terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Partidos políticos como sardinhas na mesma lata

Quando mudei de canal para assistir ao Prós e Contras, já tinha intervindo o senhor do PSD, uma pessoa forte que estou habituado a ver na televisão a defender coisas muito aproximadas do antigamente tradicional. Com as intervenções que se seguiram acabei por retirar o retrato possível do seu discurso. Quem falava na altura  em que pus os olhos no programa da dona Fátima era um senhor deputado socialista que conheço desde o tempo em que a política começou a criar emprego seguro. Ou seja, desde que alguns oficiais se zangaram com o regime que lhes pagava muito mal e que dava pelo nome de Estado Novo. Esta zanga permitiu recriar um outro que tomou para si vários nomes. A saber: comunista, socialista, PPD (uma tentativa de copiar coisas da Suécia social-democrata) e democrata-cristão. Para além destas designações surgiram dezenas de outras fações políticas que não tiveram expressão umas vezes porque o povo não lhes passou voto outras porque foram perseguidos por uns sacanas sem lei patrocinados por traficantes ideológicos que empunhavam  armas das Forças Armadas (mais tarde recuperadas). O que ele disse e se o disse eu não entendi senão 10%. Numa linguagem erudita de socialista de camarote imperial referiu-se a aspetos refinados que envolveram o veto presidencial aplicado sobre qualquer coisa que dá pelo nome financiamento de partidos. Penso que a seguir falou uma professora de Coimbra. Um verdadeiro espanto! Aquilo é que era saber. Claro, também falou para gente inteligentíssima que nanja eu , pois fiquei apagado dos neurónios. Ó senhores, parecia que estava a dar um aula de Constitucional! Mas, cuidado,  pois o senhor socialista percebeu e até replicou quando a dona Fátima (que parece que o tempo também passa por ela) lhe deu a palavra. Também estavam na ara democrática dois purificadores da democracia: dois barbudos que também estão empregados na casa onde se supõe defender o povo dos polvos que nos vão embraçando. Um era comunista e o outro comunista mais à esquerda. Não sei se foram defender o financiamento dos partidos ou se estavam  a favor do veto de Marcelo. Que têm uma lata capitalista lá isso têm. Deduzi que estavam também dispostos a colocar o mealheiro onde os outros o tinham já lá colocado. Também apareceu o protetor de alguns animais que cohabitando a mesma mastaba semicircular  não dera pelas reuniões dos seus pares. Ou talvez nem tivesse sido convidado, digo eu que não estava  lá nem nunca me passaria pela cabeça que naquela casa houvesse lugar a  secretismos do tipo dessas lojas que obrigam os seus serviçais a usar avental. E continuo a espremer e nada. Bem, houve um moço que creio chamar-se Adão que disse uma coisas que eu ia percebendo. O rapaz não é nada tolo, não senhor. E fico-me por aqui na esperança que o Gustavo Sampaio me explique por palavras suas o que é que aquilo do financiamento dos partidos quer dizer. Isto se ele resolver escrever mais um livro de escacha o pessegueiro.




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