Passos Coelho, para não perder a liderança da direita portuguesa que está a resvalar para um atento Paulo Portas, resolve espectacularmente sanear as pestilências do regime. Quer ele "fechar" a porta a empresas de "inspiração" pública que despadaçam os dinheiros dos contribuintes (das vítimas propriamente ditas). O que ele foi dizer. Valha-nos a Irmã Lúcia e na ausência estelar desta o saudoso anódino Padre Cruz. O líder do PSD quer dar cabo do Estado português. Este é composto por milhares de empresas que estão à vista e de outras tantas que sobrevivem encapotadamente. Esta vigarice que se mete pelos olhos dentro tem dois cúmplices. Nada mais nada menos os dois partidos que hoje representam o Estado português tal como no passado a União Nacional o fazia. Quem atentasse contra esta corja era automaticamente acusado de actividades subversivas contra a segurança do Estado. E dentro com ele. Hoje, acusa-se de tudo e mais alguma coisa os dois comilões - que são os pilares da nossa democracia - e eles nada. Estão desfadados! Estes dois partidos à sucapa foram criando repartições e depois destas organizadas distrubuiram-nas entre si consoante as intenções de voto dos basbaques. Paulo Portas percebe que a direita do outro resvala para áreas perigosas e pretende moralizá-la oferecendo os proventos de uma união em que o seu partido se se suja por um lado (há dezenas de social-democratas a contas com a justiça e até conselheiros de Estado metidos na pocilga e já pronunciados) por outro alarga as margens de aceitação. Nisto a ideia de Portas é abafar Passos que por mais se esforce já está tabelado. Não passa de um quase académico que vai país fora dando palpites para ir recebendo uma palmas que dão jeito a quem precisa estar sempre na berra. Quem esteve atento à entrevista que Portas deu a Mário Crespo na passada segunda-feira percebe que o líder da direita está ciente da sua importância pois todo o seu discurso é uma tese de doutoramento que tem por finalidade obter tudo de bom cum laude? , se não me engano, pois sempre andei cá por baixo nessas andanças académicas. Com a transparência que a opinião está a exigir ultimamente a tudo que diz respeito ao Estado e a quem o está a esfolar é facto que Portas é dos mais limpos. As embrulhadas dos submarinos não é com ele pois foram os dois compadres (PSD & PS) que se empenharam na negociata. Ele era apenas ministro da Defesa na altura da compra. Depois da tempestade das presidenciais e sem ainda o pó ter assentado, o povinho percebe que saltar de governo PS para outro do mesmo estilo é a mesma coisa. E povinho macaco como é (sempre foi) vai querer manter Sócrates e Cavaco no mesmo barco para se vigiarem um ao outro e para a carruagem ir adiante mesmo aos solavancos. Só se externamente for exigido mudar de vida que o mesmo é dizer acabar com a ladroagem dos dois compadres atrás descritos é que Portas terá as portas de São Bento abertas para o receber.
mmb
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