quarta-feira, 14 de setembro de 2011

o ministro da defesa e o seu papel nacional







ao senhor ministro da defesa que não lerá esta amistosa blogada:




a difusão de negociatas - engendradas pelos partidos rotativos (psd-ps) que nos coligaram a países imperialistas (coisa que abominámos com o golpe do 25 de abril de 1974) nos sejam impingidas como fazendo parte intrínseca das necessidades nacionais - torna-nos ridículos aos olhos dos que ainda conseguem raciocinar. sabe, senhor ministro, essa de o senhor afirmar que a presença de forças armadas portuguesas na guerra do afeganistão honrava os portugueses, é de cabo de esquadra. aquando da primeira república que deu o berro em 1926, o senhor afonso costa e seus quadrilheiros meteram-nos numa guerra (a lª grande guerra) que matou milhares dos nossos soldados. e dizia afonso costa (a quem salazar retirou a escandalosa reforma que gozava em paris) que era para bem da nação matar a nossa juventude. que o senhor afonso costa fosse um tratante, isso não oferece dúvidas. já o mesmo não se pode dizer do senhor ministro pois herdou um papel que é sempre oferecido aos fraquinhos dos partidos. portugueses na guerra do afeganistão não nos honra. é um papel triste que fazemos e o pior é que o povo português paga com impostos mais esta fraqueza dos políticos que nos calharam em eleições. portugal é um país pequeno. tem metade da população da cidade do méxico, mas está recheado de idiotas com a mania das grandeza. esta é que nos vai dar cabo da vida e nos irá empurrar para a espanha. não fique horrorizado com a ideia, lembro-lhe que, por uma questão de falta de fundos, portugal entregou-se aos filipes. com o descalabro dos dinheiros públicos feito nas barbas dos líderes políticos nada mais certo é esperar que a história se repita, com algumas nuances, claro. experimente, senhor ministro - que até é tido como pessoa séria no quadro da gentalha política - a apresentar ao povo que o elegeu o quanto montam as verbas que foram gastas com as nossas forças armadas em teatro de guerra depois da nossa guerra colonial. isso é que era bom. experimente a fazê-lo já que estamos nunca época de transparência (julgo eu). outra coisa que terei de colocar neste pequeno proscénio aristofânico que a net me oferece - para assumir o pensamento liberto de amarras - é esta: foram pagos vencimentos não regularizados de promoções não contempladas na lei. era de prever que os que delas ilegalmente beneficiaram deveríam devolvê-los. não foi essa a sua leitura. para um homem da lei, é difícil de engolir. estava com medo para mandar aplicar a lei? acabo este texto recordando uma história que li há pouco e que teve como intérpretes salazar (na altura ministro das finanças) e o ministro da defesa. o ministro - a quem aquele tinha reduzido o orçamento às forças armadas - diz ao seu secretário de estado: entregue este novo orçamento na sacristia. salazar depois de assinar as reduções voltou-se para o secretário e replicando diz: devolva isto à cavalariça...




manuelmelobento

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