Uma mensagem telepática foi recebida por Xantipa de Eros, uma intérprete do futuro.
Morre nos próximos dias uma figura importante. Eis a visão: esquife é transportado por uma das grandes artérias de Lisboa, ladeada por árvores. Julga-se ver dona Maria Barroso ou dona Maria Roma a integrar o conjunto de pessoas que seguem a pé no enterro. Às tantas, o cortejo volta à esquerda. Atrás segue um autocarro de passageiros. No cortejo vê-se também um grande grupo de sacerdotes, cuja altura não é comum naquela classe, pois são mais altos. Parecem estrangeiros e estão vestidos totalmente de preto e com grandes "saiotes". Repetida até à exaustão a mensagem telefigurativa, eu creio que pela descrição da senhora que surge no cortejo só pode tratar-se de dona Maria Roma. E digo isto porque ela tem à volta do pescoço uma estola e parece mais alta do que dona Maria Barroso. A princípio julguei tratar-se da Rua Ferreira Borges em Campo de Ourique. Depois, descobri que a rua é a Domingos Sequeira (a do cinema Lys). O cortejo fúnebre sobe esta rua e depois volta à esquerda para o Cemitério dos Prazeres. Pelo conjunto de pessoas que compõem o cortejo fico com a impressão de que se trata de uma pessoa de direita afecta à Igreja. Não concluí tratar-se de um membro da Igreja Católica, isto porque a forma como se agrupavam os diferentes grupos nada dava a entender o dedo experimentado das procissões. Dedico-me há muito a decifrar sonhos através do relato das pessoas que recorrem em meu auxílio. Esta mensagem é esquisita pois dona Maria Roma não estava a chorar nem tinha um ar compungido: só estava muito séria. Deduzi, portanto não dever ser o morto o prof. Freitas do Amaral. Mário Soares também não deve ser. O cortejo não tinha a dimensão que o pai da democracia portuguesa mereceria e os padres nele não se metiam . Quem será a importante personalidade? Sem mais pistas não chego lá nem quero atirar palpites ao ar. A data 1980 acrescentará alguma coisa a esta mensagem? Sabe-se lá!
manuelmelobento
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