sexta-feira, 5 de abril de 2013

no palácio ratton e com cerimonial clássico gritou-se: evoé constituição


retiremos do presidente do tribunal constitucional uma frase discreta por ele proferida à saída do cenário apocalíptico em que a causa pública portuguesa se transformou. senhores jornalistas: não é a constituição que se vai adaptar às leis dos que a fazem, mas sim estas a ela. eh pá, se não foi assim tal e qual foi lá muito perto. desculpem, pois o que interessa é que não fuja à constitucional intervenção do sumo chefe do ratton. o que pretenderam os constitucionais juízes com aquela encenação mediática?  afirmar que eram poderosos ao ponto de colocarem o país a seus pés? obrigaram a "hora" nobre dos noticiários a "esperar" 60 minutos por uma interpretação da constituição quando a poderiam tê-lo feito à tarde. ninguém calcula o quanto custou ao país aquele arranjo tipo comemorações do 10 de junho. paciência. desde que a constituição foi parida pelos desmandos da euforia da extrema-esquerda que ela tem sido torpedeada pela direita. o povo - coitadinho - vota sempre à direita (ps, psd e cds) e tem como arreios uma lei fundamental que é a favor e contra todos os seus princípios morais, ético-estomacais. umas vezes a constituição está aí para servir este e aquele. noutras ocasiões, o vice-versa em verso mayeriano (do parque mayer. invenção minha!). eu esperava (como sou estúpido para não fugir à regra) que os juízes do tc fossem mais discretos politicamente. isto é, à imagem do que fizeram o ano passado aprovassem  o orçamento do psd e arrastadeira. aquilo foi uma atitude mais política do que constitucional, embora a constituição portuguesa dê para tudo. este ano colocaram o psd e arrastadeira de calças na mão. estes vão ter que pagar o subsídio de férias (eu sou um beneficiário desta interpretação...), e mais três inconstitucinalidades que irão custar ao estado falido uma coisa como 1.200.000.000.000.000.0000000... de cêntimos do euro. não conseguem idealizar este quantitativo? eu também não. o melhor é fazer contas como disse para a posteridade guterres - um dos sete sábios das despesas nacionais - quando questionado acerca de dinheiros do estado. estivemos bem entregues... depois foi um tal barroso a quem disseram para fugir de tanga para próximo do banco central europeu e onde lá se mantém para regalo de todos nós. não se pode falar a sério quando este país caminha para a ruína e "guerra civil" e como dizia o outro a orquestra continua a tocar e o terreiro do paço a afundar. vamos trocar esta lenga-lenga por miúdos. a coligação psd-cds comprometeu-se com a troika em equilibrar as finanças públicas para poder continuar a beneficiar de empréstimos externos tendo em conta  o regular funcionamento do novo modelo das instituições. é a única maneira de as regularizar. claro que existe a outra que é utilizada por muitos países, isto é, as dívidas dos países são para se ir pagando. disse-o josé sócrates e toda a gente se revoltou com tal descaramento. mas é o que se passa com as dívidas dos estados. mal este governo de empresários alcançou o poder, começou a tentar dar a volta à sociedade portuguesa, transformando o nosso estado social numa das suas vítimas. e tudo para quê? para que portugal pudesse ir aos mercados e uma nova mentalidade assentasse arraiais. tornar o país competitivo é acabar com o estado social. é a busca incessante do lucro, é apostar nas exportações, é criar monopólios e concentrar a riqueza na mão de uns quantos em desfavor de muitos. a diferença entre esquerda e direita está mais ou menos aí. mas, afinal por que razão não tomamos uma directriz para podermos estar descansados e com objectivos definidos de vivência? porque existe um partido político que umas vezes é de esquerda outras de direita. refiro-me ao partido socialista. este partido tornou-se num muito alargado grupo de oportunistas que umas vezes são empresários outras assalariados. neste momento o partido socialista é de esquerda para logo a seguir mal tome o poder se transformar num liga-liga aos dinheiros do estado: dizem-no alguns tribunais onde socialistas-empresários estão a contas com a justiça por vias de dinheiros. ora, o tribunal constitucional umas vezes interpreta politicamente os orçamentos ora fá-lo à luz do respeito pela lei fundamental. convém repetir: o do ano passado passou pelo crivo constitucional porque os juízes resolveram politizá-lo. o deste ano já foi lido de modo diferente: exigiram o respeito pelo texto constitucional e chumbaram-no. mal comparando,  o tribunal constitucional passou a ser (este ano) uma espécie de governo  de última instância mas com mais sensibilidade social. para o ano, onde vai meter a sensibilidade? de quem será a responsabilidade se deixar de haver quem nos empreste dinheiro para que o estado possa cumprir com os seus compromissos? e se nos tranformarmos numa espécie de cuba como o desejam o pcp e o bloco? sem dinheiro para ordenados, pensões, saúde e etc que são despesas mensais o que é que acham que vai acontecer? ai quem me dera estar em pernambuco  nessa altura! passos gritará do seu gabinnete comercial-governamental: peçam ao tribunal constitucional que vos pague os vencimentos e vão chatear o pároco de santa maria de belém que vos alimentará com homílias e paramentos seus basbaques. será que portugal tem remédio? portugal está doente?
manuel melo bento
nb: evan é um dos muitos nomes por que denominavam baco. para mim o deus mais querido. evoé é um grito de alegria proferido pelas ménades, suas admiradoras. este é um momento de alegria pelo menos para mim que vou receber mais algum que me já estava a fazer falta para os medicamentos. evoé ratton! o pior está para vir, isto é, como vai ser a vingança do comerciante que os patetas dos eleitores escolheram para nos governar? não sei, mas que vai doer lá isso vai. ai que vai, vai!

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