quarta-feira, 22 de julho de 2015

interrupção voluntária da gravidez? ena, isso é aborto!


assisti a alguns momentos em que no  afamado recinto de são bento se discutia - através do falatório dos deputados portugueses - a questão do aborto. melhor dizendo, queriam os coligados acrescentar  - na lei que o regulamenta - uma série de burocracias de ordem técnica que vão dificultar a vida das mulheres que optarem por - mesmo dentro da lei - fazer um desmancho, perdão aborto, perdão interrupção voluntária da gravidez. com a minha idade já não suporto linguagens metafísicas ou diletantes. fico fodido quando uma cambada de funcionários públicos (todos os que encorporam os órgãos de soberania e que são pagos pelos nossos impostos, convém não esquecer...) resolvem o nosso futuro estando a léguas da realidade do terreno onde as coisas "são" como dizem alguns respeitáveis filósofos. vamos ver o que resolveram (foi agora mesmo aprovada a alteração à ivg) os senhores deputados. por exemplo: elvira (nome fictício para facilitar), acabado o seu dia de trabalho, resolve ir dar uma curva pelos bares do cais do sodré. um copo aqui, outro acolá e às tantas está agarrada a um puto loiro tipo brad pitt, mas com muito mais tesão.  a cena a seguir dá conta de elvira a gemer pois  foi sujeita a uma à laia de canzana  com o amarelo a cantar o hino da noruega. avante: no mês seguinte, elvira dá-se conta que está prenhe como uma gueixa dos pastos açorianos. oh, que porra! com a aprovação "desta nova lei" ela vai ter de sujeitar-se a uma série de exames de todo o tipo. a psicóloga pergunta-lhe: elvira, diga-me cá uma coisa, quando você estava a tranzar com o seu canzanado loiro não sentiu prazer? sim, disse a que se fodeu fodendo. então, revira a clínica: esse prazer é amor. e quando se ama não há espaço à morte. ouça, diz elvira, eu quero abortar e vá-se foder com essa tanga de merda, sua coligada. a psi. chamou o segurança e neste momento, elvira enfrenta uma série de acusações que a levaram a ser detida na esquadra da esquina. espera, neste momento, que uma tia lhe pague a fiança para poder -  em liberdade - organizar a sua defesa. entretanto, a barriga cresce-lhe a uma velocidade de cruzeiro. oh estúpida, diz-lhe uma amiga, aborta clandestinamente ou então lança mão do teu cartão de crédito e vai a um país civilizado extrair essa tripa enquanto for permitido. vou mudar de estilo: o que aconteceu na assembleia da república, neste ano de 2015, não é mais do que o espelho do que somos. somos a peste da europa. somos os suínos dos países de baixo. e porquê? porque as leis que aquela gente aprova só é válida para uma legislatura se tanto. aquela gente - que manipula a lei obedecendo ao poder económico -  recebeu ordens  para que se levasse a população a parir mais dado que há o perigo da sua extinção. é preciso que esses abortos sejam gente. é preciso mão-de-obra barata. há mulheres que abortam por não terem meios para poder sustentar os futuros filhos. as mulheres abortam por questões que só a elas diz respeito. os homens nada têm a ver com a liberdade das mulheres, porque se isso acontecer as mulheres ficam sujeitas e condicionadas. é tecnicamente inconstitucional. é uma afronta à igualdade das mulheres e dos homens. ela, a mulher,  fica ferida de dignidade. agora, como reacionário que  penso  ser  devo afirmar o seguinte: "a mulher é um bicho esquisito" comungo esta frase proferida na antiga emissora nacional por aquilino ribeiro (homem de esquerda e opositor da política do estado novo) quando entrevistado por igrejas caeiro em 1952. direi mais: as mulheres são hoje maioritárias em tudo. até no eleitorado. ou são esquisitas ou gostam que os homens as perfurem, as dominem e façam de parte do seu corpo aquilo que os açougueiros fazem do pojadouro. acordem, estúpidas, perdão, acordem suas alforriadas.
varett
ps1: gostei muito de ouvir a senhora deputada teresa anjinho do cds. é assim mesmo! o aborto é um pecado. e se ainda (*) não é um anjinho é porque essa discussão passará para a próxima legislatura para ser aprovada com os respetivos esclarecimentos da ciência que qualquer dia destes acaba por descobrir o cérebro pensante do espermatozóide. não digo o mesmo do óvulo porque sou reacionário militante.
(*) - o aborto ou interrupção voluntária da gravidez, esclareço, ainda não é considerado um anjinho prematuramente assassinado que se saiba. mas com o andar da carruagem é de crer que para lá siga. nada de confusões, por favor.

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