quarta-feira, 30 de março de 2011

viva o almirante américo de deus rodrigues thomaz, antigo chefe de estado, dito fascista por alguns, mas de brandos costumes por outros



eu já vou escrever sobre o ministro da justiça e de sua mulher. isso, isso, e não é que hoje num concurso que tem o gorducho do malato como apresentador (rtp-lixo I) questionava-se o concorrente acerca do assassinato de um ex-presidente da república. dava-se-lhe o nome de quatro para escolher aquele que teria sido morto com um tiro nos cornos. o concorrente apostou no almirante américo tomaz. por causa disso resolvi escrever esta croblogue. por acaso o almirante não foi assassinado, mas não deixa de ser o culpado de termos um ministro da justiça do tipo alberto martins. eu explico para quem não saiba. isto é um país em que um paisano com idade para ter sido apanhado pelo 25 de abril na rua julgou que tivessem matado o seu presidente da república. no caso o almirante. certo dia este foi a coimbra em visita oficial. discursava este e aquele - todos da mesma cor política do estado novo. de repente, um rapaz magricela e de origens rurais, vestido de capa e batina, pediu a palavra para a mesma botar no ar. não lha deram. não se perderia grande coisa, até porque ainda não havia o grupo activo de os verdes nem o salazar mandara plantar eucaliptos que justificassem o aparecimento daqueles ecossistamenhos (a palavra não deve existir. é fruto do acordo). ora naquele tempo do fascismo caseiro e de metáforas religiosas, havia poucos oposicionistas. e aqueles que o eram, eram de facto uma treta. havia excepções, mas poucas e estavam todas no estrangeiro fugidas. da treta era o grupo do martins da república blicas de baixo (informação a confirmar). ora só pelo facto de ter pedido a palavra num acto solene, o homem foi tornado um perigo para a segurança do estado novo. vejam só o que eram os fascistas portugueses de então. grandes bestas de ignorâncias tamanhas! os anos foram passando e aquele "revolucionário" foi-se colando à força partidária que estava mais a jeito. de passo miúdo em passo miúdo ei-lo ministro. e da justiça! nada a apontar. martins tanto pode ser um democrata-cristão, como um social-democrata. por acaso é socialista. impoluto cidadão. não estou a brincar, não vão pensar que parodio. a sua voz fez-se ouvir no parlamento português em defesa dos ideais populares. não era grande coisa, mas aceitável. também, para ser ministro de sócrates não é preciso muito. ele pensa por todos e sobretudo pelos mais fracos, como por exemplo o amado das necessidades. tudo corria bem. parece um romance. quem sabe se um dia possa escrever. então, menino! isso faz-se, como dizia a criada da minha avó quando a apalpava. (naquele tempo era assim. hoje, só pagando). então, menino! não é que a mulher do ministro recebeu 72.000 euros de uns extras fora o ordenado. eh pá, se a lei a protege, tudo bem. ela tem direito a recebê-las. ponto final parágrafo. se está tudo bem, qual a razão desta croblogue? aqui, porra! aqui começo a exaltar-me e não é nada comigo. e tal como o magricela pediu a palavra eu peço licença para gritar. 72.000 euros representam vinte anos de trabalho de um funcionário público de menor escalão. a senhora do ministro é funcionária pública! meu deus do céu estrelado. eu não sabia que havia colegas do estado que mamavam daquela maneira. espera! espera! recebi agora uma mensagem a dar conta de que um grupo de gestores de empresas públicas gastavam milhares de euros do estado a comer, a beber e a dar gorgetas. tudo pago com cartão de crédito. bem, continuando. a mulher do ministro obteve autorização de um secretário de estado (despacho) para receber as ajudas a que tinha direito. tudo legal. acontece que depois do assunto ter vindo a público, o dr. martins manda revogar o despacho. e porra, lá fodeu as ajudas à mulher. e tudo porquê? isso gostava eu de saber. pelo escândalo do elevado preço de um trabalho como funcionário público? estou do lado da senhora martins. agora eu queria era saber o que se passa no ministério da justiça - parece que estão a brincar ao parque mayer - e o que se passa nos outros ministérios e respectivos departamentos. eh pá, este país está a saque. eu sempre disse - e a frase é de minha invenção - que a democracia é o único regime político que torna os ricos mais ricos e poderosos e isso é confirmado pelos pobres quando votam. pobres de merda, acrescento ao meu antigo pensamento. não preciso dizer mais nada. estes exemplos são a caricatura de um estado criado pelos queridos do 25 de abril. ainda bem que acabaram as comemorações da data que destruiu um dos melhores países do mundo. vou acabar com uma conversa que assisti como testemunha no tempo do saudoso e muito honesto américo tomaz. estava o almirante sentado à mesa de um restaurante do mercado popular em belém quando o ouvi gritar para o director do turismo da costa do sol. dizia mais ou menos isto: como é que você foi permitir que se pagasse uma conta de 400 contos por uma coisa que não vale mais do que 80. tratava-se de uma questão de electricidade... eh pá, o que quereria dizer o actual ministro da justiça quando na presença do almirante pediu a palavra, na década de sessenta? eu sei, mas não digo. senão tinha de o mandar para aquela parte onde os chatos se coçam.

manuelmelobento

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