ENTREVISTA EXCLUSIVA A VARETT - ATÉ A MINISTRA DA CULTURA NÃO ESCAPA À CRÍTICA

Entrevista conduzida por Paulo Rehouve.

Varett é um nome atrás do qual se esconde uma personalidade difícil de descrever. O leitor procure caracterizá-lo através das respostas.

Paulo Rehouve - O senhor disse que não daria mais nenhuma entrevista, mas mal o convidei aceitou logo. Não acha que isso o desprestigia?

Varett - Eu sou como as putas. Além disso o meu preço está tabelado.

PR - Poderemos falar de tudo?

V - Claro. Não devo nada a ninguém.

PR - Comecemos pelas mulheres. Já alguma vez amou alguma mulher?

V - Nunca, mas sim partes dela.

PR - O que é o sexo para si tendo em conta a sua idade?

V - Está a preços proibitivos.

PR - O que aprecia mais na mulher?

V - O corpo dela na cama.

PR - O que lhe parece que é o amor?

V - Um pântano que seca quando há muito calor.

PR - Mantém relações sexuais regulares?

V - Nisso sou muito irregular. Se tenho dinheiro a mais vou procurar o que é bom no mercado. Gostava de ser amigo do senhor Berlusconi. Esse sim, dá bom uso ao dinheiro que tem, e é de longe muito melhor homem do que o criminoso do Bush.

PR - O senhor às vezes diz que não está livre de levar no cu. É homossexual?

V - Ninguém sabe o dia de amanhã é o que eu sempre digo. Nunca levei no cu. E experiências meio gay, tem para aí mais de sessenta anos. No entanto, devo dizer-lhe que há coisa de uns dez anos fui abordado por um ser muito bonito. Era um rapaz que parecia uma rapariga. Devia ter, talvez uns treze anos ou catorze. Era de noite, estava com os copos e estive quase a embarcar na folia. Descobri a tempo que era rapaz e não quis. Talvez tivesse experimentado. Bem, mas isso agora é crime. Porra, retiro o que pensei.

PR - Que acha do casamento entre pessoas do mesmo sexo?

V - O que elas quiserem.

PR - A família é para si a base da sociedade humana?

V - Se for como a Sagrada Famíla, digo que não. O pai não é pai mas padrasto. A mãe não faz sexo com ele e o filho - que enlouqueceu - tem um pai que o abandonou.

PR - Jesus enlouqueceu?

V - Deve ter apanhado muito sol na tola quando viajava a pé nas margens do rio Jordão. Tanto que foi assim que às tantas começou a dizer que era filho do criador e criador ao mesmo tempo. Quando o estudei mais a fundo tive pena dele. Mas ao mesmo tempo ele não era parvo, pois tinha sempre muitas mulheres com ele. Dizem que fodia com a Maria Madalena. Mas isso eu não sei, não estava lá.

PR - Que tal estamos de vícios?

V - Vão-me abandonando. Agora estou a habituar-me a morrer. É o meu último vício. E parece-me que não me vai abandonar.

PR - Tem trabalhado na sua arte?

V - Primeiro, não lhe chamo arte mas sim pincelismo. Há seis meses que não estrago tintas nem cartões. Estou nos finalmente. Do meu tempo estão poucos vivos. Morreram os bons e os filhos de puta. É o tal hábito de que lhe falei.

PR - Tem exposto?

V - Sim. Em tascas e tabacarias.

PR - Sabe-se que já se fizeram exposições com trabalhos seus em organismos oficiais.

V - Calma! Eu ofereço os meus rabiscos e os proprietários podem fazer deles o que quiserem. Vender, expor, dar, queimar, etc. Não tenho nada com isso. Porém, não deixo de estar agradecido pela consideração que têm pelo meu trabalho de mais de cinquenta anos. Mas mais do que isso não. Não quero misturas com quem oficialmente é considerado. Aliás, a única coisa que estava à espera era de que a ministra da Cultura criasse um local onde os marginais pudessem expor os seus trabalhos, mas sem estar a dever favores ao poder nem ser subserviente. A ministra Canavilhas é mais uma burguesa sem visão de história. Nenhum povo assumido apaga o que lhe parece ser uma nódoa do sistema. Para isso tivemos o salazarismo e a Primeira República. Era tudo tão bonito à vista aparente. Os fascistas juravam que Portugal era macho. A Igreja confirmava. O pior é que como está tudo no segredo dos deuses torna-se difícil fazer a verdadeira história. Por isso é que Hermano Saraiva está nas suas sete quintas quando fala da história de Portugal.

PR - O que tem a ministra Canavilhas com o caso?

V - Na véspera da visita dela ao museu de Arte Antiga coloquei por detrás de uma das minhas pinceladas que preguei nas paredes uma mensagem para lhe abrir os olhos sobre a posição da contra-cultura nacional. Ou ela não lê jornais pois esta acção reivindicativa saiu no jornal i - secção cultural, ou ela não recebeu a mensagem tendo os responsáveis por aquele elefante de bosta desviado a correspondência. Em última análise deve estar a cagar-se para certo tipo de arte que intervém contra o sistema. O que é crime intelectual. Havia uma carta dirigida à ministra. E como se sabe os bandidos tomaram conta da maioria das galerias e fazem gato sapato dos artistas que estão fora dos seus circuitos. Onde está o dinheiro para apoiar os artistas que não comem com os galeristas que estão feitos com alguns museus oficiais? Tudo isto é muito complicado. E para ajudar à festa a inveja acompanha toda aquela gentinha.

PR - Mas se você recebesse apoio oficial não estaria a fazer como os outros e a tornar-se igual a eles?

V - Porra, você não percebeu nada do que eu disse. Eu quero que o poder se foda. O que eu quero fazer ver é que deveria dar-se um maior apoio aos marginais. Um marginal não baixa as calças ao poder nem aos poderosos. Estes têm dever para com a sociedade em geral e não em particular. Ou você está como os outros que para limpar as cidades se deve matar todos os sem-abrigo que não querem ser encaixotados em quartos sociais?

PR - Podemos falar de política'

V - Não! Esta entrevista já tem merda que chegue.

PR - Vou fazer-lhe uma pergunta que já foi feita ao Luiz Pacheco. Que mensagem para a juventude?

V - Que venha para a rua em força e faça cair este regime de gordos e os expulse das estruturas do poder.

Varett oferece o quadro intitulado "Berlus - Coni" ao primeiro-ministro italiano

Dizem - eu não estava lá - que Nero (Imperador de Romanos) mandou pegar fogo à cidade de Roma. Também dizem - eu não estava lá nem vi - que mandou abrir a cloaca à mãe para ver o lugar de onde tinha partido para as correntes de ar. Escreveram-se livros e livros sobre ele. Até o denominaram de músico. Acho que amava a música. Não contentes com isso, os filhos das ervas realizaram filmes sobre a sua divina pessoa. Confesso que nunca achei piada a esse tipo de gente. Não servindo senão para ensaios freudianos, não vejo a utilidade de estudar tamanho criminoso. Mas, ressalvo o facto de quem escreve história não merecer muito crédito. Não por não serem gente séria, nada disso. É que - para mim - a raça humana é a pior coisa que o universo e/ou a constante cosmológica criaram. Tenho vergonha de pertencer à dita raça humana. Pouca coisa dela se aproveita. Excepção é o tesão e o que ele comporta: o orgasmo. Não conheço nada melhor. A porra toda é que geralmente precisamos de parceiro. No caso de homem/mulher - que é uma das modernas combinações sexuais - nada como uma boa fêmea, no meu caso. Isto para já, porque em política como em sexo nunca se deve dizer nunca. Não sei se no futuro vá apanhar no cu como muito boa gente. Eu espero bem que não. Tenho fé! De repente - porra, há anos a esta parte - só se fala no signor Berlusconi. Guerra aqui, guerra acolá, e eis o nome do homem no meio de uma grande confusão. Já foi acusado de tudo e mais alguma coisa. Foi-se safando sempre. Com bocas foleiras de alguns, outras até com piada, o "cavalliere" tem sido retratado como uma anedota ambulante. Ridicularizam-no até mais não poderem. Sendo um homem de Estado, qual a razão de não terem ainda corrido com ele? Estranho! Bem, eu quero que a política da Itália, da Alemanha, América e outras que tais vão para as putas que as pariram juntamente com os seus líderes democraticamente eleitos. Mas, dado que eu simpatizo sempre com quem é perseguido, devo confessar que até gosto do signor Berlusconi. Com setenta e tal anos fode que nem o Papa Bórgia e a filha deste (Lucrécia) quando eram novos. Dá festas com belas mulheres novas. Umas putas, outras a estagiar. O homem tem gosto. É rico, mas não cheira mal e tem boa presença. Dentes brancos, e isso viu-se quando levou com uma estátua de bronze na queixada. Um louco ou invejoso, só pode ter sido o alarve que ia dando fim ao mais engatatão representante da classe política mundial (é pelo menos o único que fode mesmo e assume). Os porras que governam o mundo já não fodem, meus senhores. Têm medo de serem descobertos pela mulher ou pelos jornalistas a darem uma queca. Para eles o poder está acima de qualquer prazer. Minhas grandes bestas, se o alcançam é para aproveitar. Mas não, fogem do sexo tanto quanto a banca do fisco. Bill Clinton - das Américas - comeu um broche a uma estagiária numa sala governativa e o mundo ia acabando. Até a bolsa estremeceu quando ele cavalheirescamente na têvê não confirmou tal intimidade e toda a gente já tinha visto os respingos do seu sémen no vestido da ex-virgem abocanhante. As bestas dos inquisidores queriam que ele fosse dizer às câmaras e ao mundo que se tinha esporrado na boca de uma serigaita que estava noiva de um futuro político. Isso não se pede a um homem. E se perguntassem a Berlusconi se ele tinha ou não feito amor com esta e com aquela? Que responderia sua excelência o primeiro-ministro italiano? Que nunca tinha pago a nenhuma mulher para a foder! Oh signor Berlusconi, isso sai muito mais caro. Se o senhor fosse um teso como eu e que procuro outros mercados optimizados diria assim? Quanto custa à hora? Ah, e tem massagem? É mais ou menos o preço de um quilo de lombo e um Esporão do ano. Quando não se paga, elas querem ofertas. E aí é que vai a gaita toda. Mais a mais, elas - que são putas desde muito cedo - sabem que depois poderão vir a chantagear. Têm chulos como sócios que as dirigem nessas coisas da justiça. O signor só tem uma solução: reze a São Genaro para lhe tirar o tesão. Se não der resultado venha para Portugal - trazendo o seu dinheiro - que aqui fode-se à grande e à portuguesa. Posso garantir-lhe que com o seu bom aspecto ainda se safa no Verão algarvio, sem nada pagar. E, se o Diabo acode, ainda leva uma libra inglesa de alguma bifa agradecida. Despeço-me do signor Berlusconi com duas questões. Esta última morenaça que o signor papou devia ser cá uma brasa do deserto, não? A outra questão é mais simples. O signor sempre se chamou Berlusconi ou antes era Berlus por um lado e Coni pelo outro?
Varett

VOTA ESTÚPIDO!

Nestas condições desistimos de concorrer às eleições. Era o que costumava fazer a oposição ao regime salazarista. E isto para quê? Para que no estrangeiro ficassem a saber que vivíamos sob uma ditadura e para ridicularizar as grandes e austeras figuras do Estado Novo. Que, diga-se de passagem, já estava velho. Tão velho e fedurento quanto a actual democracia portuguesa. Os fascistas e os democratas não-nunca descolam do poder. Os primeiros vivem à volta de um suposto génio; os segundos vão substituindo o génio. Não comparando é como aquela mulher que sendo casada fode por fora, mas mantém o sagrado matrimónio. Isto são os fascistas. Enquanto que os democratas são uma espécie de mulher que quer foder muito por fora mas de forma legal. Isto é, a cada facada no matrimónio, perdão por cada foda fora de casa a puta lhe chama de marido. Parece que vamos outra vez para eleições. Eu não voto. Isto porque se votar em branco conta como arcaboiço do sistema democrático. Se votar num partido estou a alimentar a mentira em que se transformou o partidarismo. Se me enganar na cruz anulo o voto mas valido o acto. Não voto. E não voto enquanto não souber o que é isso de partido político.

manuelmelobento

PORTUGAL E A DEMOCRACIA DO BACALHAU

Com os golpes económicos diariamente publicados nos média, com a desfaçatez dos que assaltaram os dinheiros públicos estando ligados a altas figuras do Estado, com pagamentos de empresas e empresários feitos às claras a partidos e em verbas não controladas pelos serviços competentes, com negócios custeados pelo erário público, com empréstimos e créditos mal parados (o criminoso que está feito com infiltrados pede dinheiro à banca e entrega como património-fiança caca de galinha), etc., o Zé das Couves vai percebendo que a realidade dele é bem diferente daquela que é discutida no parlamento. E isto é só de agora, porque antes a malta acreditava nos seus representantes. A verdade é bem outra. Tudo é manipulado por órgãos que poucos conhecem (sim chamem maluco ao Alberto João quando ele, com a dureza verbal que se lhe reconhece, denuncia essas "organizações". Quando ouço a deputada dos Verdes (Apolónio?) vergastar o primeiro-ministro por causa do roubo a que os trabalhadores são sistematicamente sujeitos pelo agora descarado empresariado-financeiro lembro-me sempre dos filmes de infância onde os saltimbancos actuavam nas ruas lodosas de Londres. Os desgraçados não tinham outro lugar onde viver. Onde colocar os parlamentares se não no Parlamento? Berram, ofendem-se mutuamente, discutem horas e horas e o pior de tudo votam. Depois o mundo cá fora nada tem a ver com eles nem com o que decidiram. É fácil encontrar a resposta se tal questionarmos. O que decidem que tem por finalidade melhorar o país nunca acerta. Votam uma coisa e acontece outra. Eles já nem são os culpados, eles são os fantoches que alimentam os jornais e os comentadores. Pior seria se fosse como na Holanda onde certas personagens estão colocadas em montras para serviço público. Outras forças estão a transformar as cidades humanas em lugares de ficção espacial. Mandam em tudo até no percurso intestinal. O próprio primeiro-ministro, também ele não passa de um pau mandado. Um dia ele apresenta um pacote de medidas para salvar o país. No outro, tudo vai ao ar. Nada por culpa dele. São os tais fantasmas que transformaram de um dia para o outro as nossas vidinhas. Só que esses fantasmas existem. Não só comem bem, vestem melhor, viajam em aviões particulares e dormem sempre com a mulher do próximo (não dormem com a suas porque elas são também mulheres do próximo, para os outros, claro). Nem os podemos provocar porque não dão a cara. E quando se irritam, o que fazem? Mandam matar.

PS: e não é que estive na lista dos idosos a serem encontrados mortos? E tudo porquê? Porque deu-me o tesão, fui para o bacalhau com fados e tentei fazer como os fantasmas. Porra, apanhei frio. Isso de traseiro ao léu só no Verão. Mas mesmo assim, não me chateiem. Isto é, não me acordem.

mmb

O BLOCO DE ESQUERDA ESTÁ PARA A DEMOCRACIA COMO A TRAÇA PARA O ALGODÃO

Estava a tentar ilustrar o meu idoso texto com "A mulher nua no mercado dos diamantes" quando deparei que no noticiário o PSD ia chumbar a proposta do BE. Ora que porra. Então não querem tirar o PS do poleiro e terminar com a pouca vergonha governativa? Já não há é dinheiro para mudar a cabeça dos eleitores portugueses. Os portugueses olham para a democracia como uma mercearia do antigamente: dava fiado. Com a direita a querer colocar o país na ordem, o povo - que também é sacana - está desconfiado. Vão despedir mais gente e aumentar - tipo Salazar - os impostos e querem que votemos nisso? E o que é que eu ganho com isso? Não há dinheiro para festas de campanha nem lugares à espera dos "rapazes". As futuras campanhas irão ser uma grande "seca-merda". Passos que é contabilista sabe que se avançar Portas toma de vez a liderança. Portas - também não se percebe bem porquê - está com o PSD. Ele que ia tão bem.Bolas. Já me está a baralhar o meu raciocínio - o que é importantíssimo... O pior é que tudo agora está ainda mais confuso. O PS, o PSD e o CDS - juntos - são?, serão hoje a direita? O PCP ortodoxo continuará a ser As Testemunhas de Marx. E o Bloco? Cá está, o bloco é a esquerda. O Bloco não quer mais desemprego, quer travar o desemprego, está contra a reprivatização de empresas públicas, está contra o crime a que a banca já nos habituou e berra contra o desemprego. Se assim é, então o Bloco é coerente, apesar de não ir com ele nem à missa, ele é a verdadeira esquerda comunitária que vive entre nós. Não se sabe é como? Neurónios activos? É possível. Espero que esta parte do texto ligue com o que se segue. E se não... Que se lixe que isto aqui é um serviço público gratuito e só tem a finalidade de chatear.

Quer se queira quer não se queira o Bloco é composto por uma elite de pensadores. Alguns até escrevem coisas discretas e como tal reconhecidos. Um dos exemplos: Fernando Rosas. O elenco feminino está bem integrado. Só uma má interpretação pode denegri-lo. Aqui não entram os adversários, já que é moda desprestigiar tudo que se mexe em sentido contrário. O Bloco surge porque grande parte da população estava a sentir necessidade de pensar de outro modo. Isto é, fugir da carneirada. Falar à esquerda vestidos com uma roupagem de direita até cai bem. Ao líder, o prof. Louçã, se deve uma ordem lógica poderosa. Até o crânio VPValente o comparou com os antigos doutores da Igreja. Numa vastidão de cérebros programados vale e muito. O BE apercebeu-se - primeiro que muitos - que a "democracia-democrática" entregara-se de pernas abertas ao capitalismo financeiro que tudo transforma em secura. Que compra todo o filho de puta que representa as nações e seus parceiros económicos - vigaristas que lá de vez em quando vão parar à cadeia, não pela justiça mas mais pelo medo de que os que têm armas se possam revoltar. A "esquerda" do Bloco é laboratorial. Acompanhada, claro está, por termómetros. A primeira oportunidade de não se dissolverem qual PRD surge com as presidenciais. Apostam em Alegre, um suposto esquerda resistente que tem uma carteira recheada com perto de um milhão de simpáticos e arrebatados quase conscientes activistas. Alegre encolhe-se mas não pode fugir. Alegre fica sem discurso, melhor, o que lhe pode sair da sua voz cavernosa é rima. Não teve tomates para dividir a campanha entre esquerda e direita. Deixou que outros comessem restos de uma fatia importante. Se tivesse oficialmente dividido logo no início o actual Partido Socialista no sentido de clarificar o eleitorado, talvez o resultado fosse outro. Amansado Alegre, vai chupando a direita do PS uma espécie de PSD/cónego Melo. Assim, sempre que Alegre está em campanha o que ele arrasta, promove (apenas no período de campanha), evoca é o discurso de Louçã e companheiros. É a cautela premiada. Alegre perdeu as eleições? Nada disso! Quem as perdeu foi o Bloco. Sim, o Bloco assumiu aquela metade da esquerda que perdeu. Até que foi bom. Subiu! Para um partido com ainda fraca expressão parlamentar (variando muito para dar a ideia de serem mais...) foi mais uma vitória no sentido de em vez se esvair estar a crescer. Pouco tempo depois os bloquistas cairam na real. E Agora? O que fazer para saltar para a ribalta novamente? Atire-se com uma moção de censura! Sacanice. Todos sabem que isso só melhoraria a posição de Sócrates. Como? fazer cair o governo e não ter alternativa sai caro a quem tal se atrever. O PSD com o grito Portugal! Portugal! vai deixar o PS no mesmo sítio. Isto é, governa mal mas tem de ser. Não tem lógica, se o PS afunda o país tem de ser corrido. Manter é tornar-se cúmplice. O BE não é cumplice da destruição da nação. Ah, grande Bloco! Quem não gosta disso é Paulo Portas que até estava a gerir muito bem o seu crescimento. Reeleito, qual imperador, agora era só gozar o proscénio. O Bloco estará de pé por mais uns tempos. Será que isso basta? Assistir aos próximos tempos ou ir à bruxa é o aconselhável.

mmb

E AS FORÇAS ARMADAS ? NÃO FAZEM PARTE DE PORTUGAL

Salvo alguns comportamentos pouco recomendáveis de determinados grupos militares, as Forças Armadas Portuguesas possuem uma imagem acima de toda a suspeita. As hierarquias estiveram sempre à altura dos seus deveres. As excepções relacionam-se com períodos em que o poder político prolongado as alicia e as tornam desviáveis. Porém, dado o código que as rege, acontece que quase instantaneamente se tornam de novo o pilar dos valores de Pátria, Nação e Unidade. Ultimamente as Forças Armadas desapareceram da informação pública. Desconhecemos os nossos chefes militares. O Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas? Não sei quem é! Os chefes dos Estados Maiores do Exército, da Marinha e da Força Aérea? Também não sei quem são! Eu leio jornais e revistas. Não é por aí! Qualquer observador confirma o que aqui se diz. Só uma memória de elefante poderia reter nomes há muito e sinteticamente referidos. Sabemos que o tipo da "nossa democracia" não é algo muito substancialmente materializável dado que dia sim dia não os conceitos fundamentais umas vezes têm uma interpretação para logo a seguir terem outra. Depende muito de como os grupos de interesses instalados nos querem gerir. As imagens das nossas figuras públicas estão muito fustigadas. Perderam o crédito, desestabilizam a fraca economia e remetem as culpas de tudo para os tribunais. No tempo da ditadura os tribunais funcionavam "lindamente". É isso que querem? Bem, mas a questão não era essa. Este governo precisa remodelar-se rapidamente. Precisa de um militar para a Defesa. E antes que passemos mais vergonha lá fora e até o mal estar reparado arrangem um oficial general para o Ministério dos Estrangeirso. Esta era a solução para Sócrates levar até ao fim o projecto de reforma para não abrirmos falência. (Como nunca se farta de dizer Medina Carreira)

mmb

PEGA LACÃO!

Pega Lacão! Depois da tentativa de transformar Portugal nas Ilhas Caimão, os que nos governam - por tramóias que o voto tece - querem agora copiar e materializar o estilo americano. Isto é, acabar com os pequenos partidos para que o país tenha apenas dois tipos de gestores que mais não seriam os social-democratas e os socialistas. Por que os nomes dão vómitos seriam substituídos no futuro por os laranjinhas e os rosadinhas. Tal qual na América que uns são os burros e os outros elefantes, se não estou em erro. "Lacão, tu vais morder para o ar e ficas sempre com a língua de fora. Percebes? Não! Amandas para o ar a liofilização dos deputados. Os interessados vão começar a gemer. Não interessa! Deixa-os berrar. No princípio não te vamos apoiar. Porquê? Para não dar nas vistas. Deixa o resto connosco. E fizeram aquelas bestas o 25 de Abril. Nós estamos precisando de uma revolução a sério. Uma revolução que ponha termo ao saque que o Estado está sujeito. É preciso que alguém tome conta do país a fim de obrigar aos que estão a receber dinheiro irregularmente o devolvam aos cofres do Estado. Meus senhores, precisamos de saber já quanto roubam ao erário público as quadrilhas que tomaram assento nos dois partidos e que descaradamente distribuem fundos através de reformas ilícitas e outros expedientes e que acumulam com chorudos ordenados mensais. Aonde é que isto vai parar? Circulam através da internet dados altamente lesivos dos interesses do povo e que põe a nu o desfalque sistemático dos dinheiros públicos. Dizem - é só preciso confirmar - que o aumento dos impostos - agora institucionalizado - tem a finalidade de pagar as reformas ilícitas que são incomportáveis e o assalto que foi feito na banca. Sabe-se já onde pára algum do dinheiro que foi roubado. Reformar o Estado como tencionam fazer os dois partidos herdeiros do 25 de Abril vai fazer com que se abafe os crimes perpetuados. Com as Forças Armadas reduzidas, a nação está à mercê de forças especiais que mais não são do que o garante do grande capital. Se não apelarmos ao patriotismo de todos, Portugal desaparecerá. Os comerciantes não têm pátria tal qual o capital. E a reeleição de Cavaco foi-nos prejudicial. Apesar de tudo, Alegre trazia a alma nacional consigo. Ter-nos-ia sido possível com ele travar esta queda que nos transformará num coito de Porfírios Rubirosas. Pega Lacão é o slogan desta americanização escandalosa que aí vem. Primeiro está Portugal, depois as ideologias. E quem assim não pensar que vá para a puta que o pariu.

manuelmelobento

OS "GANGS" DE LISBOA, A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA E A FARFALHADA

O que acha da proposta para reduzir o número de deputados da Assembleia da República?

Eis de entre as várias respostas as mais interessantes e hilariantes:

- Aquilo são "gangs" que só tratam de si.;

- O que é que eu acho?, ora que porra de pergunta. Sei lá, pelo que ouço dizer mais parece uma farfalhada. (Este peão nasceu em São Miguel);

- Isso não se faz meu rico senhor. Se reduzirem para 180 o seu número, o que farão na vida os 70 que vão para a rua? Já há tanto desempregado e eles não fazem mal a ninguém.;

- Torna-se necessário responsabilizá-los pelas promessas que fazem durante as campanhas. Se assim fosse não era preciso correr com eles. O povo precisa de quem fale por ele. A democracia é isso mesmo. Só que a nossa ainda carece de ajustamentos. A continuar como está não leva a lado nenhum.;

- Devia dar-se mais liberdade a cada tribuno do povo. De modo como funciona a Assembleia o deputado não tem possibilidades de se assumir como representante de interesses que prometeu defender.;

- É um emprego interessante.;

- São defensores de grandes interesses económicos pois são estes quem lhes paga a eleição e lhes mete ao bolso milhões. São uma espécie de nova criadagem que vem da província para Lisboa para servir. Antigamente prestavam serviço em mercearias. Mais marçano, menos marçano vai tudo lá ter. Isto é, ao bolso dos contribuintes;

- Não me meto em política!

(Esta entrevista foi feita na zona de Benfica, ontem dia 2 de Fevereiro de 2011)

Paulo Rehouve

PAULO PORTAS O LÍDER LEGÍTIMO DA DIREITA

Passos Coelho, para não perder a liderança da direita portuguesa que está a resvalar para um atento Paulo Portas, resolve espectacularmente sanear as pestilências do regime. Quer ele "fechar" a porta a empresas de "inspiração" pública que despadaçam os dinheiros dos contribuintes (das vítimas propriamente ditas). O que ele foi dizer. Valha-nos a Irmã Lúcia e na ausência estelar desta o saudoso anódino Padre Cruz. O líder do PSD quer dar cabo do Estado português. Este é composto por milhares de empresas que estão à vista e de outras tantas que sobrevivem encapotadamente. Esta vigarice que se mete pelos olhos dentro tem dois cúmplices. Nada mais nada menos os dois partidos que hoje representam o Estado português tal como no passado a União Nacional o fazia. Quem atentasse contra esta corja era automaticamente acusado de actividades subversivas contra a segurança do Estado. E dentro com ele. Hoje, acusa-se de tudo e mais alguma coisa os dois comilões - que são os pilares da nossa democracia - e eles nada. Estão desfadados! Estes dois partidos à sucapa foram criando repartições e depois destas organizadas distrubuiram-nas entre si consoante as intenções de voto dos basbaques. Paulo Portas percebe que a direita do outro resvala para áreas perigosas e pretende moralizá-la oferecendo os proventos de uma união em que o seu partido se se suja por um lado (há dezenas de social-democratas a contas com a justiça e até conselheiros de Estado metidos na pocilga e já pronunciados) por outro alarga as margens de aceitação. Nisto a ideia de Portas é abafar Passos que por mais se esforce já está tabelado. Não passa de um quase académico que vai país fora dando palpites para ir recebendo uma palmas que dão jeito a quem precisa estar sempre na berra. Quem esteve atento à entrevista que Portas deu a Mário Crespo na passada segunda-feira percebe que o líder da direita está ciente da sua importância pois todo o seu discurso é uma tese de doutoramento que tem por finalidade obter tudo de bom cum laude? , se não me engano, pois sempre andei cá por baixo nessas andanças académicas. Com a transparência que a opinião está a exigir ultimamente a tudo que diz respeito ao Estado e a quem o está a esfolar é facto que Portas é dos mais limpos. As embrulhadas dos submarinos não é com ele pois foram os dois compadres (PSD & PS) que se empenharam na negociata. Ele era apenas ministro da Defesa na altura da compra. Depois da tempestade das presidenciais e sem ainda o pó ter assentado, o povinho percebe que saltar de governo PS para outro do mesmo estilo é a mesma coisa. E povinho macaco como é (sempre foi) vai querer manter Sócrates e Cavaco no mesmo barco para se vigiarem um ao outro e para a carruagem ir adiante mesmo aos solavancos. Só se externamente for exigido mudar de vida que o mesmo é dizer acabar com a ladroagem dos dois compadres atrás descritos é que Portas terá as portas de São Bento abertas para o receber.

mmb