segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

António Costa um maestro sem orquestra

O crítico literário, Luiz Pacheco, dizia do músico António Vitorino de Almeida que se tratava de  um maestro sem orquestra e sem músicos para dirigir. E de facto dá para questionar onde param a orquestra e os músicos do conhecido maestro. De qualquer maneira a ideia ultrapassa qualquer dado presencial de circunstância e permite alargar mentes fora. É como um almirante em terra ou um general sem tropas mas com monóculo. Bem, mas a questão agora salta para o nosso maestro político. Isto é, António Costa é o Presidente do Conselho de Ministros. Os ministros estão todos desafinados. Quando o público os pateia, Costa limita-se a abraçá-los ou a beijá-los na hora da despedida. Já deu 18 beijos e abraços em governantes sem ainda ter atingido metade do mandado de 4 anos. Costa é como uma aranha muito cerebral. Quando lhe apanham uma, duas ou três pernas, ela larga-as e segue o seu caminho. Enquanto a direita não o apoiar, Costa é sistematicamente sugado pela esquerda de quem se aliou para alcançar o poder. Todavia, como é senhor de um  excesso neurónios, ele e o seu aliado nas "duas escritas", o financeiro Centeno, cedem à esquerda marxista ordenados mínimos mais elevados mas em contrapartida afoga os trabalhadores e pensionistas com impostos indiretos. Em 9 anos, os governos não aumentaram nem os funcionários públicos nem os pensionistas, mas por outro lado aumentaram-lhes os impostos diretos e indiretos. A privada rivaliza com o Estado pagando mal à maioria da população. É uma maneira de criar riqueza para alguns e pobreza para muitos. O governo de António Costa não tem projeto para daqui a três anos. Para se manter no poder vai esticando a corda até que a direita o permita desligar-se do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista. Como as sondagens são-lhe favoráveis ele ganha tempo até que um possível PSD de Rui Rui o possa libertá-lo. Nesse momento havemos de ver António Costa liderar um governo forte dirigido totalmente para o modelo económico apadrinhado pelos países do norte da Europa. Parece ser esta a estratégia futura do atual primeiro-ministro. Caso o PSD de Santana venha a impor-se, Costa não terá outro remédio senão manter a marcha ao som da esquerda esganiçada que faz que anda mas não anda porque o que ganhamos gastamos e o futuro ficará mais uma vez adiado. O turismo e uma América distraída com guerras fazem da Europa um paraíso. Só que isso não dura sempre e não estamos preparados (nunca nos preparamos) para quebras.
PS: Este texto esteve para ser publicado antes das eleições internas dos social-democratas. 

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