em todas as vilas e cidades de portugal e ilhas - antigamente adjacentes, agora adjuvantes - havia uma ou mais ruas onde se instalavam as putas para comercializarem os seus corpos. na minha cidade natal, por volta da década de cinquenta, o preço a pagar rondava os 15 escudos. 3 moedas de prata de 5 escudos. havia quem fizesse mais barato, mas ficava longe como o diabo. era preciso ter carro e o preço embora fosse mais em conta não compensava por causa do custo da gasolina (4$50 o litro), apesar de lá trabalhar uma rapariga nova e bonita que dava pelo nome de flor da selva. custava uma queca desprotegida 5 escudos. uma vez fomos lá visitá-la, eu e meu primo. meu primo tinha sempre dinheiro para além de me ter pago a minha vez, repetiu a dose. meu primo tinha sempre tesão. ele foi o meu mestre. certo dia ensinou-me que também se podia comer as criadas. era pecado, mas a gente confessava-se e pronto, ficava tudo como dantes. queridas criadas! novas, bonitas, bem lavadinhas. a uma delas meu primo ofereceu uma escova de dentes e uma pasta que se designava de pasta medicinal couto. era para as beijarmos à actor de cinema. uma pessoa vai-se afeiçoando e depois não quer outra coisa. naquele tempo a malta não sabia o que era a pedofilia nem chamava gay a ninguém. bastava começarem as mamas a quererem dar de si e pronto, lá vai namoro com punheta - hoje chamam-na de sexo manual. não usávamos o sexo oral por desconhecimento. nas classes baixas, está claro. nada era como hoje. as raparigas trazem consigo preservativos nas suas sacolas da escola. e, são as mães delas que os fornecem para elas não fazerem má figura. os professores ajudam. hoje, podem foder como as cabras mas só com malta da sua idade. se um desgraçado for maior de idade e cai nas suas malhas vai logo sendo acusado de violação e de outras formas de letras da lei. foder no antigamente já não se compara com os hábitos da modernidade. quem poderia imaginar que em jornais credíveis se encontrassem crónicas de doutores a escreverem sobre todas as variedades e formas de fazer sexo. a dra. marta quando nos ensina a pedagogia do sexo anal, dá-me cá um tesão de todo o tamanho. a dra. crowford (?) di-lo com um à vontade que eu deixei há muito de pensar em pecado. um dia no confessionário disse ao padre que tinha ido ao cu a uma namorada. porra! lá estive e debulhar três terços e não sei quantas glórias. para quê? a dra. marta veio salvar os velhos do meu tempo que julgavam que iam enfrentar o altíssimo cheios de pecados. ai que bom, o sexo anal. as cabronas não engravidam e não nos sujeitam à chantagem. bem feito! o oral também é bom, como diz a dra. marta. mas este adapta-se mais nas viaturas. a meu ver, claro. o sexo, também traz muitos desenganos. quando o tesão me inquieta - agora é menos frequente - compro o jornal das putas e ponho-me a escolher. telefono para saber onde habita o pedaço e qual o preço. das primeiras vezes fui enganado. a foto do jornal não coincidia com a mercadoria mostrável. a gente vai treinando e depois a coisa compõe-se. deve perguntar-se pelo telefone se a pessoa com quem falamos é a mesma que está na foto e é quem vai fazer sexo. estas coisas são necessárias para termos bom êxito nas tarefas apalavradas. há sítios que são perigosos. mas quem não arrisca não petisca. se uma pessoa tem muito dinheiro, estes problemas não se lhe deparam. até porque, casam, melhor dizendo, compram-na por um período muito prolongado. o que é preciso é dinheiro. muito dinheiro. elas aparecem como as moscas. elas cheiram o dinheiro ao longe. bem, vou terminar. a minha intenção é lançar o meu quadro: "analmente". não fiquem com a impressão de que as putas são as piores pessoas do mundo. não, nada disso! para mim, tudo é política. até a prostituição.
manuelmelobento
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