quarta-feira, 3 de julho de 2013

o pensamento político de paulo portas

aproximando-se a fatídica data de 15 de julho em que o governo teria de se confrontar com o pagamento da factura de 4 mil milhões de euros aos credores internacionais, paulo portas - que viajava pelo mundo como chefe da diplomacia comercial - deparou-se com a informação  de não haver dinheiro (que ele calculava muito por alto dada a sua impreparação no sector financeiro) nos cofres do estado. ora, perante este facto e  com o plano descoberto de passos coelho que consistia em impor aos 3 milhões e 500 mil pensionistas e beneficiários da segurança social mais um corte enorme, o actual chefe da democracia-cristã - que portas elevou à categoria de consciência nacional protectora dos desprotegidos - aproveitou a deixa para saltar mais um degrau na escalada do poder da sua direita. vocês (psd) assaltam os pobres em nome da credibilização da pátria e vão arrastar o povo contra a coligação. peço a demissão e pronto! ao pedir a sua demissão de ministro de estado e líder do partido coligado ao poder deixa o papel de vampiro a passos. este levado no balão portista informa o país de que não se demite para defender portugal. deixa a impressão de que portas é uma espécie de traidor. não se sabe como é que ele defende portugal empobrecendo os portugueses, a quem lhes impõe impostos e mais impostos, lhes assalta os vencimentos e lhes anuncia um futuro negro pedindo aos jovens que emigrem e procurem trabalho na estranja. aos reformados e pensionistas, em nome do equilíbrio das finanças públicas e congeminado com a troika, o fmi e o banco "alemão" organizou um esquema que irá reduzir a 50% a médio prazo as referidas pensões . não há outra saída. é bom que se diga a verdade. passos silenciou este golpe com vitor gaspar como gestor do ataque aos pensionistas para não convulsionar ainda mais a opinião pública. vitor gaspar quer sair do executivo porque não tem coragem para enfrentar o roubo preparado para o 15 de julho. fugiu depois de ter prestado um serviço como contabilista. não foi eleito para as funções e consequências do resgate é com os políticos. para manter o assalto às reformas - passos não tem outro remédio - como medida governamental promove a secretária de estado que ajudava no plano o ministro das finanças. portas pensou: é agora que salto do barco. no começo, acusar-me-ão de tudo e mais alguma coisa, só que isso é sol de pouca dura dado que quando forem anunciadas as medidas  criminosas sobre os pobres portugueses eles compreenderão que eu não estava de acordo e que a minha missão é defendê-los. a batata quente fica nas mãos do psd. este vai pagar nas urnas sozinho o facto de ter querido acabar com o modelo de estado social herdado da revolução esquerdista de abril. a preparação para apresentar a demissão foi muito bem calculada. primeiro o líder cristão apresenta  a demissão ao chefe do executivo. os outros dois ministros democratas-crisrãos aguentam umas horas (encenação teatral) antes de fazerem o mesmo. unidade no cds-pp é um facto que se confirma. portas reforça a direita, mas cuidado, esta não se confunde com aquela que o psd impinge e propagandeia. passos é um empresário tipo americano. não dá lucro? despede-se! esta é a base da actual política económica da direita social-democrata. portas sabe que o povo quando for chamado às urnas vai pensar duas vezes em escolher que tipo de direita vai querer no poder para defender os seus ideais. se isto tomar forma é certo que o sentido de direita  portuguesa vai mudar do psd para o cds-pp. o psd é já uma extrema-direita. se portas conseguir passar esta mensagem vai tirar proveito do seu acto de fuga... para a "esquerda". cristianíssima, não esquecer.
a vida política de paulo portas é clara e claro é o seu pensamento. é um brilhante político! porém, a meu conselho, nem para a missa com ele devemos ir.
varett

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