segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O FUTURO ELEITORADO PANDÉMICO. OS FERREIRAS = A CRISTINA MEDIÁTICA E O JOÃO CANDIDATO


1 -  Este confinamento a que a população está sujeita veio alterar-lhe o modo de viver,  estar, de pensar  e agir em comunidade. Vou falar por mim e pelo que  observo nos contatos que tenho tido. Pode não ser rigoroso nem científico esta minha "dissertação" mas que a experiência de reclusão é uma espécie de desafio ao modelo de pessoa que fomos penso que isso não pode estar em causa porque a alteração é sensível. Ainda há dias as televisões anunciaram que os idosos a partir dos 75 anos estariam fora dos benefícios de uma provável vacina salvadora. Ao ter conhecimento dessa excrescência literária e economicista totalmente à revelia e  afora das diretrizes emanadas por Deus Senhor Nosso e dos Judeus que no-Lo emprestaram para uso ocidental,  eu senti-me no lado de fora da humanidade. Recordei com saudade as palavras que  Tao há 5 mil anos respondera aos seus discípulos e que Moisés plagiou : Mestre, o que é preciso para se ser feliz?, ao que Tao respondeu: não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.  Senti-me uma espécie de utente de lar da terceira idade ilegal mas muito limpinho à espera que o vírus me enviasse para a cremação (que é o que eu prescrevi para mim depois de  deixar de ser eu/mim). Do modo como foi difundida esta "norma" assustadora é de crer que a população alvo e  denunciada deste modo pouco Tao cristianizado   tenha começado a encomendar a alma ao seu Deus ou santinho da sua predileção. Quem já esteve preso (eu passei por isso há muito e a sensação de estar em casa sem poder sair é tal e qual, com algumas atenuantes, claro) sabe que qualquer boca, notícia, boato, etc.  numa cadeia pode  tomar uma importância tamanha que "é um louvar a Deus", como às vezes a minha Avó se expressava perante os horrores que a humanidade passava devido aos desejos dos senhores da guerra em querer matar tudo que se lhes opõe. É como se tratasse de alguém que recebeu guia de marcha para sair do corredor da morte  (San Quentin) para enfrentar o carrasco ou "assistente técnico de tanatologia elétrica". Só que não são só os visados de tal medida  tipo eutanásia à portuguesa que ficaram afetados; também a família e os parentes mais chegados sofrem. Se os responsáveis políticos diretamente adictos  ao combate do vírus estão apenas a lidar com números sem os ligar a gente de carne e osso (por acaso os meus ossos ainda me permitem locomover-me como se eu fosse uma Olívia Palito com pénis) eu sugeria mais atenção ao comunicar com o povo que já não é novo mas sim velhote. Aprendam com as Senhoras Vicentinas como se deve tratar os "pobres e os velhinhos". Se não quiserem atuar com amor e carinho a fauna caquética que os pariu, eu vejo-me obrigado a queixar-me ao camarlengo mediático e grande comunicador televisivo dr. José Miguel Júdice da SIC que Deus o guarde e lhe afie a ponta da língua mesmo sendo um homem de direita, o que não tem mal algum.

2 - Não sou fã de Cristina Ferreira só pelo facto de ela gritar muito nos seus programas. Mas retirando esse aspeto que me dava nervos é uma mulher que eu aprecio de várias maneiras e de cima abaixo. É bonita o raio da mulher, finge ser saloia mas é uma grande senhora pois apresenta-se recheada de maneiras e protocolos sociais quando o clima a isso a obriga. Recebe e bem tanto o pobre como os que esta democracia aburguesou com motorista e tudo. É aconchegada com aquele humor que leva o maralhal a retê-la na retina. Apresenta um corpo de diva e sorri sincero (será plástico?) e muito quando está perante o público que a consome. Loira mas inteligente. Calculo que cheire muito bem apesar de nunca ter estado perto dela. Tem estudos superiores e creio que domina o público português como o Tarzan de Rice Burroughs  a famosa Jane quando a transportava de árvore em árvore. Até se deu ao luxo de ter criado uma revista que se lê bem embora não seja "O Capital" em fascículos. A minha apreciação sobre o que estão fazendo a Cristina Ferreira deve-se ao facto de eu e muitos outros perceberem que neste País quem sai da mediania e se alcandora bem lá em cima está sujeito a ser destruído por uma inveja idiossincrática. Ninguém é poupado em Portugal. Nem sequer Nossa Senhora de Fátima ficou livre dos maldizentes da Primeira República que a queriam desacreditar e que em Vila Nova de Ourém, os mesmos, prenderam os Três Pastorinhos que juraram que ela vestia de branco e que falava com eles sentada na copa de uma árvore e que lhes recomendou que rezassem muito para converter a Rússia terra de muito pecado.  Que coisa mais linda! Safa, que cambada de hereges! Não escrevo sobre o livro de Cristina porque não saio de casa para o comprar com medo do SNS/PSP, mas o que sei é que basta ela mexer-se o País para. Afinal as bocas dos basbaques ela transformou num furo que foi bem aproveitado. 

3 - Ouvi a entrevista do candidato presenciável João Ferreira sentado num sofá que se encontra em forma côncava depois de 9 nove meses a utilizar o mesmo lugar dia e noite. Fiquei com a ideia de que ele como bom comunista (neste século já se pode falar assim, Estaline está feito múmia e o "25 de Novembro" açaimou-os) estudou muito bem para responder às questões do escritor Miguel Sousa Tavares. João Ferreira é biólogo e deputado europeu. Só que ao recitar a Constituição com tanta perfeição convenceu-me que de que se tratava de um bio-constitucional e não de um cultor da vida ou biólogo. Quando Sousa Tavares quis saber onde metia o marxismo e o leninismo, Ferreira recuou como um touro em meia praça e nunca mais deixou o entrevistador respirar. Quando MST lhe pergunta se sendo presidente daria posse a um governo de direita (suponho que incluía o Chega, deu-me a entender isso), João Ferreira tomou a praça toda. Nunca mais se calou. É um homem bem preparado teoricamente. Nasceu depois do "25 de Abril",  logo não tem experiência vivencial do que a PIDE fazia aos comunistas no terreno. Contaram-lhe! Não deixou de meter o texto constitucional em todo o tipo de questão. Fez citações de cor. Hoje os comunistas já não usam a cassete, agora é disco rígido. Aprendi com ele que a nossa Constituição dá para tudo. Defende tanto o pobre como o rico. Se é assim estamos perante um democrata. Em 1974 por perguntar a um comunista qual a razão de ele não respeitar a democracia levei com um sopapo para aprender. O que me valeu para não apanhar mais foi a intervenção do MRPP. Ainda não paguei o favor! 

Sem comentários:

Enviar um comentário