quarta-feira, 28 de maio de 2014

ou o ps se esquerdiza ou se esvai no deserto que se avista.

sejamos frios no raciocínio: o embrulho/saco onde se encontra ps, cds e psd foi visto pelo eleitorado como um grupo inclinado mais às opções de direita do que à esquerda-social (que passe a hifenização...). da política de antónio josé seguro cresceu a ideia de que não querendo determinantemente deslocar-se para a esquerda-social se confunde externamente com as orientações económicas da coligação governamental. pôde seguro discursar no sentido oposto, mas as pessoas não o acreditaram. as políticas de passos e seguro - numa leitura geral - acabaram por se confundir. o resultado das urnas confirma-o. os  4 pontos percentuais (mais ou menos) que os diferencia não serviram ao ps para se assumir como um partido de esquerda e de oposição credível. o grupo antónio costa ciente de que se aproxima um grande deserto a percorrer pelos socialistas, o que equivale dizer um certo perigo de liofilização, encetou um movimento de travagem no rumo anódino e autofágico do partido. à primeira vista parece uma atitude de clivagem. porém, se procurarmos adivinhar o futuro do ps com seguro a liderá-lo nada mais óbvio seria pressentir o perigo a exemplo  do que aconteceu em frança no passado aos socialistas: baixaram aos três por cento (3%) do eleitorado... se costa alcançar a liderança dentro do ps vamos vê-lo combater a coligação obrigando o partido a tomar posição contrária à política fmi-troika através de um apoio indiscutível a políticas patrióticas de esquerda e de salvação social. uma espécie de discurso dos comunistas adaptado... de começo, está claro! 
o ps está demasiado gordo e aburguesado. por isso caiu no descrédito do pensamento e intenção do povo e do eleitorado. seria um suicídio político se costa não sacudisse do ps caras como alberto martins e outros acomodados. estes (acomodados) fazem confundir o ps com o psd. o psd mais reacionário depois do desaparecimento de sá carneiro, diga-se em abono da verdade. ou teremos um ps de esquerda ou o mais no mesmo. se é para esta última opção, então dr costa, deixe-se ficar na câmara não se esquecendo de mandar tapar as centenas de buracões que aguardam diariamente os condutores nas malvadas artérias da capital e aguarde em pasmaceira  a reforma em nome desta democracia ambulante. ao menos não atrapalhará os projetos do capital que os lacaios andam a preparar para portugal.
mmb



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