sábado, 13 de fevereiro de 2016

"banco de portugal, grande negócio político- familiar" por andreia alloíska

- pode-nos informar como é que certas pessoas, a quem já lhe forneço os nomes, conseguem tornar-se funcionários, sem fazer qualquer teste ou concurso?
- o senhor que lhe pode responder a esta questão ainda não chegou. tente mais tarde. já agora, pode dizer-me o seu nome e para quem trabalha?

não só o dito senhor nunca "chegou" como o que se sabe do modo como são escolhidos e filtrados os seus funcionários fica-se por aquilo que sai no diário da república. ora o mesmo diário não se dá ao luxo de explicar as preferências políticas ou familiares que são "exigidas". ficámos com a ideia de que o banco de portugal é uma espécie de asilo vitalício e de luxo para políticos e filhos. estou admirada de não ver o senhor procurador a mandar investigar o tráfico de influências que por ali se suspeita ter havido em algumas nomeações que não representam critérios de qualidade. estou em crer que mal acabem os trabalhos em outros processos que até são muito mediáticos calhe a vez deste tipo de tráfico que a lei atual persegue. têm foros de escândalo certas escolhas. é fato que os funcionários "menores" se encontram dentro dos parâmetros legais no que diz respeito ao modo de como foram integrados. esses não permitem que nos espantemos. a coisa é mais esquisita quando está em causa a escolha de especialistas feitas por outros especialistas da área política.   depois descobrimos que o bdp sempre teve governadores que satisfazem os interesses dos partidos do centro. nunca tivemos um governador que não pertencesse ao ps ou ao psd isto no que refere à época iniciada pela revolta dos militares em 1974. foram todos políticos, mesmo os que exerceram o cargo de governador no período da ditadura militar de 1974 a 1976. esta ditadura durou pouco tempo pois os militares revoltosos depois de servidos nas suas reivindicações voltaram aos quarteis abrindo caminho a esta democracia. nesse período prenderam-se pessoas sem culpa formada. por pouco não deram origem a uma guerra civil. o certo é que não foram governadores do banco de portugal os militares. nesta área não se meteram. e ainda mal, porque apesar de tudo eram uma classe de gente íntegra e que levava muito a sério os negócios do estado.

andreia alloíska

ps: pudemos consultar a lista de funcionários. bem, há de haver razões muito fortes para que aquilo continue sem que haja uma verdadeira fiscalização que ilibe acusações de favoritismo em alguns casos de ocupação duvidosa  e pagos a peso de ouro. é que nem assim com tanto especialista no bdp os bancos - que deviam ser vigiados  por ele -  deixam de assaltar os contribuintes de forma escandalosa. pudera, tanta distração naquela instituição! o ministério público já tem uma denúncia pública feita por rui rio na televisão do estado para começar a trabalhar nesse sentido.


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