Nestas condições desistimos de concorrer às eleições. Era o que costumava fazer a oposição ao regime salazarista. E isto para quê? Para que no estrangeiro ficassem a saber que vivíamos sob uma ditadura e para ridicularizar as grandes e austeras figuras do Estado Novo. Que, diga-se de passagem, já estava velho. Tão velho e fedurento quanto a actual democracia portuguesa. Os fascistas e os democratas não-nunca descolam do poder. Os primeiros vivem à volta de um suposto génio; os segundos vão substituindo o génio. Não comparando é como aquela mulher que sendo casada fode por fora, mas mantém o sagrado matrimónio. Isto são os fascistas. Enquanto que os democratas são uma espécie de mulher que quer foder muito por fora mas de forma legal. Isto é, a cada facada no matrimónio, perdão por cada foda fora de casa a puta lhe chama de marido. Parece que vamos outra vez para eleições. Eu não voto. Isto porque se votar em branco conta como arcaboiço do sistema democrático. Se votar num partido estou a alimentar a mentira em que se transformou o partidarismo. Se me enganar na cruz anulo o voto mas valido o acto. Não voto. E não voto enquanto não souber o que é isso de partido político.
manuelmelobento
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