terça-feira, 2 de junho de 2015

alguma coisa aconteceu quando no fim do regime monárquico se colocou na presidência um civil e não um militar


cândido dos reis, o chefe militar da revolta contra o regime monárquico, 1910, suicidou-se por ter julgado mal o resultado da revolução. pensou que não vingara. pensou mal.  os setores militares aderentes meteram-se em copas e poucos foram aqueles que se convenceram que deviam continuar a lutar (machado dos santos na rotunda do benfica, perdão do marquês, foi uma espécie de otelo do 25 de abril). no entanto, quem arranca com espírito de missão foram os grupos civis armados da cabornária que impediram a derrota. à lei da bala, note-se. os militares desapareceram da cena e das ruas. os civis tomaram conta de todos os espaços. um civil declara aberta a república da varanda do paço do município de lisboa. o senhor josé relvas  burguês de chapéu coco proclama a instauração da república. ainda quanto a militares? nada! era preciso substituir dom carlos na chefia do estado. quem foram escolher? joaquim teófilo braga em estado provisório. depois deste mais um civil. um tal manuel arriaga brum da silveira que dava pelo nome de manuel de arriaga. a seguir mais um civil. um tal bernardim luís machado guimarães. o tal bernardim machado. esta tropa fandanga à civil tinha por lema reger-se pelos grandes princípios republicanos: exército de milicianos em vez de exército profissional. em 1918 entra ou sai para a presidência da república o senhor militar sidónio paes. cento e tal dias depois da tomada de posse levou com balázio e morreu no rossio em lisboa. foi uma espécie de ditador. talvez por isso tenha sido assassinado. não estava lá, não sei. depois desta cena no rossio aconteceu que umas vezes era civil outras militar o chefe de estado. o último desta república a quem chamaram de primeira.foi um civil. ainda hoje gostaria de saber por que é assim designada pelos que escrevem história ou histórias. em 28 de maio de 1926 portugal sentiu estremecer-se. os militares da província desceram de braga até lisboa e tomaram o poder. colocaram um militar como chefe de estado, que foi derruado por outro que também foi corrido da presidência por um general que depois foi feito marechal. este tinha muito esperteza mas para o mal. tão depressa o general carmona de seu nome botou mãos à obra de silenciar tudo e todos deu-lhe para ir a coimbra convidar um senhor professor de finanças públicas. o douto salazar. antes de falar deste tenho de fazer um pequeno relato sobre o mesmo, pois tenho uma visão distinta do que por aí se diz. salazar não tinha personalidade. era uma ratazana cheia de complexos. sendo filho de um pobre camponês foi mandado para o seminário onde aprendeu muito. sobretudo a obedecer e a reconhecer os superiores quer a nível profissional quer a nível social. era ele professor em coimbra quando um aluno do género aristocrata lhe contestou as notas e não satizfeito com a contestação o esbofeteou. chapéu ao chão. salazar não se desmanchou. apanhou o chapéu e seguiu caminho. era plebeu de sangue e de gesto. safa! foi por essa ratazana saber fazer muito bem contas que o ditador carmona o chamou. eh pá, sempre a servir o salazar ficou 48 anos no poder ajudado pela igreja com quem ajudou a foder ainda mais o poveco português. do outro lado como adjuvante teve as forças armadas. ninguém em portugal pode governar contra a igreja de roma. até à chegada do dr mário soares ninguém poderia pensar em ser poder sem a confirmação dos militares, e claro, da igreja que tem deus por detrás. ora o que eu pretendo desmanchar aqui com esta merda de texto (que não procurarei reescrever para corrigir seja o que for a não ser alguma mentira) é que a ditadura do estado novo era uma troika composta por três abencerragens. um chefe militar que tudo podia, um chefe religioso que tudo podia. um chefe administrativo-político que tudo podia. constituíram uma sociedade impecável. uma coisa tão perfeita como a família dos espírito santo até ao advento do juiz carlos alexandre. dos três chefes, aquele que até cheiraria bufas de búfalo para se manter no poder era o salazar. o homem adaptava-se a tudo. atenção, sempre colado aos mais fortes. em certos momentos quando as forças armadas estavam desunidas a ratazana ponha-se ao lado daqueles que mais podiam. amanhã escreverei sobre o tempo em que os militares dominaram tudo com o amem da igreja e com a subserviência do velho sábio de coimbra. era assim, ou salazar fazia o que eles queriam e escondiam-se disfarçadamente por dentro das suas promoções e condecorações  ou salazar caía. aconteceu por diversas vezes. bem, mas isso fica para amanhã.
varett

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