quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

MÁRIO SOARES: DOIS SOPAPOS NA MARINHA GRANDE ELEGERAM-NO PRESIDENTE.



Vejo perplexo as imagens televisivas de um candidato presidencial a ser apedrejado numa ação de campanha. Os manifestantes não aprenderam nada com o debate Tino de Rãs versus André Ventura em que aquele oferece  ao seu opositor, a meio do frente-a-frente, quatro pedras (da calçada?) num gesto simbólico.  Ventura agradece e recolhe a pedraria. Fico ciente de que  a atitude do candidatoTino (Vitorino Silva) em nada contribuiu para que André subisse o seu score eleitoral. Já  com a violência de hoje, vou pensar (como muitos) que sempre que haja vitimização os vitimários saem sempre a perder e muito mal frente à opinião pública. Neste caso, tratar-se-á certamente do eleitorado. É fácil e lógico pensar-se assim. Até hoje as manifestações contra adversários políticos têm sido realizadas dentro dos limites civilizados. De repente, deparámos com atitudes impróprias de um Estado de Direito. Trata-se de ato criminoso, o que obriga à intervenção das forças da ordem. Procure-se a causa. A meu ver deparo-me à partida com duas. Retirar subsídios estatais a quem não trabalha. Segundo,  a grande publicidade com que os meios de comunicação social iniciaram esta campanha, dando a entender com parcialidade e empolamento que Ventura era uma espécie de Diabo ao contrário da santa extrema-esquerda que como todos sabemos têm como ideólogos grandes genocidas.  Esta extrema-esquerda que se apresenta às eleições composta pelo Bloco e PCP e mais a candidata ex-MRPP tem sido paparicada pela comunicação social de uma forma escandalosa. Esta atitude acicata os ânimos da população e depois é o que se vê.  A União Europeia que nos pôs de cócoras é uma grande democracia burguesa  orientada por uma economia de mercado. Nem o Chega persecutório nem a nossa esquerda golpista têm enquadramento  no atual cenário europeu. A maioria do eleitorado português é centrista. Não tem no seu ADN  vocação nem tendências extremadas. Este centralismo nacional dá de comer a milhões de portugueses e não creio que nenhuma das extremidades atrás referidas venham melhorar as coisas. Trata-se de uma atitude reacionária e burguesa? Com certeza! Estar na União Europeia apregoando estalinismos encapotados e maoismos cheirando a social-democracias não nos levará a grandes melhorias. Vem aí dinheiros fresquinhos qual pimenta da Índia,  há que abrir o bico como os borrachos. E boca calada por causa das coisas...


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