quinta-feira, 4 de abril de 2013

saída de relvas oxigena passos coelho

teria  passos coelho outra solução senão renovar o executivo depois de ter visto aprovada uma moção de censura por maioria "absoluta" da arquitectura social do estado português instalada por via do voto democrático na assembleia da república? não, não teria, penso eu. renovar o governo e "despedir" ao mesmo tempo o seu braço activo de direita e de esquerda, o ministro relvas, espelhava uma fraqueza tal que se poderia pensar ser passos refém da oposição. portanto remodelar sim, mas como uma pauta de música: primeiro o dó e depois o só, o lá e o si. depois de esmifrar tudo que havia a esmifrar, havia que abrandar a sangria feita ao povo e tirar a teta a alguns falsos empresários que por aí vegetavam à volta do erário público. claro que os comentadores políticos e os líderes da oposição já estão a congeminar das razões pelas quais relvas deu-se a contumaz . vem agora a licenciatura à baila por que não petiscam mais nada do se passou. isto é, a malta do espertanço enfiou o cofió até ao covacho das orelhas e só acerta prognósticos no fim dos jogos. as licenciaturas no actual quadro de equivalências, para quem tem mais de 25 anos , permitem - a quem quiser adquiri-las - fazê-lo através da valoração das suas actividades particulares. está na lei. reger uma casa de fados pode dar uns créditos  que se juntam a outros com o fito de se obter um diploma. eh pá, antes de botarem faladura leiam o articulado da lei. neste momento existem em portugal milhares de mestrados sem licenciatura porque apelaram às equivalências do que fizeram  na sua vida privada. de quem é a  culpa de pelo facto de se lavar o cu aos velhinhos arrecadar-se dois créditos? sabiam que cantar no coro da capela de santa engrácia permite encaixar 23 créditos? estas e outras leis foram forjadas em túneis onde só certas matilhas chafurdam. a questão dos diplomas em portugal está bem lá no fundo da diferença de classes. senhor miguel, faça favor de entrar, não é o mesmo que senhor doutor miguel, faça favor de entrar. ou, senhor miguel está lá fora o seu secretário de estado o exceletíssimo senhor doutor josé de a... era muito chato...em portugal é assim e não é fácil mudar-se a mentalidade da malta. quando se deu o 25 de abril havia um número restrito de doutorados e apenas três universidades. passados meia dúzia de anos havia tantos doutores quantas ratazanas se passeiam nas condutas de água da cidade de nova iorque. e tantas universidades como chatos teria a madame blanche. as universidades precisam de doutorados para poder sê-lo. onde os foram arranjar? cá dentro, pois claro. para se poder criar uma universidade só é preciso ter dinheiro e este compra tudo. resultado destas facilidades culturais? eh pá, preciso de ti para leccionares a cadeira de epigrafia. olha que eu já não petisco nada disso e como sabes eu até chumbei. não interessa. amanhã no meu gabinete. o amigo entrou pela porta da nova universidade da parte da manhã. à noite estava a defender uma tese de doutoramento e na manhã seguinte dava aulas como catedrático de análise textual no contexto sociológico da política medieval. amigos atribuíam doutoramentos a amigos. e lembrar-me eu que chumbei um ano inteiro por ter afirmado a um professor fascista que a idade média foram 10 séculos de escuridão e que a igreja era reaccionária. o filho de puta fez-me perder um ano de estudos. e eu que queria vir a ser dr. que penina. a questão é simples. os idiotas que tomaram conta do país puseram-se a imitar países civilizados e vai daí é o que se vê. o que se devia fazer era permitir-se dar equivalências como a lei sugere mas que estas fossem transparentes. por exemplo: o senhor miguel é licenciado, mas tem que apresentar o certificado sempre que solicitado. e as  suas cadeiras foram: descascar cebolas durante dois anos equivale a 10 créditos em discurso político. tomar duche todos os dias ao longo de dez anos teve direito a 35 créditos na cadeira de estudos antroplógicos no interior da península ibérica. ter passado a ferro as suas camisas durante 15 anos deu direito a 50 créditos na cadeira de estudos esclavagistas no período do estado novo. sim senhor, é licenciado nos termos da lei. mas haverá dúvidas? este é o espírito da lei meus grandes palermas. ou acham que o homem sorria imenso para os bananas que o interrogavam sobre as equivalências porque era tolo? imaginemos que o conselho científico da tal universidade (isto é uma invenção não vá algum filho de puta pensar que  estou a querer mamar com ele e me peça uma idemnização) era composto por homoxessuais e que eu tinha pedido uma equivalência a um doutoramento (também está na lei, seus bacocos) em motricidade ambivalente e que apresentara como provas a serem equiparadas o facto de ter levado no cu durante 20 anos. e depois, era doutorado. mas havia alguma dúvida? está na lei! sou eu quem deve ser questionado ou quem me deu as equivalências? está na lei a apreciação subjectiva. meus senhores, ser-se diplomado, nos dias de hoje, não serve para nada. isso já foi chão que deu uvas. quem é o empresário que vai escolher os seus colaboradores se não lhe pregar pelas fuças com testes a confirmar as tais competências certificadíssimas? senhor doutor? sim, sou eu! mas o senhor é doutor porque esteve durante 20 anos a levar no cu! mas sou doutor, seu serviçal invejoso! estou a lembrar-me de  certa vez que um advogado teve que consultar um ex-contínuo de uma escola que conhecia a lei das colocações de trás para a frente porque da área nada petiscava. senhor contínuo josé, pode dar-me a posição do professor sebastião m. a. no despacho correspondente? sim senhor doutor, é para já. deixe-me estudar a questão para lhe dar uma resposta rigorosa. assim respondeu o contínuo que tinha passado a vida a compilar as leis do ministério da educação...
socorro luíz pacheco!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
manuel melo bento 
ps: enquanto o eunuco cds amparar esta política empresarial de passos coelho que governa a mando dos seus patrões, enquanto o anódino cavaco silva estiver em belém , enquanto este povo mostrar provas de fraco racionalismo, iliteracia e misticismo, portugal será sempre um seringueti onde o mais forte decide a seu favor qual a peça da caça que abocanhará.


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