terça-feira, 4 de setembro de 2018

Morta a Geringonça, viva a Geringonça!

Esta Geringonça vai parir outra, tão certo como a Igreja Católica nem tão cedo pagará impostos em Portugal. António Costa está como aqueles cientistas que têm de repetir algumas vezes certas experiências para que sejam tidas e aceites como  regras universais, mas que lá no íntimo pressentem o seu êxito. "O PS de Costa" visto pelos "colegas do apoio parlamentar" não passou de um mero executor das suas reivindicações. Isto é, para melhor esclarecer, que aquilo que os trabalhadores e os setores mais desfavorecidos da população conseguiram  de benefícios deveu-se à sua atuação política. Se não fosse o PCP, o PS era todo direita. Era todo ele um aliado das forças reacionárias. Jerónimo de Sousa já não utiliza esta nomenclatura ideológica, prefere chamar modernamente de Políticas de Direita. A ideia de Política de Direita também serve  à linguagem do Bloco de Esquerda. A sanha desta força partidária está toda virada para as grande empresas que sacam aos portugueses o que podem e não devem nas barbas de todo o anódino Parlamento Português. Quer dizer, incêndios, assalto às granadas..., desfalque na Caixa, desvios de apoios financeiros (fundos) da União Europeia (os orientados para as vítimas dos fogos), o mal estar dos professores, etc, tudo isso cai como luva na inoperância do governo de António Costa. E ele (António Costa) conta com dois fatores: o povo é mais inteligente do que os políticos (e a confirmar disse-o hoje Carlos César do PS no seu tempo de antena e cavaqueira com Santana Lopes da Aliança). Por essa razão ele intui que as desgraças que aconteceram no tempo do seu (primeiro) governo não são culpa sua como querem fazer crer Cristas e um certo PSD. Ele (Costa) sabe e o povo eleitor também sabe que está inocente. Depois, António Costa também sabe (isto já César não o disse) que o povo português é um velhaco de todo o tamanho. Quer é mamar. E neste sentido o povo já viu que uma governo bonzinho dia sim dia não de esquerda e com outro tanto de mais ou menos de direita fez-lhe pelo menos mais feliz do que nunca e serve muito melhor que o terror da direita dos despejos de um Passos-Portas. Perdão, serve e muito bem. Essa felicidade deveu-se às imposições do BE e do PCP que são gente das catacumbas da esquerda e que às vezes metem medo ao povo cristão. Dar maioria ao PS?, o poveco não vai nisso porque já percebeu que o senhor Centeno é igual à dona Albuquerque no ataque aos mais fracos. Portanto é fácil adivinhar qual a sua intenção. E Costa está atento. António Costa não deseja a maioria porque isso só lhe traria problemas e muita responsabilidade: ter de governar à direita sendo só governo PS para calar Bruxelas é ouvir a gritaria permanente do BE e do PCP-Verdes nas ruas. É a desestabilização!  Safa! O povo desconfia de um PS que está infetado pelo capitalismo europeu. Precisa ser vigiado. Costa prefere catalogar os seus companheiros parlamentares de cúmplices porque isso leva-o a governar nas calmas. Quando deles se desvia, culpa a direita. Nem sequer é preciso domesticar a comunicação social: as críticas estão equilibradas, pacificadas e em veraneio. Da maneira como as coisas estão a correr de boa feição para Costa e seu PS, vai passar-se a observar daqui a tempos à colagem cuidadosa e disfarçada de Marcelo Rebelo de Sousa ao cativante moderador Primeiro-Ministro. É que só com este estádio onde não há grandes vencedores Marcelo poderá continuar a ser um Presidente-Comentador sem peso real, mas  amado por uma enorme caterva de fãs. Que ao fim e ao cabo parece que é o que quer da vida. E quanto ao Bloco, quererá fazer parte do futuro governo? Não, a bronca do Robles enfraqueceu essa possível encenação. Uma Catarina Martins ou mesmo uma Mortágua num qualquer ministério será obra de ficção nos tempos mais próximos. Morto o rei, viva o rei! E em equipa vencedora não se mexe , costuma dizer-se. 








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