quinta-feira, 22 de maio de 2014

votar sem sentido ou votar no fácies dos que nos são queridos ou apetecíveis



tem sentido enfiar um papel numa fossa onde a nossa representatividade é 21 sobre 700? teria se nos envolvêssemos diretamente. não é o que acontece! assim sendo, apenas escolhemos 21 simpáticos que por sua vez se entrosam em forças partidárias que de entre muitas tarefas a realizar está a escolha do chefe ou líder. este por sua vez - inspirado ou obediente - determina quem deverá ter emprego político bem remunerado e com garantias de futuro. todos eles estão, pois, dependentes de diretivas as quais impõem compromissos. tornam-se, os partidos políticos, numa espécie de irmandade fortalecida mais ou menos pela capacidade de se manterem unidos. quando acontece divisão interna a irmandade sofre e os seus atores principais são substituídos por suplentes que se encontram à vez. nestas "europeias" ficámos a saber que temos tanta importância na europa dos quinhentos milhões (500.000.000) quanto um gelado de serrilha. exceptuando marisa matos do be e rui tavares do livre os candidatos eram de uma miséria de conteúdo e de pedagogia que metia dó. é certo que ambos estão contra o euro e que seria um suicídio económico se atuássemos já nesse sentido dado as amarras com que nos enforcaram. mas por eles ficámos a saber muito mais sobre essa enorme cratera que se chama agora europa e que já se chamou estados unidos da europa com as letras eu por toda a parte onde se podia pespegar um dístico com elas.  os candidatos mostraram-se ao vivo em arruadas tendo por tarefa oferecer umas folhas com dizeres em abono de si e do partido acolhedor. uma palavra para josé manuel coelho: num país de acomodados o fato de querer prender os corruptos e os fascistas fez dele o alvo da chacota dos da sua classe social. o povo não gosta de fascistas, mas entre votar em comunistas ou fascistas o povo opta sempre - repito sempre - pelos fascistas. ah, e quando dá numa de socialista é porque o socialismo já está metido na gaveta. claro que se aprende alguma coisa nestes períodos eleitorais. desta vez o que vislumbrei é que estamos perdidos num mundo que só nos pertence porque a ele estamos ligados geograficamente. espero que não nos aconteça o mesmo que à ucrânia. isto é absorção...
mmb

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