sexta-feira, 7 de março de 2014

se aquilo é uma manifestação um arroto é um tornado


quando numa democracia que está de patas para o ar,  uma manifestação é organizada contra o governo a malta está nessa. numa democracia quando são os policias a manifestarem-se à  la cgtp, a coisa  torna-se case study. a cgtp é uma espécie de promotora de eventos publicitários que tem como objetivo apelar aos patrões e governos uma melhoria de condições de vida dos trabalhadores o que implica alteração nos vencimentos. quando os manifestantes estacionam os seus cartazes e os seus corpos no local do espetáculo surge  num palanquim o falante. zurze este o inimigo durante uma ou mais horas e quando dá por findo o discurso (por vezes afónico) os militantes dispersam a caminho de suas casas. tem sido assim nos últimos tempos em portugal. com a manifestação dos policiais, frente ao edifício da assembleia onde camilo colocou a personagem de "a queda de um anjo" a vomitar ademanes, repetiu-se a cena com uma única exceção: não havia palanquim nem palrador. os compadres (os polícias polícias e os polícias manifestantes) exercitaram o jogo da corda. ninguém ganhou. zero igual. amanhã há mais.  as televisões, como de costume cobriram o evento que mostrava o semblante  ofegante do velho e reformado policial até ao empurrão amigável e sorridente do de serviço.. coisa de se ver com agrado dado que as outras iguais a essas não são tão assim iguais pois há sempre salpicos de sangue que jorram (pingam) dos malotes (crânios) de quem se dispõe a pedir justiça abrindo a boca. ah, mas não são polícias, diga-se. pois polícias à civil têm arma à cintura e numa manifestação pode até dar-se o caso de tiro cá tiro lá. a assembleia da república não é uma indústria conserveira mas dela saiu uma conserva conglomerada que dá pelo nome de coligação psd/cds. era tempo de os conglomerados  passarem ao diálogo com os responsáveis pelas forças de segurança a fim de evitar que a polícia que nos guarda dia após dia de noite e de dia faça algum disparate e nos empurre pelo esgoto de onde uma caterva de imbecis retiraram a tampa. atribuam à polícia um vencimento decente (para nossa segurança) mas em contrapartida exijam eficiência. e esta não é transformá-la em carniceiros de bolsas do poveco ao  passar multas e outras manigâncias, mas sim a ter uma atitude de prevenção com a delicadeza que a pedagogia permite. estaremos em rota de colisão?  com quê? vá lá uma pessoa adivinhar...
mmb
(ps) - a legenda que informa que dona conceição  esteves está a receber a comitiva policial está a condicionar a verdade. é que dona conceição estava de retirada da assembleia por uma porta dos fundos.

Sem comentários:

Enviar um comentário