Desde a queda da cadeira de que foi vítima o bondoso ditador António de Oliveira Salazar - Salazar da parte da mãe - que a política não me entusiasmava tanto. Segui com curiosidade o percurso das acções (boas acções) do candidato Cavaco Silva e fiquei perplexo. Cavaco Silva compra 100.000 acções a um euro e meses depois vende-as a 2.48 euros. Embolsou 140.ooo euros de lucro. A filha dele também jogou na bolsa e amarfanhou uma boa maquia. Não sabemos quem foram os outros sortudos que também ganharam dinheiro com esta ligeireza e limpeza. Tive pena de não ter amigos mafiosos ou seja banqueiros daquele estilo, pois também poderia ter ganho algum. Não queria senão ganhar para aí uns dois mil e quatrocentos euros para ir até às putas finas. Não deu. De repente, Manuel Alegre escorrega num texto literário. Isto é, escreveu umas quadras estendidas e meteu ao bolso 1.500 euros. Nada de mal não fora a intenção do palavreado ser para bajular a banca que em Portugal não passa de um coito para uma quadrilha de assaltantes como agora se está a apurar. Quando Alegre é apanhado neste acto pouco digno e imoral pela investigação jornalística atrapalha-se e gagueja. Estamos, pois perante dois candidatos pouco escorreitos quanto à moral que orienta os servidores públicos. Ambos deviam desistir da corrida presidencial, pois a sua honorabilidade está tremida e esfumada, até ver. Numa democracia verdadeira era assim que se procedia. Portugal é isto que se vê. É o que se pode arranjar. O que vale é que ainda temos mais quatro candidatos para podermos escolher alguém que represente esta república de robalos. Isso é que é sorte!
mmb
Sem comentários:
Enviar um comentário