sábado, 11 de janeiro de 2014

desmembrar o estado, e depois? as pistas andam por aí e todos nós as conhecemos

nas barbas de todos nós e com a cumplicidade dos partidos da oposição o estado português encontra-se à  beira do colapso estrutural. isto não é alarmismo, puxa! já aqui se disse que o estado português estava transformado numa grande empresa e que o modelo desta é fazer rolar a cabeça do que fomos historicamente para nos transformarmos numa grande superfície comercial. não vou repetir o que já afirmei nas colunas do pressportugal baseado em contas que nos são fornecidas quer pelo governo quer por outras instituições. veja-se como é que o estado está prestes a sumir: por exemplo, só no dia 9 de outubro de 2013 passaram à aposentação milhares de agentes do estado. hoje, dia 11 de janeiro de 2014 soube-se que vão abrir centenas de vagas para "funcionários" públicos que vão integrar diversas forças policiais... perceberam? a maioria dos nomes que constam da lista dos aposentados (cga, aviso nº. 12485 insertos no diário da república 2ª série - 9/10/2013 regulamentado pelo decreto-lei 498/72, 9 de dezembro) são dos quadros mais qualificados que por cá há. se nos propusermos a fazer a pesquisa de todos os que foram feitos aposentados do estado e de empresas a ele ligado o número é assustador. não o refiro porque não tive tempo de confirmar se o número 30.000 anual é o resultado desta purga humana-financeira. mas já os vi difundidos nos "mídia". concursos para engenheiros, enfermeiros, professores, juristas, médicos, informáticos e outros portugueses que se foram formando ao longo destes últimos 40 anos, são vistos por um canudo. para o estado não há nada para ninguém. a privada está a abarrotar e portanto a forçar o seu envio para o mundo todo (oiçam a rtp todas as manhãs e ficam a saber como é que hoje em dia os portugueses são como uma "praga" em expansão). quer dizer, não há concursos, mas os cabeças-de-fila que se escancharam nos corredores do poder num golpe de criatividade à portuguesa deram a volta ao texto. como? reparai: todos os anos encaixam milhares de correligionários em lugares inventados junto aos órgãos de soberania que superintendem. os ministérios são prova deste golpe (inteligente, diga-se). e depois? depois passam a lugares cativos ou na hipótese de saída dos mesmos o estado fornece-lhes um belíssimo saco com euros e cartões de visita a indicá-los para lugares de estadão. saltam à frente de todos aqueles a quem não passaram cartão. uma coisa tenho de meter aqui neste texto antes que esqueça: venderam os ctt que apresentavam grandes ativos e ainda o cadáver não tinha arrefecido já de lá correram com centenas de seus funcionários. não havia uma ligação entre estado e os ctt? aos poucos o estado se vai liofilizando e nós a ver.  será que o estado se vai transformar em quatro partidos e seus filiados-filhos com esta estratégia? agora vamos saltar para o último golpe. prestem atenção: até agora os pensionistas e todos os que recorrem à aposentação (estão cheios de medo e mais vale meia dúzia de euros garantidos da reforma do que andar de porta em porta a pedir trabalho ou pão (para lá vamos e eu não sou bruxo de cartas só de pedras "tocadas"...) recebem o que está estipulado por lei. que bom! depois, como quem não quer assustar o poveco lá vem o outro golpe da convergência entre os do privado e os do público.  já o anunciaram. ficaremos todos iguais nas massas. que bom! agora é que a coisa vai funcionar. vai funcionar tão bem como os nep na rússia... depois puff o que se viu. a privada procura o lucro desenfreadamente (esse é o papel que lhe cabe) enquanto no público há o dever de prestar serviço ao cidadão sem querer assaltar-lhe  a carteira. ser membro do estado impõe uma outra consciência e um outro estar comportamental. só quem se lhe entrega para prestar serviço o pode sentir. claro que há lá os infiltrados vergonhosamente ricos que enquanto não são apanhados nos tratam como uns pobres de espírito. não dá para explicar pois sei que sabem o que digo. agora vejam o requiem. quando as pensões estiverem equilibradas eis o que os financeiros e seus lacaios vão fazer: baixar as pensões de todos sem exceção para tornar as finanças públicas num poço de virtudes. ó senhores - que votam - reparai que só assim os portugueses poderão viver sem pedir dinheiro ao estrangeiro. ah, mas podem pedir ao banco algum para o desenrascanço e outras dívidas do foro doméstico. caímos nas garras de um gerente comercial e seus patrões que se estão borrifando para o estado português que como unidade política de cidadãos era o que possuíamos como força orientadora. é verdade, umas vezes a orientação era uma grande porra, mas nas outras era um prato de equilíbrio. e foi sempre o que buscámos até vir esta corja que não se confessa. ah, mas fala bem e que bem que fala! são como os hipermercados. entra um desgraçado dono de casa para comprar duas cenouras e uma cabeça de alho e traz para casa dois chouriços de carne de cavalo avacalhado francês que estavam tão belamente expostos e que traziam apegados duas promoções de sabão chinês que até cura dor de reumático uma vez aplicado no lugar certo. facilmente se compreende que este texto não passa de um paradoxo. pois que zenão me valha!
mmb
nb:  justificação: irão baixar as pensões de reforma dos tratantes - que das duas caixas feitas numa só  - chupam quase todas as receitas do estado. então, as receitas do estado não devem ir para onde são mais úteis? dar dinheiro de bandeja a quem só come e caga não é para este novo Portugal que se quer hirto e servil. estes filhos-da-causa-financeira matam-nos se adormecermos. adeus companheiros! boas fraldas!
mmb

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