sábado, 26 de janeiro de 2013

aprenderam já no útero materno a ser vígaros

"width="127" />(este texto apresentou gralhas e erros de flexão verbal. vou tentar corrigir) quem? os que tomaram conta do poder e do capital. eu explico-me: logo após a queda do império português, os que a  provocaram assustaram-se com o que vinha a seguir, e foi um tal entregar a certos civis a gestão do que restava. foi cá um petisco com portugal a dividir-se em dois e a preparar-se para mais uma guerra civil. as coisas amainaram com a "sociedade" com os americanos e com a entrega à esquerda científica de uma parte pequena do bolo -  mas importante. melhor dizendo, a esquerda (aquela que se conseguiu construir com cabeças de ex-colaboracionistas e outros nem tanto)  tomou conta dos órgãos de comunicação social estatizada e parte da privada sustentada pelo estado. esta esquerda da escrita e da difusão oral é tão forte que já fez recuar o poderoso ministro e  agente capitalista  senhor lic. lusófona relvas que estava a preparar-se para mandar para a feira da ladra a rtp e outros pesos pesados que dia sim dia não beliscam fortemente os governantes partidários que dividem entre si o país e tudo o que mexe (e que tenha valor pecuniário). vou tentar ser objectivo e saltar já para o miolo da questão: quando a sacanice da banca assentou arraiais com a conivência dos governos pós-25 de abril verificou-se tanto roubo às poupanças dos portugueses que fazia corar de vergonha a madame blanche. a banca chegou a pagar 30% à cabeça a quem depositasse as suas poupanças. explico (perdoem esta mania de querer ser claro). por exemplo, o pateta do português chegava ao banco e depositava a prazo de um ano 10 mil euros. o banco dava-lhe logo de caras 3 mil euros e o português quando passassse um ano da data do depósito recebia os seus 10 mil euros limpinhos da faúlha. era tão bom. (naquele tempo jogava-se em escudos, não esquecer). vejamos então como esta dádiva não passava de um burla cometida pela banca associada na vigarice com o governo. ah, mas antes de continuar devo informar que os sócios trafulhas enviavam para o estrangeiro agentes com o fito de captar as poupanças dos emigrantes nacionais que caíram que nem patos na esparrela dos juros altos. como é que a dupla de vígaros se safava? a banca com o movimento e câmbio do capital e o estado ao trocar dólares por escudos! e como não podia deixar de ser com a inflação. depois de arrebanhar as poupanças desvalorizou o escudo de uma forma indecente. conheci um senhor que vendeu o que tinha e começou a viver dos juros. sentia-se muito bem nos primeiros tempos com os  juros do dinheiro que lhe pagavam. o pior foi depois, acabou numa semi miséria. o governo sempre que lhe apetecia mandava cunhar moeda para as despesas loucas em que meteu aquilo que foi o meu país. o escudo sem uma apetecível correspondência cambial começou a cair e a fazer perigar o equilíbrio social. só havia uma solução que era meter o país no grupo dos ricos com a intenção de o vender e de modo que os bananas dos portugueses não percebessem. coitados, nem para isso foram ouvidos nem achados. pois são percebidos pela classe política como os patetas do costume. melhor explicando (já é mania!) atiraram dinheiro para o chão nacional e toca a juntar. o pior é que para isso é preciso o português abaixar-se. e foi assim que fomos enrabados. aos que  não percebam esta linguagem que apelem ao professor cavaco e/ou ao dr mário soares que talvez numa linguagem mais técnica os possa elucidar nas dores do esfíngter por que ides passar se já não as estais passando. os vígaros ao aderir ao sistema monetário europeu sabíam de antemão que mais tarde ou mais cedo o estado que fora estruturado após o 25 de abril iria soçobrar. fomos todos avisados pelos críticos só que estes acabaram sendo ridicularizados pelos "estadistas" eleitos e a coisa quando veio a lume já era tarde. mas vígaro é esperto pois se assim não fosse não levava uma vida faustosa à custa do poveco. e, nos dias de hoje, como vai a dupla continuar a sacar? como os governos e a banca não podem desvalorizar o euro mandando imprimi-lo consoante a sua ganância eis que inventaram um outro tipo de inflação: toca a começar a pagar menos aos que trabalham. isto é, se pudessem emitir moeda davam aos trabalhadores mais papel sem valor e eles que se fodessem pois de pouco valia para poderem pagar as suas despesas de sobrevivência. os sacanas dos vígaros começaram - em contrapartida à impossibilidade de "fazer" notas - a lançar impostos e mais impostos sobre os vencimentros de quem trabalha. não quiseram arriscar baixar directamente 20% dos rendimentos do trabalho para não alterar a ordem pública pois temem-na e foram valer-se da opinião de "experts" em psicologia do trabalho que os aconselharam a sacar o 13º mês e o subsídio de férias dado que os trabalhadores os tinham na conta de uma espécie de bonus por o patrão estar de bom humor mas que não representaria mais do que senão essa boa e voluntária manifestação de bondade. esta inflação invertida vai permitir ao estado e à banca/empresários poderem pagar internamente os compromissos assumidos na mira do lucro. só que existem os compromissos externos e como já disseram os especialistas e alguma oposição a situação voltará a ser catastrófica mal não haja  onde ir sacar mais dinheiro. o português não é tão violento como são os outros parceiros europeus "unidos", mas sem pão nem trabalho não acredito que não aconteça aos nossos responsáveis políticos o que sucedeu ao major belsunce referido na página 654 de "as luzes de leonor" (1). eu explico: as mulheres foram-se a ele e comeram-no à dentada. safa! tal era a fome e sede de vingança... em matéria de economia só conheço esta. ah, e a que salazar - o bom ditador - apregoava quando quis cantar em dueto com a amália uma casa portuguesa onde não havendo pão sobre a mesa temos ladrão na horta e mulher séria fazendo de puta para o de comer da criançada. vou terminar com a alegria esfuziante de portugal ter podido ir aos mercados. ora! ora! apesar de sermos regidos por uma constituição de esquerda vivemos sob o estigma do mundo capitalista, o mesmo é dizer que as regras dita-as o mercado e não há mais nada para ninguém. (é que) para quê cenas patéticas de ameaçar os vígaros com o tribunal constitucional se este só serve ... acabe o leitor por mim que já estou como o chefe de quina da frenprof: "vou acabar, pois já estou cansado". não te pagam horas extraordinárias, ó meu?
(1) - recomendo a leitura do romance de maria teresa horta mas com restrições e cautelas. ei-las: ter sempre o romance amarrado  à escrivaninha, pois qualquer distracção pode custar-vos um pé partido. a mim calhou-me estar distraído e vai daí os 4 kilos de letras de poesias e outras mais pesadas caíram-me em cima do pé direito. estou manco mas o que me safou foi a minha bengala de bastão de prata que herdei e que serve para certas ocasiões. ah,  e pensar que posso habilitar-me a uma indemnização! não, não tenho nada a ver com carvalho e melo. a minha questão centra-se apenas no meu pé (direito).
manuelmelobento

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