quinta-feira, 13 de setembro de 2018

RUI RIO REVIGORADO

Passa, nos dias de hoje,  pela ingenuidade mental de Assunção Cristas  ser a cabeça de cartaz da direita portuguesa. As "conversas de café" e "as sondagens enrola banha-da-cobra"  não correspondem às aspirações da líder centrista. Trata-se, como é óbvio, de um erudito trabalho de ficção político-literário que ela melhor do que ninguém arrasta consigo logo após o golpe Geringonça perpetuado por António Costa. Acontece que a piroseira dos novos ricos dos partidos ainda não se deu conta do  que aí vem. Vejamos: Rui Rio foi de férias para a terrinha. A direita caiu de cu. Eh pá, que grande vazio se estendeu pelo "imenso" mundo da imprensa de afetações! Ficaram à nora. Onde está a direita? Os laranjas estão feitos! Já nem estão no mercado! O aparecimento do Aliança do comentador dr. Santana Lopes em vez de apontar presença veio ainda mais adensar o mistério , não da Estrada de Sintra, mas onde para (antiga grafia pára) a direita: direita de Sá Carneiro e pouco mais? É que a direita do Prof. Cavaco Silva (PSD sem o PPD) por pouco não recriava o slogan Clero, Nobreza e Povo. Salvou-o a nova burguesia à la Mestre de Avis que emergiu não da "reconstrução" do Mosteiro da Batalha mas que vaidosa e de casaca - à imitação dos grandes de Espanha - se mostra  senhoril e entendida em classícismos de encomenda lá para os pátios do Centro Cultural de Belém. Nem Cavaco nem a Press lisboeta entenderam Santana Lopes como político. Infelizmente para ele só o desenharam como um homem de bom gosto, sensível ao eterno feminino, educado, com patine de aristocrata. Cavaco promoveu outros de menor importância. Em suma, foi o PSD/PPD que o arrumou. E fê-lo por inveja, obviamente. Quer dizer, e pesando as palavras o melhor que se pode e deve, Rio não tem pela frente nenhum obstáculo que lhe possa fazer frente. Os seus pequenos opositores intramuros nem sequer conseguem aliar-se e formarem um todo. Chegou de férias o chefe laranja e vendo-se rodeado de pesos mortos ala que se faz tarde. Quem estiver mal que se mude (interpretação minha). Ou servem o partido ou vão procurar emprego noutra freguesia. Resposta a esta provocação? Nenhuma! Estão todos à espera que ele caia antes das próximas eleições que é para ver se não ficam de fora da folha de pagamentos futuros. Esqueceu esta natureza morte criada por  Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque - que por pouco não proponham a retirada da estátua de Sá Carneiro do Areeiro - que esse PSD morreu para grande parte do sentimento social-democrata do eleitorado. A partir de certa altura o PS de Mário Soares não teve outra alternativa senão transformar-se num partido social-democrata. O que veio até certa medida encarnar as intenções do povo português tão amigo do tempero médio. Só na vinhaça é que se exagera. Ah, e no bacalhau! Rui Rio já está a ocupar muito mais espaço no balcão das vendas dos políticos que são as estações de televisão. Costa já não vende nem rende como antigamente e os vorazes meios de comunicação televisivos têm de apresentar renovação senão as suas tesourarias berrarão como as cabras de Pedrogão. E o artista que se segue é? Rui Rio! Estão já a enquadrá-lo na perspetiva do Portugal inteiro. Perante propostas dos adversários políticos dá o seu parecer positivo se estivar em causa o futuro do país. Aqueles que pensavam que ele vinha em jeito de Intifada (Intefadah) enganaram-se. A Intifada dele é enfiar no cano de esgoto todos os social-democratas cúmplices deste estado de coisas. Vai ser-lhe difícil desmontar a carcaça de aceitação que se montou à volta da dupla António Costa-Marcelo Rebelo de Sousa. Mas quem estiver atento ao que dizem os "catedráticos" da economia, a coisa está aqui está a rebentar. Pode ser então que Rio volte a calçar o país com um regime social-democrata. Que aquilo que temos usufruído não é carne nem peixe. É uma espécie de escorpião. 

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