segunda-feira, 1 de outubro de 2018

UM PRIMEIRO-MINISTRO QUE È UM DIPLOMATA E UM DIPLOMATA QUE É PRIMEIRO-MISTRO

Tenho seguido António Costa desde que foi um forte Ministro da Justiça até hoje catapultado em PM. Aos poucos vou compondo o seu retrato psicológico, político, social, etc. Vejo-o como um calmo quebra-mar a receber a fúria das ondas que se formam constantemente. Diria, perante os factos, que há mais quebra-mar que ondas das marés. Isto é, fez Costa da sua atuação um ato de pura diplomacia. Só uma vez me pareceu "irritante". Foi quando foi abordado (ou quase assediado) por uma jornalista atrevidota que lhe surgiu pela frente vindo da parte detrás de uma viatura. Está neste momento a ser entrevistado por Judite de Sousa que usa uma cabeleira modelo Felícia Cabrita coadjuvada por um dos responsáveis pela antiga estação de televisão entregue à Igreja Católica. Não lhe sei o nome, mas parece-me mais um ricaço intelectual português do que um aguerrido noticiarista. A dupla "TVIsta" colocou ao PM toda a salgalhada que anda na boca dos comentadores. Todas as perguntas do casal   levaram de AC respostas  simplificadas. Isto é, não lançou farpas a ninguém. Não mandou recados a ninguém. Nem à quase elegante Cristas que não se farta de "falar mal e pelos cotovelos" dele à procura de lugares nos assentos parlamentares. Tenha calma o leitor! Não estou a blogar tendo tirado o som do televisor. Eu ouvi-o e bem. Gosto de pessoas educadas e inteligentes. Gosto de António Costa como pacificador desta poça de venenosos que se escaparam do escrutínio de qualidade e se escondem nos corredores ou cofres  do Estado e que se transformaram em peçonhentas personagens. Até o poveco ignaro tem dificuldade  em engoli-los. Receitas e despesas, incêndios, roubo de armas, estabilidade política, crescimento económico, coligação e parceiros, IRS, aumentos e outras picuinhices formaram um todo. Costa como pedagogo agiu como se tratasse de um plano para uma unidade letiva onde todos nós podemos participar. Tem  a palavra a oposição.  Espera, está o senhor deputado Montenegro a falar. Está a desvalorizar o discurso do PM. Eh pá, está a fazer o seu papel! Montenegro quer aumento da riqueza e crescimento económico. Ó senhor Montenegro!, então quando há mais riqueza ela em vez de ser distribuída pelos tesos vai sempre cair na bolsa dos ricos e dos que muito têm. Vou terminar. Quer o senhor Montenegro que o PM diga se está mais para a esquerda ou se está mais para a direita. Conhecendo Costa como eu o conheço (1) só me posso rir. Rir e muito. Bem, vou esperar mais um pouco para não estar a tomar partido coisa que me afeta a circulação do sangue. Ferreira Leite, Bernardino Soares, Fernando Medina  estiveram respeitáveis. Paulo Pereira comentador da TVI esteve bem sobretudo quando referiu a ginástica de Costa sobre o IVA na eletricidade. E não é que fiquei influenciado com a lição diplomática de António Costa. Isto é, não falei mal de ninguém neste texto. Eu sou um cavalheiro, disse de mim para mim.
(1) - Conheço António Costa da televisão. Nem uma selfie sequer consegui.

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