segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

CARLOS CÉSAR E O SEPARATISMO SOCIAL AÇORIANO





Não sei se o regime compensatório que permitiu a Carlos César fazer bonito pode ser considerado um chamamento telúrico ou apenas um ataque para cumprir a agenda contra a desvalorização do vencimento de uma certa classe de funcionários públicos que presta serviço nos Açores. "Inflação" esta fomentada pelo governo de Portugal, dito Central. É um sinal bastante claro - para mim - de que evoluímos em termos de aquisição de uma imagem política assumida e até então desconhecida como prática política . Digo até que se trata de personalidade política. Já cá fazia falta. E digo isto porque os políticos que nos representaram ao longo da nossa História sempre se colocaram de cócoras face aos ditames do já muito gasto e desacreditado centralismo português. Convém perceber que Carlos César não está ali (SANTANA) porque não havia mais ninguém. Engana-se quem assim pensa. César conhece todos os cantos da política regional. Conhece as fraquezas dos açorianos, tanto a dos imbecis (que os há aos montes) quanto a daqueles que estão (já estiveram) nas pontas dos pés. Ele conferiu a si próprio um somar de ganhos e vitórias que a mais ninguém pode ser atribuido. O seu partido (PS) andou de lado a lado e sempre a apanhar bonés quando dirigido por outros. Uma visita ao resultado das eleições da época confirmam esta afirmação. Um dia vimo-lo a dividir e a distribuir o seu particular pecúlio por outros. Quando conseguiu centralizar as atenções sobre si, fácil se tornou avaliá-lo. Daí até o escolherem foi um ápice. Ao mesmo tempo que conquistava o partido ia anestesiando os adversários tornando-os servíveis e agradecidos. As várias estátuas de Mota Amaral e que foram tomando foros divinizáveis ao longo de muitas procissões e missinhas foram derrubadas (figurativo) arrastando consigo nesta dècalage Dâmaso, Natalino - que deu uma de Balsemão - Costa Neves e outros de menor expressão, para darem lugar às de César (figurativo também). Óbvio! Ódios antigos foram mandelados (leia-se de Mandela). Desta pré-reforma socialista (??????????????????????) só escapou Berta Cabral. Como é possível que um poveco virado para a beataria e paganismo se reveja num "socialista"? Um ainda há pouco quase comunista? Um rapazinho imberbe que falava como deputado na Assembleia Legislativa Regional? Eu sei que César é o líder do Partido Socialista, mas de socialista tem tanto quanto a minha saudosa avó Angelina. Mas vamos ao que interessa. Cavaco põe a boca no trambone para chagar César. Até o dr. Jardim sempre ávido a sacar aos portugas o quinhão a que não tem direito delirava com o atrevimento do primeiro-ministro dos Açores, como o trata, hoje, o director do i no editorial. O primeiro-ministro Sócrates também botou palavra de espanto. Ah, ele que até há pouco tempo nos sacou milhões para cobrir falcatruas da banca. E as centenas de pomposos políticos, jornalistas e cronistas que vivem sem fazer ponta de um corno e que se proclamaram contra a compensação remuneratória . Ora, como deve estar a rir às gargalhadas o proclamado (por outrem) primeiro-ministro dos Açores com o maior golpe publicitário feito à sua pessoa? Taco a taco com os órgãos de Soberania. Primeiras páginas, aberturas de telejornais. Oh, meu burro, então não perceberam o golpe? Os Açores sairam reforçados na sua imagem autonómica. César passa a figura de primeiro plano (dentro - reforçando-a - e fora) Não? E se por acaso o Representante da República enviar o "diploma" para o Tribunal Constitucional e este o chumbar? Mais gargalhadas de César ouvir-se-ão lá para os lados de Santana. É que aqui (Açores) não é preciso fazerem-se greves a favor dos inocentes(?) trabalhadorse que vão pagar a crise criada pelos ricos da banca. Aqui, quem os defende é o governo, seus basbaques. O governo da Região! E, cuidado com o que escrevi atrás... o Homem é socialista... Mamã tá vendo!
mmb
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