quarta-feira, 17 de agosto de 2011

a exagerada sexualidade dos deuses. sim, fazem sexo, mas nem tanto




(pormenor de um trabalho de varett intitulado "a mulher que desejava ser comida pelo faraó"). depois de ter chumbado em história no antigo terceiro ano (actualmente sétimo) do liceu nacional de ponta delgada por ter perguntado ao professor acerca das razões por que não se estudava a história dos portugueses em vez de estarmos à volta dos desertos, dos cemitérios piramidados, das cheias do nilo, de ísis e de um tal amôn e de sua mulher mút e etc. porra, este período ainda não acabou e já parece a via do infante vista pelos utentes sacaneados. depois de ter chumbado e de ter ouvido as respectivas justificações "pedagógicas" do sacana do professor, deu-me para olhar o egipto com olhos de ódio. e isto só teve fim quando me dei com um professor primário que se dedicava à cultura proibida pelo estado me ter dito que o sexo entre as classes divinas era diderente. isto é, o faraó pai podia relacionar-se sexualmente com uma filha, assim como uma irmã de sangue real divino podia meter-se com o irmão para entretenimento sexual e chegar até ao casório. disse-me o mestre-escola que em portugal também havia sexo do tipo da realeza do médio oriente. com diferenças, claro. dizia ele que como a maioria dos pobres vivia aos montes e sem espaço para dormir, muitas vezes acontecia relações sexuais entre irmãos e entre pai e filhas. mas atenção, os faraós fodiam as irmãs e/ou as filhas porque eram divinos. e os seres divinos só devem baixar as cuecas a outros seres divinos. no que diz respeito à rálé já a coisa se explica de outro modo: tesão animalesco. afinal, o raio do tesão está em toda a parte. até a nossa religião oficial está envolvida em sexo. foi através de um sonho que o pai (afectivo/registado na sinagoga) de jesus ficou a saber quem tinha engravidado a sua segunda esposa que já tinha a barriga a dar de si. um anjo apareceu e disse-lhe: o senhor teu deus é que a possuiu (em espírito, claro está). interessante é saltarmos para a lenda que trata de buda. a mãe deste petisqueiro pariu-o sem que o pai a tivesse tocado com o falo. o buda nasceu tipo elefante branco (em lisboa há um elefante branco, mas é para outras versões de ordem sexual). todas as histórias religiosas de povos, quer elas sejam pertença do passado como as de menos idade deixam sempre o sexo à mostra. não há religião sem sexo... leiam com atenção este pequeno trecho retirado do hinduísmo: visnu é uma das suas duas maiores divindades. visnu apesar de casado com lak´sm~i (deusa da beleza) não era fiel. este deus encarnou várias vezes. numa delas como krsna: jovem herói... casou-se com 16.000 mulheres e teve 180.000 filhos.(1) ainda bem que o ensino salazarista só permitiu que se estudasse até ao egipto. só passados 2000 anos é que se veio a saber que jesus tinha tido relações sexuais com uma gaja de nome madalena. eh pá, que raio de deus que só teve uma mulher e que nem deve ter tido uma vida sexual muito activa. primeiro, porque tinha de se deslocar a pé para vender o seu peixe e, segundo, porque morreu aos 33 anos que é quando há bastante força na verga. 16.000 mulheres!!! ah visnu ,empresta uma, dá-ma ou vende que eu pago a prestações? a questão que procurei alinhavar neste texto de verão - livre de amarras e de complexos intelectuais - é de que eu pincelei a cabeça de uma mulher que em querendo meter-se debaixo do divino faraó (divino também é o imperador do japão e os japoneses são dos povos mais desenvolvidos... tecnologicamente!) acaba - a meu ver - por parecer-se com o desejado. aquiqui (mais uma palavra que aprendi com camilo cb) acontece com todos os que necessitam de um modelo para preencherem os seus objectivos: ficam parecidos com quem almejam confundir-se. e isso nota-se em muita parte. nas mulheres novas existe uma onda de cumplicidade na forma e na actuação. todas elas querem ser magras. e no comportamento? despem-se para anunciarem refrigerantes e pelam-se para se passearem nos corredores com trapos das altas costureiras e costureiros. todas elas vazias de neurónios. oh que saudade das donas de casa do tempo do bondoso ditador antónio salazar. aquelas mulheres sabiam cozinhar! quem quer usar-se (acasalar-se) com estas mulheres modernas depois de esgotados todos os meios e recursos para travarem o tempo físico que as transforma numa estatueta do leoncillo? dêem-lhes utilidade: divinizem-nas!



(1) helmuth von glasenapp



religiões não-cristãs



editora meridiano



lª ed. portuguesa:set.1965

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