sábado, 20 de janeiro de 2018

Capitalismo democrático é bacano?

O mundo capitalizou-se? Desde a palavra até à ação! Desde a unha dos pés até à ponta dos cabelos!  Não há espaço algum neste planeta em que não encontremos o espírito capitalista. Desde a grande América - onde se pratica um capitalismo selvagem, que se caracteriza por espezinhar miseravelmente parte dos seus habitantes enquanto outros vivem de excesso de riqueza, até à Europa onde o capitalismo se familiarizou com os desfavorecidos à custa de guerras civis que tomaram o nome de Guerras Mundiais porque envolveram outros povos que  vieram meter o nariz por cá - tudo tem o selo capitalista. Até os comunistas e socialistas atuais são gente do capital. Não lhe podem fugir, a não ser que queiram ir viver para Marte. Quando alguns intelectuais se aperceberam de movimentos sociais reivindicativos, deram por si a teorizar. Marxismos, socialismos, comunismos, etc., em livro ou em palavra, começaram a fazer ninho nos cérebros humanos. A ideia de Homem Livre é filha dessa "revolução" de mentalidades. Milhares de anos se passaram repassados de exploração selvática do homem pelo homem. Quando os grandes pensadores alteraram o modo de raciocinar quer em termos filosóficos, religiosos, económicos, políticos, etc, (Confúcio, Buda,  Platão, Aristóteles, entre outros)  não houve, por exemplo, da sua parte intenção clara em acabar com a escravatura. Mesmo o cristianismo, até à coisa de uns anos atrás - religião que se diz  coproprietária do slogan amor ao próximo - encarava o esclavagismo como forma natural  de se  estar inserida no processo económico. O capitalismo cresce sem ser preciso ser adubado. Os pobres também se multiplicam sem adubo. O planeta está superpovoado de pobres. Quantos mais pobres houver mais cresce o capitalismo. O capitalismo alimenta a vivência dos pobres porque vive da sua exploração. Para combater o capitalismo não há como controlar a natalidade. O capitalismo olha o homem como produção animal. Quanto mais cabeças mais rico se é. A exploração do homem pelo homem toma formas requintadas. Eis um modelo que tem sempre "clientes": permitir que os "patetas" possam comprar as "nossas" casas para nelas poder habitar pagando em prestações até morrer; possam deslocar-se em viatura própria a pagar com muita margem de tempo também; possam comprar o que necessitam  fiado e a prestações com dinheiro que lhe emprestamos a juro, etc. Em contrapartida tem é que trabalhar sob diversas condições e procriar para que a cadeia do lucro não seja interrompida. Queremos trabalhadores saudáveis... novos e que deem o litro. O capitalismo tem medo do monstro que está a criar? Com certeza, tanto é assim que onde ele reina não faltam forças policiais para que o monstro trabalhe e viva segundo as suas regras. Mal o monstro  se agita, por exemplo, por motivos de carências alimentares lá estão as muitas polícias para o respetivo tratamento. Essas forças estão permanentemente aquarteladas e em quase estado de alerta. Não as entendemos como forças de segurança das populações. Vemo-las como forças de repressão que a qualquer momento caem em cima dos "revoltosos" quer estes sejam uma maioria de mulheres e crianças. O capitalismo é esperto sim senhor. O mais giro de tudo isto é ver os esquerdistas a servi-lo de chapéu na mão. É porque o capitalismo é que gere a agenda. O capitalismo é o oficial do dia. Para terminar este vómito, acho que o capitalismo assim é bom. E já digo porquê. É que, enquanto não houver bombardeamentos o capitalismo até é bacano. Acho eu que não estava lá.

Sem comentários:

Enviar um comentário