - (já expliquei que não falo das outras ilhas por desconhecimento) dedicava~se à agricultura. a pesca também era uma atividade a que se dedicava parte da população. introduzo este modo que se segue para me fazer entender: se colocarmos crianças novinhas em espaços onde elas não aprendam a falar, passado o período de aprendizagem elas nunca mais falarão normalmente. logo, há um período essencial para desenvolvermos as nossas capacidades. digo eu. porque se estiver a dizer baboseiras sem ofender ninguém não me vão multar por excesso de pensamento. não peço desculpa mas paciência a quem me quiser ler. se quiser, claro! ora os milhares de mamíferos micaelenses são ou foram sujeitos a uma moldagem  desde que começavam a pronunciar as primeiras frases e também  a um "treino" de ideias mirabulantes. acabado o fonalizar mamã e papá seguia-se o do mito. isto é, o deus patrocinador da região. tanto como na escola (aquela minoria que a podia frequentar pois a maioria  dos pais colocava os filhos no trabalho por conta de outrem ou  como ajudantes do seu sacho) como na igreja - no caso a católica - era-lhes ministrado um modelo de pensar que servia os interesses de quem os tratava como coisas do tipo pecuária. na idade tenrinha meter infernos e deuses humanos naquelas cabeças era coisa muito difícil de arrancar mais tarde na idade adulta. daí que homens feitos só tinham um modo de pensar: aquele que os mentalizadores lhes inculcaram. quanto ao ensino? bem, o ensino oficial era uma verdadeira caricatura. para se ser professor era preciso ser-se robot. cada robot era mais um leitor de livros oficiais do que um formador. era um ensino capado. imagine-se que até o poeta oficial do regime um tal de camões estava condicionado na leitura do seu poema épico , tipo cópia de homero ou coisa parecida. acho que no canto nono ele versalhava sobre amores de entre homens e mulheres. coisa leve. nada de sexo oral ou coisa parecida. rimava um praticar sexo do tipo aprovado pela santa madre igreja, mas mesmo assim não havia nada para ninguém não fosse o verso excitar os semieixos e fazer decair alguns óvulos mais precipitados. no que diz respeito à mulher micaelense, a desgraçada era obrigada a confessar se o marido a teria desejado de forma não clássica, isto é, analmente. sexo anal, nunca!, aconselhava o preclaro procurador dos interesses divinos. havia que ter filhos e muitos pois as terras do senhor de braços baratos necessitava. houve famílias - até me atrevo a afirmar  quase todas - que nunca tinham ouvido a palavra política. amanhã há mais!
mmb

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