quinta-feira, 27 de setembro de 2018

SERÁ QUE O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO NÃO FAZ PARTE DA TESOURARIA DOS PARTIDOS POLÍTICOS PORTUGUESES?

Há dois partidos políticos portugueses que são muito ricos: PS e PSD. Têm dívidas, sim senhor, mas quem é que sendo rico  não deve, nem que seja para disfarçar? Em que períodos na sua história é que nadaram em dinheiro? Será que o PSD no tempo do prof. Cavaco Silva e o PS no período de maioria absoluta do eng. José Sócrates não apresentaram superavit a dar com pau? Sabemos que os militantes não são bons pagadores de cotas. São caloteiros anódinos e isso sabe-se quando há eleições internas ou outras. Por exemplo, no tempo do cavaquismo, o PSD comprou a pronto a sua excelente sede. Olhem bem que não fui eu que passei o cheque, nem sequer a Tia Margarida Augusta Pétala se condoeu. Também não contribuíram para aquele luxo os apreciadores-simpatizantes laranjas. No tempo de José Sócrates o PS esteve em toda a parte a pedir votos e mais votos. Tudo isto custa um dinheirão. Hotéis, caravanas, espetáculos com artistas convidados pagos a peso de prata, gasolinas, almoços, jantares e ceias, aspirinas, despesas em bares, enfim um sem número de despesas levadas da breca que é preciso fazer e pagar. Houve até um deputado laranja que foi mandado parar pela polícia quando conduzia uma viatura e para espanto da autoridade no banco de trás havia um saco com muita massaroca. Massaroca para o partido. Existe uma lei que proíbe os partidos de receberem quantias excessivas de privados. Ao prevaricar, não estarão a entrar no mundo do crime? Eu penso que sim! No passado, não muito distante, um ex-primeiro-ministro italiano teve de fugir da pátria para não ir dentro e tudo por ter facilitado a entrada de verbas estrambóticas nos cofres do seu partido. Também houve casos em que o CDS se viu envolvido devido a ter recebido via conta bancária umas centenas de milhar de euros. Cuidado, não se conseguiu provar nada e o CDS continuou sempre a olhar para a frente, que é como quem diz só os cúmplices alemães é que foram engaiolados. Com a nova Procuradora-Geral da República irão os partidos mostrar como é que se faz uma campanha com pataca e meia? Não correrão sérios riscos os seus responsáveis ao serem tomados como unhas-de-fome ou então de fabricarem moeda falsa. Isto é, colocam numa caixa (pode ser uma urna) uma nota de cem euros. Depois, enfiam pela ranhura duas notas de quinhentos euros. Deixam ficar em-banho-maria durante um dia e uma noite. O resultado é qualquer coisa como a multiplicação dos papo-secos nas margens das areias do deserto. Também acho que há pessoas que sabem demais acerca dos dinheiros dos partidos. E sendo perseguidos pelas autoridades policiais sob a alçada do MP, será que se calarão quando tiverem de prestar declarações? Isto, claro, se houver inquéritos. O que aqui se escreve não passa de hipóteses e para encher tempo de letra para blogue. Os tempos que se aproximam vão ser terríveis para os partidos, pois terão de ser investigados mal acabem as investigações ao Benfica?... Toca a todos?  Não esquecer que neste país a Justiça vai a todos. Não a todos ao mesmo tempo. Por isso, ou põem as barbas de molho ou se deixam de rir quando o mal ataca outros ou outras. Tomem nota: depois de o Ministério Público ter mandado prender desde o duque ao pária mais ninguém está seguro. Ninguém está livre de não ir parar (depois de convidado) a uma esquadra para prestar declarações como testemunha e sair de lá como arguido TIR. Eu acho que só falta prender freiras. Estarei enganado? Eu já ouvi numa conversa de café que elas é que levavam debaixo das saias as notas das esmolas. Eu acho que não! Mas nunca se sabe. As várias Igrejas que assentaram praça em Portugal lidam com milhões. E quanto ao Fisco? Isso já não sei! O que sei é que cada vez mais é difícil fugir ao cumprimento da lei, sobretudo a lei dos "trocos". Vão todos comer pela mesma bitola. Tenho esperança na nova Procuradora-Geral. 

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