sexta-feira, 5 de agosto de 2011

o presidente múmia do egito(p)







como qualquer mortal habilitado com uns bons anos no coiro cabeludo, vejo-me na "necessidade" fisiológica de ver televisão. sem ela, não sou ninguém. não deixo de ser um espectador privilegiado de telenovelas. às vezes quase que vomito, mas tem de ser. aos telejornais também não falto. é que preciso de cultura. ora, ultimamente tem aparecido um tipo de noticiário-novela que traduz - em certa medida - o princípio e um quase final dos corruptos. habituado a ver o faraó mubarak sempre de pé, estranhei vê-lo deitado numa maca e a dar entrada num tribunal. fiquei chocado e não entendi o porquê de tal comportamento. dizem os jornalistas que ele foi destituído por que era corrupto e que teimava em manter-se no poder. não pode! então, e os outros? será moda de futuro? kadahfi deitado e de turbante a dar entrada no tribunal dos direitos humanos? o presidente da síria no mesmo estilo? bom, e em portugal? quantas macas seriam precisas? bem, ainda não se sabe. é deixar que acabe, por exemplo, a saga do bpn. seria uma espécie de procissão, só que os santos iam deitadinhos. não sei se os estão a ver todos? havia um que em sendo do tipo forte e atlético devia dar uma foto real cá das boas. em portugal? , nem pensar. mesmo depois de entrarem em pé nas casas da justiça (esta parte é para rir) e levando nos costados penas nada leves, à saída parece que lhe meteram um pau pelo cu acima de tão imaculados se julgam. não vale a pena bater no ceguinho. a questão que temos pela frente não dá para fazer humor ou lá perto. a questão é que já há portugueses a passar fome. e, neste preciso momento, os políticos que foram eleitos para governarem estão mais preocupados em fazer com que o estado pague o golpe que foi feito na banca. nesta banca desapareceram nove mil milhões de euros. tanto dinheiro que dava para comprar os londrinos com a sua rainha. o dinheiro que desapareceu tem de entrar nos cofres de onde foi roubado. ainda há dias um filho da causa pública - que por acaso é ministro - veio dizer, acerca da tramóia do banco português de negócios que o melhor do negócio feito com o pic só trazia benefícios para o estado. é que se não fosse assim, sairia muito mais dispendioso para... o povo português. então os gabirus roubam e essa corja que nos governa tem o descaramento de empurrar para cima de nós todos o pagamento. hoje, li no público do senhor sonae uma entrevista do prof. mira amaral que é bem elucidativa dos problemas que aquele crime trouxe ao país. leiamos uma pequeno trecho do referido documento. à pergunta da jornalista cristina ferreira, eis o que disse: ... pois concluímos logo que era necessário injectar mil milhões de euros para o bpn poder atingir o break-even point(ponto de equilíbrio). ora, com mil milhões de euros, comprávamos o bpi, porque é essa a sua capitalização bolsista. a verdade é que, com este acordo de compra do bpn, se encerra o mau negócio do passado. pois, mas no mesmo jornal do empresário belmiro de azevedo pode ler-se que a oposição não está de acordo. bem, ainda hoje, revivi - com o filósofo do portulano da praia da poça - os sábios dizeres de minha avó: onde há dinheiro, há ladrão. avó, tudo bem, mas terá o poveco de passar fome para pagar o desfalque enquanto aqueles lindos se refastelam por essas praias das tordesilhas... é simples: tudo isto foram negociatas. e pior de tudo é assim que o dossier será tratado. é a nossa condição de terráqueos. nada a fazer.




mmb

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