sábado, 6 de agosto de 2011

a nova independência de portugal











quando filipe de espanha se tornou rei de portugal não estava sozinho. filipe II tinha consigo os comerciantes e toda a espécie de gente pronta para vender a pátria por duas onças de ouro e para poder comerciar em terras do império espanhol... dom joão III tinha filhos a dar com pau. até os tinha do lado de fora dos lençóis reais... toda a gente sabe que dom afonso henriques era filho de uma senhora que não estava legalizada. isto é, era uma bastarda. era uma filha do pecado, segundo a santa madre igreja. acabada a primeira dinastia, eis-nos perante um outro fenómeno pouco católico: dom joão I - também ele - era filho de uma senhora que não era casada com o pai dele. outro bastardo... um neto do atrás citado dom joão III de nome dom antónio tinha o mesmo problema no bilhete de identidade. era bastardo. mas, agora, reparai. poucos ou nenhuns o queriam para rei (dom sebastião já tinha morrido) uma corja de filhos de puta, sempre pronta a vender a mãe à rota da seda, começa a beijar o cu ao filipe de espanha. sempre na mira do lucro. mas não quero ir por aí. filho de puta é filho de puta. bem, vamos ao que me interessa, (aos quereres dos meus leitores estou-me nas tintas) uma grande maioria de portugueses vendeu-se à europa (sec. XX) porque sabia que esta tinha uma grande mama pronta a ser chupada/mamada. estou a comparar com o que se passou no século XVI e meados do século XVII. aqueles portugueses também só queriam mamar. porque razão os famosos de quarenta, heroicamente, atiraram pela janela fora o amigo íntimo da duquesa que governava portugal em nome de filipe (esquece-me o nome dela) que se encontrava desarmado e que apenas trabalhava por conta do rei de espanha, respeitando os dias santos e santificados? é simples! os reis espanhóis meteram-se em guerra contra as grandes potências da época e acabaram mal. precisavam de dinheiro e homens para mantê-la. e que fazem? simplesmente exigem o aumento dos impostos e mão-de-obra militar. os portugueses caíram da burra e vai daí toca a gritar viva portugal e morte aos traidores. que eram eles mas já com casaca do avesso. ora bem. ao assinarem a perda da independência nacional (ps e psd) os partidos mais representativos procuraram salvar a economia que estava de rastos (como agora) vai daí venderam as nossas forças armadas e o direito de representarmo-nos no plano internacional ah, podemos ter embaixadores-palhaços que a europa não nos chateia desde que só façam palhaçadas. a europa e os seus amigos financeiros chamam portugal à pedra e querem que recaia sobre a malta ignara mais impostos e mais carne para canhão, isto é, os impostos estão aí pela mão dos hodiernos lacaios dos filipes. quanto à carne para canhão? será preciso explicar? bem, os portugueses estão a emigrar, o que significa divisas para nos ajudar a pagar as nossas importações. os emigrantes que foram anos e anos esquecidos, são hoje uns queridos. já se preparam encenações no poder para receber o seu cacau, perdão recebê-los com foguetes e romarias. também fazem parte da carne para canhão todos os que estão no desemprego e a fazerem dieta à la salazar. preparem-se, pois os nossos queridos governantes estão a preparar-se para fenestrarem o amigo da europa. vem aí uma onda de nacionalismo (fomentado por uma cambada de filhos de puta) que vai fazer pressão para sairmos da zona euro. se fosse uma medida que viesse beneficiar os portugueses em geral, tudo bem. se voltássemos ao escudo significaria que aquilo que a malta tinha passava a valer muito menos (uma desvalorização técnica) e o remanescente saltava directamente para o bolso da direita capitalista. aquela que frequenta os ofícios religiosos ao domingo e durante a semana não olha a meios para nos empobrecer. depois com a volta do escudo aos nossos bolsos, estás aqui, estás a chupar com uma ditadura. e revoltas e guerras civis? concerteza! não estamos tão alembradinhos do que ia acontecendo após o chamado 25 de abril. não esquecer que o 25 de abril trouxe tanta coisa boa. a ponte salazar passou a chamar-se ... não direi o nome porque se mudarmos para o escudo, juro pelo moisés nadador-salvador dos judeus que a ponte terá nova designação.





ps: como não tinha à mão nenhuma lembrança de revolução para ilustrar este texto, resolvi publicar o 6 de junho de 1974 do varett, que representa uma espécie de revolução libertadora do povo açoriano que abortou porque portugal encheu a barriga da malta que andava esfomeada de tudo. até da liberdade. o verdadeiro 6 de junho agora já não se designa assim. agora é o 9 de junho, isto é, uma espécie de espanholada... os açorianos estão como os amigos dos filipes: primeiro a barriga...





mmb

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