de manhã, ainda ensonado, ligo o televisor. porra, estava o neto da isabel II a dar o nó. mudei de estação, outra vez o casório. foda-se, todas as estações a relatar o acontecimento. vamos esclarecer alguns pontos de vista. que as estações privadas passem o tempo todo nas bisbilhotices e vestidos de noiva e que façam propaganda de asquerosos ingleses, tudo bem. elas vivem disso mesmo, pois o público português é o mesmo do tempo da ditadura: atrasadinho e limitado nas exigências do pensamento. uma verdadeira bestaça. agora, que a estação do estado, esteja ela, mas toda ela, isto é, a rtp/notícias e outras adjacentes a fornecer um espectáculo do tipo parque mayer é que é de uma pessoa desesperar. primeiro vou analisar a "questão" politicamente. depois lá iremos, até porque há putaredo metido nesta história. as pessoas da minha idade lembram-se muito bem de quando salazar pediu ajuda diplomática à inglaterra para safar o estado da índia da invasão indiana. nada feito. a velha aliada voltou-nos as costas, não para levar uma à canzana, mas para fingir que nos conhecia. perdemos o estado da índia, e foi o princípio do fim do nosso glorioso império. não vou discutir a legitimidade da nossa posição no oriente. e se o fizesse acharia que tínhamos razão histórica. é ver hoje o que fazem os americanos e seus aliados contra povos que não se podem defender. mas como isto me cheira mal, e quando cheira mal acontece que me lembro sempre do durão barroso - na altura primeiro-ministro - quando apoiou a invasão do iraque pelos ingleses. pobre diabo. então para defender o estado português da índia, os filhos de puta dos ingleses abandonaram-nos diplomaticamente. agora para invadirem uma nação soberana, o nosso portugal, perdão, a trampa que o representava resolve apoiar esta acção criminosa. puta que o pariu a ambos. tudo quanto diga respeito aos ingleses devemos tratar com um certo equilíbrio político. estão lembrados do que estes cães nos fizeram em 1890? foderam-nos o território que por direito de descoberta era nossa pertença. refiro a questão do mapa-cor-de-rosa. leiam um pouco de história para melhor se integrarem. fazer propaganda dos ingleses na nossa máquina informática é um acto de menoridade cívica. é prova cabal de que somos uns verdadeiros imbecis. peço desculpa, mas não estou incluído neste acervo. vou terminar por aqui, senão acabaria por repescar o assassino beresford e o tipo de tratamento com que aqueles filhos de puta nos presentearam ao longo da história. bem, saltemos para a questão doméstica do casamento entre uma kate e o neto da isabel II. desde o casamento da irmã da monarca, uma tal princesa margarida que temos vindo a chupar com uma propaganda intensíssima dos matrimónios reais da velha puta albion. foi da margarida, foi do príncipe carlos, do irmão andré, da filha de isabel, acho que ann de seu nome. margarida fodia muito com um coronel já casado. mais tarde, acabou unindo-se com um fotógrafo de quem se desfez num ápice. carlos de inglaterra, deu por si a ouvir, na bbc e em directo, a mulher (princesa diana), dizer que tinha dormido e fodido com o guarda-costas. morreu num acidente rodoviário juntamente com um outro amante. a mulher do princípe andré deu para - à luz do dia - estar na marmelado com um amigo mediterrânico numa bela praia. não comparando, uma cambada de putas de cujos casamentos tivemos que assistir horas e horas na nossa horrenda estação do estado. os ingleses ficam histéricos quando os seus monarcas se casam. que é que nós temos com isso? neste último caso, o de kate e guilherme... toda a gente à espera do beijo de ambos na varanda régia. eh pá! eles já vivem juntos há anos. já fodem há anos. que raio de encenação para tolos. por falar em tolos. não é que o escritor rodrigues dos santos e um outro locutor tv (por acaso um bom profissional) que apresento neste cronoblogue... espera! espera! a rtp 1 vai repetir o beijo do casal real. ai tão lindo! ela quase que atingiu o orgasmo. o povoléu grita. como estava a dizer o intelectual de vários livros - o pior foi o da filha do capitão - preocupado com o desfecho daquele floreado, vai daí começa a esboçar um relatório oral e a gente a ouvir. queres ver que vai sair dali outro romance. fala baixo! salvo seja! aguardemos.
manuelmelobento
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