sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

antes a arte, a vaidade, a imbecilidade do que o deboche da lei




                                                  antes de começar esta diatribe que vai dar início às que se seguirão em 2013 e que terminarão por duas razões passíveis de se realizar: a minha morte que está certa mas não datada  (pelo menos no meu bilhete de identidade nada consta) e, caso seja contemplado pelo euromilhões, peço desculpa mas emigrarei para um país onde o sol me aqueça longe do inverno português. claro que pelo verão voltarei. e voltarei porque quero assistir ao fim político de cavaco silva, passos coelho e toda a "elite" que preparou o fim do estado português quer seja estado social ou estado mistela com que vivêmos centenas de anos. há uma coisa que aprendi com sócrates mestre de platão que uso como lema de equilibrio  e usarei sempre: o respeito pela lei enquanto vigorar  estabelecida por direito consensual de todo um povo. experimentei a possibilidade de fugir da cadeia quando cumpria prisão preventiva. não o fiz porque tal como o mestre sócrates tomei consciência de que ao cumprir a lei teria mais força quando estivesse na minha vez de a fazer cumprir. (ainda bem que o tempo passou e não me foi entregue nenhum cargo...) não fossem as cloacas, as rachas, melhor dizendo as vaginas e eu seria um santo. estaria melhor no seringueti tomando a forma de leão! por ser como sou (este "artigo"  está a resvalar para o idiotismo generalizante que é muito apadrinhado na net e por mim. pois paciência!) sinto-me bem com o meu comportamento perante o estado. este pode ser contestado mas nunca deixa de ser estado enquanto estado. no caso do estado português - invadido por tudo que não  prestava da sociedade - deparamos com leis a caminho da perfeição. leis dignas de um homem novo perante o estado. e não é que quem legisla e quem as aprova não passa de uma corja diplomada (como corja). e por que tal acontece? é fácil explicar. é que a corja faz leis para serem aplicadas a outros que não eles. é por isso que as leis pareciam estar a caminhar para a perfeição. as leis que surgiram após o golpe militar de abril de 74 permitiram criar um homem civilizado e instruído, apoiado na habitação, auxiliado na doença, protegido previdencialmente. a corja infiltrou-se nos canais do estado e qual associação criminosa obteve e obtém  favores que a outros nega. parte da corja que se distraíu foi parar à cadeia e ao "banco" do tribunal. mas isso não passou de erros de interpretação da orientação das grandes e ocultas chefias... (há ainda quem pense que as teorias da conspiração não existem. paciência, não podemos todos prespectivar o mundo da mesma maneira. aconselho que se informem para melhor compreensão junto ao george bush ou mesmo ao idiota confucionista durão barroso, o lacaio das últimas guerras norte-americanas)... alguns criminosos da banca que tinham ocupado cargos de destaque ministerial só foram parar à cadeia porque infringiram as regras do alto capital. aconteceu em portugal e noutros países capitalistas que se dedicavam (e dedicam) mais ao financiamento descurando a economia produtiva. no  processo legislativo se não houver realismo crítico existe a tendência para a destruição do estado. acontece nos países socialistas e nos países onde pontifica a economia de mercado. no caso específico nacional as leis endoideceram porque onde havia dez escudos para distribuir, distribuiram-se 20. os políticos ou estavam drogados ou obedeciam a um plano para destruir o estado socialista contemplado na constituição de 76 com acrescentos e retiranços ideológicos posteriores. com ou sem drogas, bebedeiras e vilanagem nós tínhamos leis que regiam a sociedade. quando a realidade exigiu contas, em vez de se alterarem as leis para as aproximarem com o real quotidiano deu-se início a todo o tipo de desvios legais que mais não são do que trafulhices com objectivos esconsos. mas a constituição diz expressamente isto - portugal é um estado social - porquê actuar contrariamente? não, não se respeitam as leis. por isso deviam ser condenados a beber sicuta. e isto porque "transviaram a juventude e desrespeitaram os deuses". às vezes questiono-me sobre o facto de a suiça não fazer parte da união europeia. e como resposta inferida obtenho a seguinte: é um país onde a lei é lei. para explicar, talvez fosse bom recorrer à história. diria que temos sangue de ladrão no nosso adn. não? ora leiam: depois de 1385, o mestre de aviz - feito rei de portugal à custa de se ter prostituído aos "ingleses" - deparou-se com uma dívida enorme proveniente das despesas da guerra contra castela e da falta de produtividade nacional. para colmatar tal défice, aquela cabeça pensante (pelo menos tinha boa memória) mais os quadrilheiros  que o acompanharam na  usurpação do poder real só viram um furo para se safar: ir assaltar as  ricas praças comerciais do norte de áfrica em poder dos árabes. ceuta foi a primeira vítima. e lá foram os portugueses (nobreza cagada e algum clero belicista) mais uns milhares de mercenários ao saque e ao roubo. daí para cá, meus ricos ora se roubava os povos encontrados na expansão ora se assaltava o bolso dos pobres dos agricultores e pequenos comerciantes: o povo, melhor dizendo. eh pá, foi sempre a roubar. até o senhor doutor oliveira salazar - benzido pela igreja de roma como ditador - sistematizou o roubo aos africanos pondo-os a trabalhar nas minas de ouro da áfrica do sul para depois se apropriar dos seus salários. isto é, ficava com o ouro que lhes era pago pelos donos das minas   e dava-lhes em troca escudos moçambicanos (moeda que o estado controlava como controla senhas para o pão). era - dizia aquele santo - para que não ficassem mal habituados. rapinar era a palavra de ordem. para roubar era preciso arranjar mão-de-obra. julgam que os alemães é que inventaram os campos de concentração para mão-de-obra escrava? já no tempo de dom manuel I (sec.XVI) - o venturoso - se escravisavam judeus enviando-os para as roças de cacau. roubar tem várias formas. se é violenta é condenável, mas se for regulamentada até recebe a benção das beatas. todos temos sangue de ladrão. eu tenho-o e até o sinto. como sou cobarde, prefiro - por comodismo e medo - ser sério. acham que eu se encontrasse um envelope contendo os euros da reforma de cavaco silva os iria entregar a belém? porra, se ninguém estivesse a ver embolsava-os! (sim, eu sei ainda há gente séria que  entregava ao belenista o fruto do seu trabalho mesmo que tivesse os filhos a morrer de fome). ficava com tudo? não, que sou humano. fazia como o padre milícias: dava de esmola 2 euros ao primeiro sem-abrigo que encontrasse e guardava os milhares de euros para ir ao elefante branco comer uma preta bonita. estou velho mas ainda gosto. gosto muito. já o segundo sem-abrigo não levava nada. bem, vou acabar com este pensamento (dei por mim a pensar! estaiasno!) muito meu: hoje em dia há dois tipos maiores de ladrões. eles são: os trabalhadores que querem roubar os patrões; no outro lado do campo estão os patrões a tentar roubar os operários. os primeiros roubam fazendo greves e sabotagens e os segundos metem metade do que deviam pagar aos trabalhadores nas suas contas bancárias. depois há os outros que todos nós conhecemos a partir das nossas casas.
manuelmelobento

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