sábado, 15 de março de 2014

este regime cometeu um erro crasso: fez dos tribunais um órgão de soberania


ainda bem que a escolha dos juízes não é escrutinada por nenhum ato eleitoral. o que aconteceria se assim fosse? veríamos os partidos colados aos futuros juízes a apoiá-los com ofertas de camisas e isqueiros e a distribuí-los ao poveco nos atos eleitorais: vote no nosso candidato a juíz que é o mais alto e o mais  bonito. depois... lá estaríam os juízes na mão do poder político. e passaríamos a um sistema político que ofereceria o seguinte semblante: um presidente, um governo, um povo (parlamento) e um juíz. que riqueza de cor única! que belezura! até pareceria o antigo regime. lembrai-vos ó gente ignara e  quase racional (o professor webster e o dr bullar assim nos agruparam no século XIX) que por gritar viva a liberdade num café, um puto com 22 anos foi conduzido a uma esquadra onde o acusaram de querer pôr em perigo a segurança do estado. chamada a pide o grito passou ao tribunal e vai daí só foram três anos de prisão como corolário do decíbel contestatário. porque um advogado inglês assistira à prisão do miúdo a coisa passou a ter foros de crítica internacional. daí a razão da criação da amnistia internacional. se duvidarem do que afirmo consultem a internet ou outra fonte. é fato que tribunal constitucional é constituído em parte por indivíduos escolhidos pelos partidos do poder político (ativo) e outras manigâncias. o tc é um órgão liberto apesar da nódoa partidária que o enxovalha. bem bom! e é por que os tribunais são dignos que há já políticos na cadeia e outros que se meteram em alhadas a passar os dias, os meses e os anos a entrar e sair dos tribunais. podem no final safarem-se mas saem de rastos mental e fisicamente. esta postura dos atuais tribunais nada tem a ver com os tribunais fascistas. há tribunais infetados politicamente? no problem! uma pessoa pode pedir justiça noutro tribunal português e assim por diante, isto é, pode-se apelar para a relação, supremo, tc e tedh, etc. nada que se compare à desgraça do passado. imaginemos, agora, que os políticos tinham sonhado que os tribunais os iam à perna no atual  regime português. muito naturalmente teriam de conspurcar o estado de direito. como é que isso seria posível? com a mesma facilidade com que invadiram a assembleia da república colocando dezenas de deputados suspeitos de servir interesses esconsos e que têm sido denunciados na comunicação social (paulo morais social-democrata do norte passa a vida a acusá-los. e eles? nada!) se tivermos a coragem de pôr de parte algumas discrepâncias que acontecem nos tribunais, poderemos afrmar que hoje em dia o povo só tem como seu defensor os tribunais. os tribunais (de hoje, repito, de hoje) são os únicos "defensores do reino". até quando? isso já não sei responder. dizem que todo o homem tem o seu preço (e a mulher também). vamos aguardar.
mmb
ps: se os partidos políticos resolverem que na próxima revisão constitucional os juízes serão  eleitos como qualquer presidente de câmara, nós, o povo,  vamos invadir a escadaria do parlamento ao lado da polícia. tenhamos em conta que existe um fosso enorme entre a nação e o estado. pode-se afirmar que o estado português já não é a nação politicamente organizada. isso vê-se e isso é perigoso....

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