sábado, 6 de junho de 2015

mas que raio de ditadura militar que começa em 1926 e termina em 1928.


como se escreveu acerca de óscar carmona (general), este encabeçou um golpe que derrubou  gomes da costa (outro general) que se tinha feito - ele mesmo - presidente da república. estávamos em 1926. bons tempos! a história diz desse período que se tratou de uma ditadura militar com um ditador a liderá-la. durou até 1928... refiro-me ao ditador carmona. com ele  foi reabilitada a censura prévia que se manteve até depois do 25 de abril de 1974... mas isso é outra conversa! o ditador tornou-se mais brando quando permitiu eleições presidenciais. só que ele era o único candidato à presidência. ah, e foi eleito! este período designou-se de ditadura nacional.  presidencializou o país de 15 de abril de 1928 até 11 de abril de 1933, altura em que o seu ministro das finanças salta para a presidência do conselho de ministros e traz consigo aquilo que ainda hoje faz estragos pois não foi muito bem apagado: a constituição de 33. o mais engraçado é que o ditador carmona (chamo-o de ditador mas não tenho nada contra ele) transita da ditadura militar (1926) para a ditadura nacional (1928 a 1933) e caso raro nunca visto é candidato a presidente nas eleições de 1933: a ditadura do estado novo. concorre sozinho e volta a ganhar sozinho. nessa altura já o padre cruz andava de escola em escola a pedir que pregassem nas paredes das salas de aula um busto de cristo em zinco com tanga rodeado de salazar e carmona em fotografia. . era uma  nova era que chegava mas com os mesmos personagens. o ditador viveu que se fartou até 1951. na escola rezámos muito pela sua alma. a professora chorou. o que me faz espécie é de que os historiadores chamam ditador a salazar quando quem é ditador desses três regimes estava vivo e alcançara o poder qual fulgêncio baptista, o mesmo a quem fidel derrubou à lei da bala e se fez ele mesmo ditador. porra, aprendera com carmona? ora, dois ditadores a conviverem apertados na mesma cadeira do  poder... hum... só mesmo à portuguesa. e o cardeal que mandava nas cabeças do povo analfabeto (notícias de inglaterra da época afirmavam que 80% da população era analfabeta!) como um faraó de osiris? isso fica para depois quando eu tiver de inventar mais coisas. dois ditadores ao mesmo tempo? os historiadores que resolvam esta merda que eu não sei nada. o ditador militar morre em 1951 salazar vai substituí-lo por um período de 5 meses. é escolhido um general que até era deputado da assembleia nacional. naquela altura não se sabia nada dela. havia quem julgasse tratar-se de uma casa de má nota. o general era o senhor higino lopes. esteve como presidente até que salazar recebeu ordens de militares ultras para correr com ele. este dava-se com altas patentes militares que não iam com a cara da ditadura que nunca mais acabava. no estado novo, salazar é autorizado pelos militares a criar uma polícia política sujeita ao poder militar. o seu diretor era um major do exército. salazar cria a legião portuguesa (uma seita política e civil) e entrega o seu comando a um general. nesse período portugal torna-se parceiro da nato que todos nós sabíamos tratar-se de uma grande organização militar que se oponha ao alargamento dos países comunistas. salazar acoplado pelo ditador espiritual assina a concordata com a santa sé. os portugueses nunca mais se puderam divorciar. foi o período (1933-1976) em que mais filhos foram feitos sem nome de pai. nem baptizados podiam ser nas paróquias dos padrecas. salazar foi acusado de ter substituído o general higino pelo almirante thomaz. perfeita mentira! a área militar estava-lhe vedada. este almiraante era um ultra em tudo. vinha na linha do carmona. quando era ministro da marinha desenvolveu a marinha mercante com o célebre despacho 100. não foi salazar quem iniciou a modernização do comércio marítimo do país, mas sim os militares. no caso o almirante américo thomaz. convém dizer que este senhor era - apesar de ser um ultra - um homem honestíssimo. bem, até ao próximo textelho.
ps. este texto sai sem revisão.
varett

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