sábado, 6 de julho de 2013

paulo portas recua na denúncia do que foi forjado por passos e gaspar e troca-a por maior domínio governamental e uma falsa ideia de poder



se era irrevogável por que razão passou a revogável? (a fala de portas) se nos aproximarmos da coligação deparamos com dois governos independentes numa só vasilha. o governo mais pequeno teria, ao longo dos últimos dois anos, elaborado uma série de compromissos à revelia do governo dito maior. até chegarem à  rota de colisão, cada um pescava com a sua própria cana. portas pelo mundo inteiro esforçava-se por trazer para portugal a ideia de investidores (nada tem a ver com investidores reais, pois a burocracia estando nas mãos dos partidos nada se pode fazer. nem mesmo a justiça com leis e remendos do costume pode intervir). a super ministra da agricultura e de mais uma dezena de departamentos esbanjava simpatias e algumas verbas por um sector que faz parte da história do nosso atraso ancestral.  daí tirava mais a sua condição de prenhe proveito político. nem avança, mas também não recua. cristas era uma boa carta em qualquer situação. como deputada ou como governante mantém o semblante de boa pessoa que emoldura com garra discursiva. depois, temos como terceiro elemento o ministro das velharias que se babam por tudo que é canto de lares legais ou ilegais. ah, mais de "aquela gente" que recebe o seu mensalmente para não trabalhar e até fazer uns pescados com os cinco dedos. melhor dizendo, trata-se dos infelizes que vivem em "ilhas"  que antigamente se denominavam de barracas. mais adorável do que este mini governo de entre o maior só o saudoso e esquecido padre cruz. no governo maior pontificava passos e gaspar, os durões (de duros) e mais uns tantos aprendizes licenciados por creches políticas. passos desde que se tornou primeiro-ministro amancebou-se com os senhores que dominam duas matérias de entre outras assaz importantes: pagamentos dos serviços a que o  estado está sujeito e o controlo  do dinheiro que o estado dispõe para cumprir os mesmos serviços. temos pois um mini governo todo virado para as boas acções - inócuas, claro - e para o criador de quem clamam semanalmente o amor filial. no outro governo, o maxi, o lucro, a aposta, o domínio político, económico, o tráfico de influências nos negócios que só a eles  beneficia. bem, estou a pensar nas contas bancárias que todos os dias os jornais do coice propagandeiam; os personagens que saltam de o emprego do estado  de onde diziam para onde o dinheiro devia cair para numa manobra mediática estarem de boca aberta na administração da recepção do mesmo. ora, isto quer dizer que para este circuito ser legal há que assinar compromissos que aparentemente visam o bem estar do povo. é mentira! para manter esses altos negócios que são sempre ruinosos para o povo é preciso assaltar a bolsa dele na forma de impostos. foi isso que passos combinou: assaltar os mais indefesos para equilibrar as finanças dos mafiosos que eles fazem por confundir com as finanças públicas. primeiro do que tudo é preciso pagar à máfia do dinheiro senão certas forças partidárias entram pelo cano do esgoto. os partidos sem esses negócios liofilizam-se e aquelas barrigas impantes deixam de impor o seu normal trânsito. ora, com o golpe de gaspar e passos nas pensões e nos compromissos da segurança social preparado para ser anunciado antes do próximo dia 15 à troika, lá se ia a imagem bondosa e "errolista" (1) do mini governo de portas. sabendo que o povo o ia arrumar de vez com mais esta cumplicidade no roubo a velhos, crianças, órfãos e viúvas, doentes e outros infelizes, portas teve um ataque de pânico eleitoral e vai daí manda os tratantes para a outra banda. demite-se por causa do próximo roubo. não quer ser cúmplice! passos e os seus patrões estremecem pois temem uma esquerda que se está a formar na rua e que tem como mentor a consciência de um povo. de um povo que está a acordar aos poucos. os mafiosos clamam: dá a portas mais travessa e pelouro. recua senão é o fim. queremos garantir o nosso. dá-lhe isso mas pede em troca que não denuncie o assalto que íamos fazer ao povo que ele diz proteger nos adros das igrejas, nas feiras, nos restaurantes inn, etc. portas aceitou. e depois? de qualquer maneira, a partir do momento em que escreve a carta a passos, portas assina a sua certidão de óbito. para ter evitado isso, devia portas ter convocado uma conferência de imprensa e fazer a acusação da qual teve conhecimento prévio quando vitor gaspar mexeu nos dinheiros dos pensionistas e parece que os fez desaparecer. onde estão os nossos fundos? para além de estranhar a atitude de portas e do seu suicídio, espanta-me muito mais o jogo do partido socialista. penso que isso, que as  televisões referiram, deveria ter exigido de seguro um grito: alto seus trapaceiros ou outro nome que tem por hábito proferir quando tropeça numa pedra.
(1) - de errol, ladrão que nas ilhas britânicas imitava o zé do telhado ou vice-versa.
varett

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